28.9.18

5 milhões!!!

Foi em Abril de 2012 que nasceu o blogue. Sem qualquer objectivo ou plano para o que quer que seja. Se me dissessem que ia atingir o milhão de visualizações em 2018, ia começar a rir-me na cara dessa pessoa. Porque sempre acreditei que seria um cantinho pouco mais do que meu. Mas o tempo foi passando, o blogue foi crescendo e chegando a cada vez mais pessoas.

Passado este tempo posso dizer que me tem dado muitas coisas boas. Conheci pessoas fantásticas, permite-me desabafar sobre tudo aquilo que quero e tem sido um espaço de que gosto muito. Nos últimos tempos não tenho conseguido escrever tudo aquilo que quero mas continua o prazer inicial de alimentar o blogue com textos sobre tudo e sobre nada.

Hoje chegámos aos cinco milhões de visualizações! Quero agradecer, em especial a cada um de vocês, por este bonito número. Obrigado por tudo. Volto a dizer que a viagem seria igual, a nível de conteúdo, sem a vossa presença. Mas estaria a mentir se não dissesse que vocês fazem com que tudo seja muito mais especial. Obrigado por tudo. Vocês são os maiores.

26.9.18

o modric é um monte de m****

Já partilhei a minha opinião sobre Messi e Cristiano Ronaldo. Considero que Messi nasceu com um dom e que Cristiano Ronaldo trabalha como ninguém para atingir os seus objectivos. E como gosto de apreciar ambos, não preciso de ofender um para elevar outro. Posto isto, vou falar de Modric.

Parece que os portugueses estão muito ofendidos com o facto de Modric ter sido eleito, numa votação organizada pela FIFA, o melhor jogador do mundo. Uns dizem que é uma vergonha, outros falam em roubo e afins. Convém explicar que o prémio é organizado pela FIFA mas não é este órgão que escolhe o vencedor. É uma votação de selecionadores, capitães  e alguns jornalistas. Por isso, a teoria de roubo morre aqui.

Por outro lado, parece que existe uma lei que obriga a que os portugueses sejam obrigados a votar noutros portugueses. E isto não tem de ser assim. As pessoas votam em quem querem e regem-se pelos valores que bem entenderem.

No meu caso, considero que o prémio está bem entregue a Modric. Tal como seria bem entregue a Cristiano, Messi ou mesmo Mbappé. O croata não marcou tantos golos como Cristiano (e não é isso que importa pois existe um prémio para isso) mas foi fundamental na conquista do Real Madrid, tal como é o melhor jogador da sua seleção, que fez um Mundial notável.

Passámos 10 anos a olhar apenas para Messi e Ronaldo e às vezes deixamos que isso nos cegue um pouco. Volto a dizer que o prémio também seria bem entregue a Cristiano, mas não posso ficar ofendido com a vitória de Modric. E muito menos preciso de o ofender para valorizar outros.

24.9.18

não deixar morrer a criança que há em nós (mas com cuidado)

Todos nós já ouvimos alguém dizer que não devemos deixar morrer a criança que vive em nós. Um modo de pensar que é muito verdadeiro e que recomendo a todas as pessoas. Ainda que seja necessário acrescentar um ps a esta ideia.

Uma coisa é não deixar morrer a criança que vive em nós. É dar continuidade ao espírito que vive nas crianças e que ajuda a que sejam muito mais felizes e divertidas do que muitos adultos. Manter vivo um espírito brincalhão é uma coisa, ser uma criança num mundo de adultos é algo completamente diferente.

Ser infantil no trabalho não é dar vida à criança que vive em nós. É algo errado e despropositado. Ter atitudes infantis em momentos sérios não é dar vida à criança que vive em nós. E podia passar o dia a dar exemplos.

Convém não misturar as coisas. Até porque é uma mistura de conceitos que acaba sempre mal, em determinado momento. Mas como vivemos numa era em que tudo se confunde, é cada vez mais comum encontrar pessoas infantis em cenários onde isso não se exige. E são as mesmas pessoas que se esquecem de ser criança quando o deveriam ser.

