30.8.17

sexo, gordinhas e muito provavelmente polémica

Hoje ouvi uma coisa que ouço desde adolescente. Uma ideia que envolve sexo, gordinhas e que provavelmente é polémica para muitas pessoas. Tem a ver com a ideia de que as gordinhas são melhores na cama do que as outras. Pelo menos numa relação casual.

Esta ideia baseia-se em algo pouco simpático para estas mulheres. Que passa pelo pouco sexo que supostamente têm. Como tal, cada sessão de sexo é fantástica por não se saber quando será a próxima. É vivida sempre como se fosse a última.

Como referi inicialmente, ouço isto há muitos anos. Mas quero acreditar que não passa de mito. E que é algo que não depende do físico. Nem da mulher nem do homem. Só não sei se esta ideia é veiculada apenas entre homens ou também entre mulheres. Ou se é algo que as mulheres também dizem em relação aos homens gordinhos.. 

eu te devoro



"É um milagre. Tudo que Deus criou pensando em você. Fez a Via-Láctea, fez os dinossauros. Sem pensar em nada, fez a minha vida... e te deu"


discutir em locais públicos

Nunca gostei de discutir em locais públicos. Tal como não gosto de ter que levar com discussões em locais públicos. E o motivo é o mesmo: os problemas de uns não têm de ser dos outros. Já para não mencionar a deselegância da situação.

Ontem estava a beber café no sítio do costume. E no Pingo Doce onde bebo café diariamente existem mesas grandes que são partilhadas por diversas pessoas. Estava numa quando começo a ouvir uma discussão. Eram as duas pessoas que estavam na "minha" mesa. Que discutiam como se estivessem em casa. Ou como se fosse invisível.

A meio da discussão, uma das pessoas diz: "não me faças fazer figuras tristes". O que me leva a acreditar que aquela situação era desagradável para aquela pessoa. Pelo menos para mim era. E não tinha nada a ver com a situação.

E tal como não gosto disto, também não gosto de ver pais aos gritos com os filhos em locais públicos. Tudo tem um espaço para acontecer. E poucas são as coisas que devem ser partilhadas com uma pequena (ou não) plateia.

29.8.17

curiosos....

Gosto de apostar no Placard. Costumo tentar misturar a minha (aquela que julgo ter) sabedoria futebolística com alguma sorte. E confesso que nem me tenho saído mal. Apostar no Placard tem uma diferença em relação aos outros jogos da Santa Casa, como é o caso do Euromilhões, por exemplo. Quando entrego o boletim, sai o talão com o dinheiro que posso vir a ganhar. O que faz com que os funcionários das lojas sejam bastante curiosos. É raro o funcionário que não analisa o talão antes de me entregar. E é bastante fácil de perceber para onde estão a olhar. E é sempre para o valor do prémio. É uma curiosidade que não percebo. Por mais que tente.

dica vezes dois

Nestas férias de duas semanas dediquei-me ao dolce far niente. Como em outras alturas levei roupa para praticar desporto, mas acabei por não o fazer. Decidi viver as férias na sua plenitude. E entre a praia, piscina, tempo em família, com amigos e a dois, entreguei-me a um livro e a uma série de televisão.

Infelizmente, não leio a quantidade de livros que desejava. Mas acabo por ler sempre uma obra nas duas semanas de férias. A escolha deste ano foi Sr. Mercedes, um thriller da autoria de Stephen King. É daqueles livros que nos prendem do início ao fim e dei por mim a não conseguir parar de ler. Queria saber sempre mais e mais. E o que acontece agora? Por isso, é um livro que recomendo a todas as pessoas que estão na dúvida em relação ao que vão ler.


Quanto à série, graças à Netflix descobri Ozark, um exclusivo (e original) Netflix. Esta série - a primeira temporada já está disponível na totalidade - gira em torno da lavagem de dinheiro. E da família de um homem que faz o que pode para manter a família viva. A estrela desta série (e o realizador de quatro episódios) é Jason Bateman, um actor que conheço sobretudo dos filmes de comédia.


