16.9.17

óculos são coisa de ceguetas e pitosgas

A minha mãe usa óculos. Tal como o meu pai. Felizmente, nunca precisei de utilizar óculos. Nos exames que fiz até hoje, tudo está ok. Se fizer uma viagem aos tempos em que era mais novo, usar óculos era um pesadelo. "Caixa de óculos" e "quatro olhos" são apenas duas das alcunhas com que as crianças eram brindadas. E que eram um tormento para quem tinha de usar óculos. Não sei se ainda hoje é assim. Mas no meu tempo era. E as crianças conseguiam ser bastante más para aquelas que tinham necessidade de utilizar algo que a maioria não usa. Neste caso, óculos.

Esquecendo a minha infância e centrando-me no presente, os óculos deixaram de ser um objecto do demo para passar a ser algo ligado à moda. Parece mesmo um acessório que marca uma posição. Passou-se do receio de usar para a moda que chega mesmo às armações que se utilizam, sem qualquer lente. Esquecendo o factor moda e olhando para a minha profissão, acabo por olhar para os óculos com outro olhar, passe a redundância.

Passo o dia a olhar para dois ecrãs. Já para não falar do iPhone ou mesmo da televisão. E sempre que entrei em lojas fui aconselhado a usar óculos. Apenas para descansar a vista. Algo que fui recusando. Sempre achei que não era necessário. Até porque faço parte daqueles que têm uma visão "perfeita". Até ao dia em que comprei uns óculos. Decidi experimentar. Usei algumas vezes, sempre em ambiente de trabalho, mas acabei por não os usar durante muito tempo. Mesmo andando com eles diariamente.

Até que voltei a ser aconselhado a usar óculos. "Mas já tenho uns e não uso", expliquei. Foi nesta altura que me falaram das lentes Eyezen, criadas pela Essilor. E que são ideais para aquilo que considero geração digital. Leia-se pessoas como eu, que passam muito tempo a olhar para ecrãs de computador, tablets e smartphones. E, mais uma vez, para pessoas como eu, ou seja, aqueles que não precisam de usar óculos. Confesso que nunca olhei para os óculos como o inferno na terra. Até porque sempre vi os meus pais de óculos e sempre acreditei que seria uma questão de tempo até ter de usar. Mas também confesso que me "assusta" a quantidade de horas que passo em frente a um ecrã. E quando não é este é o telemóvel, o fiel companheiro do café depois de almoço. Pesando isto tudo, decidi uma nova oportunidade aos óculos.

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