19.9.18

o drama de ir buscar uma criança à escola

Hoje, fui buscar a minha sobrinha à escola. Algo que gosto de fazer quando estou de férias. Como se trata da única sobrinha que tenho e como não sou pai, não tenho outra escola como comparação. Por isso, digo que ir buscar uma criança à escola é um drama. E a culpa é dos pais ou dos familiares que as vão lá buscar. E aquilo que aqui vou retratar não é mais do que um comportamento habitual em situações semelhantes.

Ir buscar uma criança à escola significa (para 90% das pessoas que o fazem) para o carro o mais perto possível da criança. Se a escola autorizar, é levar o carro até à porta da sala. Se não autorizar, é parar junto ao portão até à criança aparecer. E os carros que estão atrás, a fazer fila, porque não conseguem passar? Esses esperam pela vez deles. Se isto não resultar, é estacionar mal o carro. De modo a que uma pessoa tenha de demorar cinco minutos a fazer uma manobra de cinco segundos. E se tiver que acontecer um acidente (toque entre carros) que assim seja. Só não podemos perder o lugar em frente ao portão.

Isto que acabei de descrever acontece sempre que vou buscar a minha sobrinha à escola. Aliás, aconteceu tudo hoje. Menos o acidente, que foi evitado por meros milímetros. E quando digo que isto não é mais do que um comportamento habitual é porque a maioria das pessoas comporta-se assim com os carros. É no estacionamento perto de casa, é nos centros comerciais e em todos os lados. Vale tudo para o carro ficar o mais perto possível do destino.

Continuo a adorar ir buscar a minha sobrinha. E continuo a ficar fascinado com os comportamentos que observo. Como a mãe que para o carro em frente ao portão e sai do carro para fumar um cigarro junto às crianças da escola. E nem quando o filho chega é capaz de apagar o cigarro. É verdade que nada disto me diz respeito, mas não é por isso que deixa de me fazer confusão. Simplesmente porque não percebo este tipo de comportamentos.

18.9.18

a cristina ferreira errou (e o mundo não acaba por isso)

Ponto prévio. Gosto de Cristina Ferreira enquanto profissional e pessoa que cresceu a pulso, conquistando o seu espaço. Já ouvi dizer que trabalha como ninguém e que merece tudo o que tem. Também já ouvi dizer que não é fácil trabalhar com ela. Estas duas faces são comuns em alguém com um percurso e mediatismo como o seu. Resumindo, é uma excelente profissional que terá pela frente a sua prova de fogo. Brilhar longe do talento de Manuel Luís Goucha.

Posto isto, vou à entrevista de ontem. Estava curioso para perceber quais seriam as primeiras palavras de Cristina Ferreira enquanto nova estrela da SIC e como a figura em que todos parecem depositar esperança de um futuro risonho, leia-se, com boas audiências. E a conversa não fugiu aquilo que esperava. Boas frases, postura correcta e alguns lugares comuns, já usados na sua revista. Houve também momentos que achei desnecessários por não acrescentarem nada à conversa e servirem apenas para engrandecer algo que por si só já tem uma dimensão considerável.

Até que Cristina Ferreira errou. Num erro que não consigo aceitar. A determinado momento, e referindo que era um exemplo dado por uma amiga, a apresentadora comparou a reacção à sua transferência de canal - que não é mais do que isso mesmo, apesar de em Portugal ainda se fazer destas mudanças um bicho de sete cabeças - com a morte da Princesa Diana. "As pessoas não estavam preparadas", disse. E isto é muito mau!

Começa por ser mau porque compara a reacção a uma mudança profissional aquilo que se sente com a morte de uma pessoa. E isto é mau, seja a Princesa Diana ou o Zé Manel do bairro lá ao lado. Mas é ainda pior quando a comparação é feita com uma das pessoas mais marcantes e influentes dos últimos anos. Uma mulher que mudou a realeza britânica e a forma como se olha para o mundo dos príncipes e princesas. E isto foi um gigantesco tiro nos pés.

Se este erro define Cristina Ferreira? Não! Se este erro é perdoável porque se trata de Cristina Ferreira? Não! É de extremo mau gosto vindo dela como seria vindo de qualquer homem (porque já li que não se perdoa por ser mulher. E isto é gozar com as mulheres). Cristina Ferreira continua a ser uma excelente profissional. Não sai beliscada por causa deste momento. Mas também não vamos fingir que tudo se perdoa porque são figuras públicas. Errou, mas o mundo continua igual ao que era ontem. Nada mais do que isso.