A série pode parecer aborrecida ao início. E bastante sombria. Mas está muito bem feita. As diferentes histórias estão muito bem escritas e, tal como no livro, dei por mim a devorar episódios - um pouco maiores do que o habitual - para perceber o que ia acontecer. Para quem procura uma nova série, Ozark é uma excelente escolha. Ficam as dicas.

que morram todos

O jornalismo já viveu dias melhores em Portugal. E a triste realidade é que poucas áreas se podem gabar do contrário. Pelo menos por cá. Na semana passada tornou-se público que um dos maiores grupos editoriais nacionais pretende vender todas as publicações que tem.

Foi assistir a um festival de aplausos. "Que morram todos", é algo que muitos desejam. E o morram é para as publicações. Já nem vou bater na tecla de que as pessoas só vão lamentar a ausência do jornalismo quando não o tiverem. Nem vou discutir tipos de jornalismo e quem gosta do quê. Nem sequer separar os bons dos maus jornalistas.

Aquilo que me entristece é a alegria pela desgraca. Pela tristeza. Pelo mal dos outros. É aquele modo de pensar: "estou mal mas eles estão pior". Isso é que é triste. Mesquinho. E reduz as pessoas a um tamanho muito pequeno.

Enquanto jornalista fico triste com este panorama. Porque é geral. Gostava que todos tivessem bem. Porque o sucesso da área é o sucesso de todos. Também fico triste pelos amigos que tenho nessas publicações. Que desconhecem o futuro. Algo que acontece com a maioria dos profissionais em Portugal.

De resto, o jornalismo vai ter de saber adaptar-se aos novos tempos. Aos desejos dos leitores. Aquilo que querem e como querem. E creio que esta adaptação vai acabar por mudar, e muito, o jornalismo em papel. Vamos ver como será o futuro. Só não contem comigo para aplaudir a desgraca do vizinho.

28.8.17

a ridícula discussão em torno dos livros da porto editora

Muito foi dito sobre os livros da Porto Esitora. Aqueles que supostamente fazem dos meninos uns valentes intelectuais e das meninas umas pobre coitadas que são mais limitadas. E com base em apenas, reforço, apenas duas ilustrações deu-se início a uma discussão... ridícula!

Aquilo que poderia ser um assunto sério morre na forma como foi tratado. Muito poderia ser dito sobre o tema, mas em relação a isso Ricardo Araújo Pereira disse tudo. O vídeo do humorista é a melhor análise possível ao tema.

De resto, aquilo que me espanta é que tudo seja feito com base em duas ilustrações que não foram escolhidas de forma aleatória, dando a entender que os livros são realmente assim. Espanta-me que se mande retirar do mercado livros (que não são obrigatórios) apenas com base em duas ilustrações. E digo isto porque é impossível que as obras tenham sido integralmente analisadas. Se assim fosse, não existia discussão!

E um tema sério ganha dimensão de comédia ridícula. Tudo por causa da sede cega de atirar alguém para uma fogueira. Vivemos a uma velocidade alucinante, mas isso não pode impedir uma análise séria e cuidada. Especialmente em temas tão sensíveis como aquele que merecia uma análise muito melhor do que aquela que recebeu. 

aquilo que mais custa depois das férias

Voltar a vestir calças de ganga.

27.8.17

ainda fiquei mais fã de conor mcgregor

Muito se falou daquele que foi promovido como o combate do século. De um lado Floyd Mayweather, um dos melhores lutadores de boxe da história. Do outro, Conor McGregor, um dos melhores lutadores de MMA da história. Pelo meio, milhões, muitos milhões de euros.

Cada pessoa tinha o seu favorito e não escondo que torcia pela vitória de Conor. Gosto dele e acreditei que poderia surpreender o universo do boxe. Por outro lado, sabia que era algo bastante improvável. Porque o combate seria de boxe. E aí Mayweather está como peixe na água.

Apesar de acreditar numa surpresa, o combate aconteceu como imaginava. Vários rounds, algum equilíbrio e uma derrota que não iria envergonhar quem perdesse. E foi isso que aconteceu com um KO técnico ao décimo round.

Milhões à parte, este combate serviu para respeitar ainda mais Conor McGregor. Que teve a ousadia de desafiar um dos melhores atletas de sempre, numa modalidade que não é sua. E que implicou treinos diferentes dos seus, num espaço de tempo mais limitado.

