Há coisa de um mês convenci a minha
sobrinha de que era o homem mais bonito do mundo. Na brincadeira
(curiosamente na mesma noite em que fiz uma entorse enquanto dançava
com ela) consegui convencer a pirralha de que era mesmo o homem mais
bonito no mundo. Como se tratou de uma brincadeira momentânea,
pensei que no dia seguinte ela já não se recordaria daquilo que lhe
tinha dito.
Até que, em conversa com o meu
cunhado, fiquei a saber que afinal a minha sobrinha acredita mesmo
naquilo que lhe disse. Contou-me ele que estava na brincadeira com a
filha até que veio à conversa a beleza do pai. Eis que, a minha
sobrinha diz o seguinte: “Não, não! O homem mais bonito do mundo
é o meu tio”, provocando um sorriso ao meu cunhado e à minha
irmã.
Depois disto, voltei a fazer a mesma
pergunta à minha sobrinha que continua a defender-me e a dizer que
sou o homem mais bonito do mundo. É uma brincadeira. Não passa
disso. Completamente desfasada da realidade. Mas, enquanto homem,
basta-me ser o homem mais bonito do mundo para a minha sobrinha.