17.9.18

transformei-me no tio patinhas

Quando era mais novo e quando comecei a trabalhar - algo que aconteceu muito cedo - não dava grande importância ao dinheiro. Se gostasse de umas calças, pagava 120 euros por elas (chegou a acontecer). Se gostasse de uns ténis, a mesma coisa. Não gastava o dinheiro todo que tinha, mas também não sentia grande apego ao mesmo. Era o que era. Algo que mudou radicalmente.

Apesar de continuar a olhar para o dinheiro como algo que paga a minha sobrevivência e que me pode providenciar alguns luxos, passei a ser uma espécie de Tio Patinhas, que tem dificuldade em gastar dinheiro. Não é bem em gastar, mas naquilo em que o vou gastar. Voltando ao exemplo anterior, nos dias que correm sou incapaz de gastar 120 euros numas calças. Até 30 euros por uns jeans já me parecem um grande exagero. Quando tenho o impulso de comprar algo, começo a fazer contas de cabeça. Qual o impacto que terá no meu orçamento mensal, o que poderia fazer com esse dinheiro e por aí fora. Existem coisas em que não tenho problemas em gastar dinheiro, como um bom jantar. Mas até aqui escolho muito bem os sítios onde vou.

Gosto de acreditar que isto vem com a idade. Com a aprendizagem de gerir dinheiro e com a responsabilidade de sair da casa dos pais. E sou o mais sincero possível quando digo que prefiro muito mais o Tio Patinhas que sou agora, do que a pessoa menos ponderada que fui em tempo. Mas também sei que foi aquela forma de ser que me levou a valorizar muito mais aquilo que sou agora. Apesar de chegar ao ponto em que me irrito por querer comprar algo mas começar imediatamente a fazer contas até me convencer de que será um investimento desnecessário.

discriminação, racismo e discotecas

O racismo tem estado em destaque ao longo dos últimos dias. Tudo porque a grande atleta Patrícia Mamona partilhou no Instagram uma publicação - entretanto apagada - onde dá a entender que tanto ela, como os amigos, a quem chama "black friends", não entraram no Lux por serem negros. E isto foi o suficiente para causar uma gigantesca confusão. Que tem muitos pontos de vista e de análise.

Logo à partida, não considero que seja racismo, mas discriminação que nada tem a ver com a cor da pele. E que ponha o dedo no ar quem já ficou à porta do Lux ou de outra qualquer discoteca. Eu já! Por mais absurdo que possa parecer, a discriminação é um ponto atractivo de muitas discotecas. A dificuldade em ter acesso faz com que todos queiram tentar a sua sorte em entrar. E a verdade é que todas as discotecas usam critérios, muitas vezes sem lógica, que definem quem entra no espaço. É a regra do jogo e só joga quem quer.

Por outro lado, Mamona também faz juízos de valores em relação a outras pessoas. Isto quando diz que os seus amigos estão bem vestidos e que estão a entrar pessoas de chinelos. Isto é fazer aquilo que está a criticar e dizer ser alvo. Além disso, no tal post apagado, a atleta troca argumentos com um seguidor a quem diz não ter estado presente desde o início da situação e que até foi reconhecida (e bem tratada) pelos funcionários do Lux.

Tudo isto serve de exemplo para uma situação específica: partilhar algo nas redes sociais a quente, quando estamos chateados. Algo que ganha uma dimensão ainda maior quando se trata de figuras públicas. E este é o "erro" aponto a Mamona, que depois, e muito bem, desvalorizou a situação.

De resto é apenas uma noite de diversão numa discoteca lisboeta. Nada mais do que isto! Uns entram, outros não. Uns gostam, outros odeiam. Mas levar este caso específico para o racismo, tendo em conta os dados apresentados, é um exagero que desvaloriza a verdadeira luta contra o racismo.

14.9.18

boa pessoa vs bom trabalhador

Creio já ter escrito algo no blogue sobre esta temática, que está sempre actual. E digo isto porque é uma confusão de ideias que as pessoas tendem a baralhar, confundir e misturar. Posto isto, pergunto: uma boa pessoa é sempre um bom trabalhador?