E não envergonhou ninguém. Até fez melhor figura do que muitos lutadores de boxe. E acabou a elogiar o adversário enquanto bebia whiskey irlandês. Por fim, e para as pessoas que acham que Cristiano Ronaldo ganha muito dinheiro,
Floyd Mayweather ganhou muito mais dinheiro (em apenas 34 minutos) do que o jogador português em dois anos.

25.8.17

hoje é um dia feliz! gosto muito de ti

Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. A minha irmã faz anos. A minha única irmã, e mais velha, faz anos. Ser minha irmã faz com que seja uma das pessoas mais especiais da minha vida. Ter-me dado a sobrinha que tanto amo faz com que esse sentimento cresça ainda mais.

Olhando para o passado recordo as "turras" típicas entre irmãos de sexos diferentes. E com idades diferentes. Se na altura poderia ficar irritado com algumas coisas, hoje recordo tudo isso com um sorriso. Sem esquecer que sempre foi um exemplo para mim. Com o "peso" e "responsabilidade" de uma irmã mais velha.

Os anos foram passando e o amor aumentando cada vez mais. És muito especial para mim. Gosto muito de ti. Que este dia seja tão especial como tu és! Parabéns Mana!

24.8.17

o céu ganhou uma super estrela

Já tinha falado do Mário no blogue. Um dos estagiários mais fantásticos que conheci. E que quase adoptei como um irmão mais novo com quem estava sempre a brincar. Quando terminou o estágio que fez na revista onde eu trabalhava, ficou com o desejo de mudar-se para a mesma equipa para onde me mudei.

Combinámos um almoço de despedida do primeiro estágio. Nós - o grupo de amigos que o acolheu fora do trabalho - oferecemos o almoço e a mãe do Mário uma deliciosas queijadas. Assim que me sento diz-me que vai estagiar comigo. Um estágio profissional. Fiquei mais contente do que ele. E aquele almoço, que seria o último, passou a ser apenas mais um. Ou assim deveria ter sido.

Pouco tempo depois o Mário é internado. "Não é nada cancerígeno", dizem. Suspiro de alívio. Em breve teria o Mário novamente comigo para brincar como nós fazíamos. O alívio deu lugar a medo. Afinal era cancro no estômago e no esófago. Fui sempre trocando mensagens e telefonemas com o Mário. Que estava preocupado em não estagiar. Em perder aquela oportunidade.

"O que importa é a tua saúde. Quando estiveres bom, o lugar é teu", disse-lhe. Fartou-se de agradecer as mensagens. O medo deu lugar ao desespero. "O cancro do Mário é terminal", disseram-nos. Fiquei sem chão. Sem saber o que dizer. Sem saber como lidar com o Mário. Fomos sempre falando. Perguntado como estava.

Até que hoje recebo a mensagem que mais temia. "O Mário já não pode responder às nossas mensagens". Puta da vida, pensei. Podia lamentar a morte de um excelente trabalhador. De um jovem de apenas 31 anos. De um bom amigo. De alguém de quem gostei muito.  Mas a verdade é que o mundo perdeu uma pessoa boa. Daquelas que dão sentido a muitas coisas. Que equilibram o mal que existe neste mundo. Hoje o céu ganha uma Super Estrela. Vou ter muitas saudades tuas Mário!

18.8.17

barcelona e medo

Existem atentados que nos tocam mais do que outros. Não pelos diferentes níveis de atrocidade. Nem pelo número de vitimas. É algo que tem a ver com a proximidade. E com a sensação do "podia acontecer comigo". E foi isso que senti com o atentado recente de Barcelona.

E senti isto porque é uma das minhas cidades de eleição. Uma que já visitei muitas vezes. E, como qualquer turista, muitas foram às vezes em que passeei pelo local do atentado. E é tudo isto que me leva a olhar para este atentado com outros olhos.

Não quero ter medo. Não quero deixar de visitar sítios por causa de tristes acontecimentos como este. Mas a verdade é que estes atentados são muito fáceis de realizar. Não existem coletes de explosivos, bombas ou o que quer que seja. É apenas uma viatura e o maior número de vítimas possível.

Os terroristas têm passaporte dos países onde fazem os ataques. Ouvi ontem que são necessários 23 homens para controlar "24 horas por dia" um indivíduo sinalizado pelas autoridades. O que faz com que seja uma missão quase impossível.

Esta nova moda de atentados é mais fácil de realizar é mais difícil de controlar. Temo que venham a acontecer muitos mais atentados destes. Em locais turísticos das grandes cidades. Mas o medo não pode vencer. Por mais complicado que seja.

17.8.17

um estranho fenómeno de praia

Uma das minhas praias preferidas fica no Alentejo. É a praia dos Aivados, na Ribeira da Azenha. Um pequeno paraíso sem bares de praia e sem nadadores salvadores. Tem os benefícios do paraíso, ser calma, e os riscos do paraíso, exige um cuidado redobrado, especialmente para quem tem crianças pois a praia nem é muito perigosa. Tem ainda outra vantagem: os cães podem andar à vontade.

A praia não costuma ter muitas pessoas. Pelo menos na zona onde nós costumamos ficar, que tem um acesso mais exigente para quem tem carro. O que faz com que um "fenómeno" desta praia seja ainda mais... peculiar.

Existem pessoas que chegam à praia em grupos de oito (ou mais) pessoas. Têm muita areia para ficar à vontade, mas ficam sempre colados a alguém. E quando digo colados, refiro-me a uma dismtancia demasiado pequena para o espaço existente. Espalham tudo pela areia e depois começam a falar como se estivessem separamos por dois quilómetros e sem telemóvel. Ou seja, gritam.

Este estranho fenómeno belisca (ainda que ao de leve) o encanto paradisíaco dos Aivados. Por outro lado, torna a praia mais segura. Ninguém ousará roubar algo quando não percebe se as coisas estão sem "dono" ou de pertencem a alguém. Mas confesso que me faz alguma confusão o motivo que leva alguém a ficar tão próximo de outras pessoas quando existe tanto espaço livre.

Não deixa também de ser curioso que apesar da maior popularidade da praia, ano após ano sejam vistas as mesmas pessoas no areal. Por fim, quem não conhece esta praia não sabe o paraíso que está a perder. 

16.8.17

refugiando

Ontem fui jantar com a minha mulher à Ribeira da Azenha, perto de Vila Nova de Milfontes. Ao sair demos de caras com um rapaz, que pedia boleia à beira da estrada. O Luís tinha consigo um grande cartaz onde se lia refugiando.org. E rapidamente explicou a sua "missão".

O Luís está a percorrer o caminho até à fronteira de Espanha. Tal e qual como se fosse um refugiado. De mochila às costas, está dependente das boleias, das caminhadas que faz e da caridade dos donos dos restaurantes. Pois se lhe derem comida, o dinheiro da refeição irá reverter a favor de instituições que ajudam os verdadeiros refugiados.

Disse-lhe pessoalmente que é uma missão muito nobre que está a fazer. Sozinho, a dormir em praias e dependente da ajuda de estranhos. Ainda bem que existem pessoas assim e lamento que estas iniciativas nem sempre tenham o mediatismo que merecem.

Fiz a minha parte ao dar boleia ao Luís. Faço a minha parte ao divulgar esta iniciativa. E deixo o apelo: se andarem pela estrada e caso se cruzem com o Luís, não tenham receio de dar boleia a este simpático rapaz. Visitem o site refugiando.org e vejam como podem ajudar o Luís, que vai relatando a sua aventura no facebook

14.8.17

férias sim. confusão não!

Adoro férias. Quem não gosta? Mas não sou, frequentemente, daquelas pessoas que passam o ano a contar os segundos para as férias. Quando isso acontece, e não nego que já me aconteceu, é porque estou saturado do trabalho. De resto, olho para as férias como o tempo em que me dedico aos meus.

E se há coisa de que não gosto nas férias é de confusão. Isto retira 90% do encanto das férias. Porque a confusão é indispensável durante o tempo de trabalho. Mas totalmente dispensável em período de férias. 

Não gosto de praias cheias de gente, onde todos gritam e ninguém respeita a pessoa do lado. E confesso que nem em criança achava piada a isto. Muito menos em adulto. Por isso é que me faz confusão aqueles locais onde a pessoa demora quase uma hora para chegar à praia, onde demora uma hora para pagar as compras no supermercado e por aí fora.