E a resposta é não! Uma coisa não faz a outra. Tal como uma péssima pessoa não é obrigatoriamente mau funcionário. São coisas distintas. Que muitas pessoas não sabem separar. Muitas pessoas, quando desafiadas a avaliar um funcionário, tendem a apoiar-se naquilo que a pessoa é. E isso não é chamado para a discussão. Nem ajuda a fazer de um mau profissional o empregado do mês.

Conheço pessoas de quem gosto muito mas com quem não queria trabalhar. Tal como já trabalhei com pessoas que não combinam comigo e com os valores que defendo, mas que eram excelentes profissionais. E nunca misturei as coisas. Aliás, faço mesmo questão de que fiquem separadas porque torna tudo mais fácil.

Mas se um dia tiver de avaliar o lado profissional de um amigo, terei de ser sincero, frio e distante. Não posso dizer que é boa pessoa, uma diversão quando saímos e excelente parceiro de um jogo qualquer, quando na realidade aquilo que importa é se trabalha bem ou não.

12.9.18

e o mundo nos chama loucos (e são mesmo)

Este é um daqueles textos dois em um. Duas temáticas em tudo semelhantes e uma reacção igual. Isto porque fiquei boquiaberto quando li as duas coisas. Uma aconteceu em Portugal e outra chega do Reino Unido. Vamos começar pelo que é nosso.

Vi na rede social de um amigo um print de um comentário deixado no Facebook. A publicação era de uma marca de pensos higiénicos que estava a promover um novo produto. O comentário, em jeito de crítica, dizia que perdiam qualidade quando eram lavados e reutilizados!

Agora, passo para o Reino Unido mas mantenho-me nas lavagens e reutilizações. Isto porque li uma notícia que alerta para o facto de os britânicos terem de deixar de lavar e reutilizar... preservativos. Isto não é piada. É uma notícia verdadeira.

"E o mundo nos chama loucos", como diz a música. E chama muito bem! Ou então sou eu que não percebo nada disto.

11.9.18

homem que é homem tem de comer carne

Ser vegetariano é uma opção cada vez mais comum. Quer seja por imposição relacionada com a saúde ou por opção por se desejar alterar o estilo de vida. Mas ser vegetariano não é para homens. Porque os homens comem carne!

Esta é a conclusão de um estudo, que revela que os homens ainda têm vergonha de se assumir como vegetarianos em público. Existe mesmo uma exclusão social e os homens acabam por ser alvo de piadas de amigos. O que faz com que sejam vegetarianos apenas em privado.

Isto parece uma piada, mas é real. Muitas pessoas não aceitam que um homem não coma carne. Parece que isso afecta a masculinidade deles. O que não deixa de ser um gigantesco passo atras quando estamos no ano em que estamos.

Existem casos, relaxados pelos autores do estudo, de homens que passaram a ser vegetarianos mas que comem carne perto dos amigos, porque é o que todos fazem. Este é apenas mais um exemplo de que o mais complicado é mesmo mudar mentalidades.

10.9.18

educação, civismo e bom senso ou a falta de tudo isto

Gosto de tratar tudo aquilo que não é meu como se fosse meu. Não desarrumo algo apenas porque não estou em casa. Não sujo porque não vou limpar e gosto de deixar as coisas como as encontro, acreditando que deveria ser assim com toda a gente.

Mas no ginásio não é! Existem pessoas que gostam de deixar tudo desarrumado. Barras, pesos e até simples colchões. O que poderia ser um esquecimento, algo que acontece a todos. Mas hipótese que deixa de ser válida quando as pessoas fazem isto em todos os exercícios!

Já para não falar das pessoas que deixam a torneira da água quente (num lavatório) a correr. Ou as que deixam embalagens de tudo e mais alguma coisa nos balneários e chuveiros.

Infelizmente é o que temos! É cada um por si e quem vier atrás que feche a porta. Fico sempre na dúvida é no tipo de casa que estas pessoas têm. Será que temos de deixar os ténis à porta ou será um vale tudo com base nas regras que gostam de mostrar nos espaços dos outros? 

5.9.18

a nova moda para os mamilos femininos

Ao longo dos anos ouvi diversas histórias de mulheres que revelam sentir algum desconforto quando os mamilos ficam salientes. O que até se compreende pois existe a real possibilidade de se tornarem no centro das atenções, nomeadamente quando essa situação acontece quando estão em público, junto de outras pessoas. Mas aquilo que era um situação chata está a transformar-se numa moda. Aliás, é mesmo já uma moda.

Existem cada vez mais mulheres a recorrer a clínicas de estética para ficar com os mamilos salientes. Algo que é feito com recurso a injecções. Trata-se de algo bastante comum em mulheres na casa dos 25 anos que não se importam de gastar quase 900 euros por tratamento. Nos Estados Unidos da América e também no Brasil é algo cada vez mais popular.

Parece que a inspiração para tudo isto vem de Kendall Jenner, que costuma aparecer com roupa transparente. Confesso que a moda podia ser pior – isto porque não representa grandes riscos a nível de saúde (excepto para grávidas e mulheres que estejam a amamentar) – e tambem devo dizer que já nada me surpreende.

4.9.18

arriscar tudo na vida e estupidez nas redes sociais


Esta imagem tornou-se viral ao longo das últimas horas. Para muitas pessoas não é mais do que um homem qualquer, uma frase motivacional tocante para todos e o símbolo e slogan da Nike. Esta imagem consegue ser um bom exemplo daquilo de bom que ainda existe no mundo e também da estupidez e falta de bom senso que existem nas redes sociais.

Vou começar pelo lado negativo, porque é mais curto e prefiro acabar com algo positivo. O homem desta imagem é Colin Kaepernick. Trata-se de um jogador de futebol americano que poderá ser desconhecido para a maioria dos portugueses, até porque não é um dos desportos mais populares em Portugal. Nas redes sociais do jogador, que partilhou esta imagem, li coisas completamente absurdas. Pessoas que dizem não conhecer aquilo em que acredita nem aquilo que sacrificou, mas que adoram coisas que faz (mas que na realidade nada têm a ver consigo).

Este lado estúpido e absurdo das redes sociais é cada vez mais frequente. Pessoas que escrevem algo mas que não se informam minimamente sobre aquilo que dizem. O que é muito triste. E que dá uma péssima imagem a quem o faz. Especialmente em casos tão importantes como este. Depois de ter arrumado o lado negativo desta imagem, vou focar-me na história inspiradora desta imagem que serve para assinalar o 30º aniversário das campanhas “Just Do It” da Nike.

Como referi, Colin Kaepernick é um jogador de futebol norte-americano. O ex-jogador dos 49ers já disputou seis épocas no campeonato norte-americano e destacou-se, em 2016, quando se ajoelhou durante o hino norte-americano. Aliás, foi mesmo um dos primeiros a tomar esta atitude, em protesto contra aquilo que entende ser errado nos Estados Unidos da América, nomeadamente o número de afro-americanos mortos pelas autoridades do país.

O gesto do atleta acabou por ter forte influência junto de outros jogadores (e pessoas em geral). Também motivou uma onda de críticas, especialmente de Donald Trump que desejou que os jogadores que “desrespeitaram” o hino fossem despedidos. Desde esse gesto que Colin Kaepernick não joga na NFL. Nenhuma das 32 equipas contratou o jogador que se tornou num símbolo da luta contra aquilo que está mal nos EUA. O jogador chegou a dizer que se levantaria quando as coisas estivessem bem.

Por isso é que esta publicidade é realmente forte. Porque Colin Kaepernick é um homem que acredita em algo, mesmo que tenha de sacrificar tudo para se manter fiel aquilo em que acredita. E é por isso que ainda custa mais ler coisas completamente absurdas em relação à imagem que está a provocar diversas reacções. Há quem esteja a queimar produtos da Nike, tal como muitos apoiam a decisão da marca em apostar em Kaepernick para esta publicidade específica.

Acrescento dois dados de relevo. Do ponto de vista legal, Kaepernick não cometeu nenhuma ilegadidade pois, segundo sei, a lei norte-americana não obriga a que as pessoas sejam obrigadas a participar em atos patrióticos. Por outro lado, existe a real possibilidade da luta entre o jogador (que não está sozinho) e a NFL chegar aos tribunais, depois da liga ter visto recusado o desejo de arquivar o processo.