Mas, por outro lado, acho que as pessoas já olham para a confusão como parte delas. Ou melhor, já nem se aperfebem dela tal é a forma como lidam com ela durante todo o ano. E digo isto por acreditar que todas as pessoas dispensam a confusão durante as férias.


10.8.17

os tristes polícias que temos

Este texto merece uma nota prévia. Nada tenho contra polícias. Tenho amigos que seguiram esta profissão e que são excelente profissionais. Mas "profissionais" como aquele com quem me cruzei hoje servem para dizer coisas como as palavras que escolhi para o título deste texto. Sem querer generalizar, são polícias destes que fazem com que muitas pessoas não gostem da classe no geral. E que olhem para todos com o mesmo olhar.

A situação passou-se numa estrada. Circulava na faixa da esquerda (existem três). Vou dentro do limite de velocidade. Vou a ultrapassar os carros que seguem na faixa à minha direita (ou seja, na do meio). São vários carros seguidos. E tenho mais duas viaturas à minha frente. Olho pelo retrovisor e reparo que tenho uma mota da polícia atrás de mim. Praticamente colada ao meu carro. Seguia a uma distância que de segurança nada tem.

Tenho o cuidado de observar o comportamento do agente. As luzes estão desligadas. Segue sozinho. Por isso entendo que não está com pressa, leia-se com urgência. Se assim fosse, assinalava isso mesmo. Como manda a lei. Mesmo assim, costumo desviar-me dos polícias. O que neste caso era impossível. Porque tenho carros ao meu lado. E carros à minha frente. Que provavelmente não conseguem observar a mota, que segue colada ao meu carro.

O polícia (nitidamente amuado, algo que percebi mais tarde) não descansou enquanto não se posicionou ao meu lado. Obrigando-me a mudar de faixa. Volto a dizer que tenho carros à minha frente e à minha direita. Ou seja, o desejo do agente - que não está a sinalizar marcha de urgência - não podia ser satisfeito apenas porque sim. Tinha de esperar que tivesse espaço para uma manobra em segurança. Quando digo que o polícia estava amuado, é pelas caras que fez quando estava ao meu lado. "Obrigando-me" a mudar de faixa.

Se fosse uma pessoa nervosa, assim que o polícia começou a gesticular, tinha mudado de faixa. Sem olhar para retrovisores, arriscando-me a bater no carro que seguia ao meu lado. Mas só mudei quando havia espaço para isso. Provocando ainda mais ira ao agente. Que seguiu mais alguns metros a olhar para o meu carro como um touro olha para algo vermelho. O meu desejo foi dizer algo de que me arrependeria assim que as palavras saíssem da minha boca. Optei por ficar calado e subir o volume da música que ia a ouvir.

Percebia o estado do polícia caso viesse com urgência e o estivesse a ignorar. Também percebi caso fosse na faixa da esquerda a fazer turismo, enquanto tinha as outras duas livres. Mas estava a fazer tudo bem. Uma ultrapassagem dentro dos limites de velocidade. E mais demorada do que o normal porque tinha dois carros à minha frente e vários à minha direita. Por isso é que digo que são pessoas como esta que fazem com que outros polícias levem com rótulos que só pessoas destas merecem. Peço desculpa a todos os outros polícias, mas este faz-me dizer "tristes polícias que temos".

8.8.17

os últimos tempos e um vídeo

Os últimos dias têm sido bastante atarefados. E ao jeito de um bom filme, têm de tudo. Desde notícias de merda que tento esquecer. Ou esconder o mais possível na minha memória por saber que é complicado não pensar nisso. Muito trabalho. Que é feito com alegria. Muitas ideias para colocar em prática. Muitas coisas para fazer. Pouco tempo para descansar. E até uma contagem decrescente para férias.

Não sou de me queixar. E agradeço todo o trabalho que tenho. E mais tivesse. Desde que motivado, nada disso me importa. Tendo a noção de que nem sempre é fácil encontrar um equilíbrio com o lado familiar, que tem de ser sempre o mais importante e prioritário. Aquilo que mais me aborrece e incomoda são mesmo as más notícias. Que me deixam impotente.

Mas voltando às coisas boas, estou muito feliz com o novo projecto. Um balão de oxigénio que há muito desejava. Ao longo das últimas semanas tenho feito diversas coisas que me têm dado muito prazer. Desde reportagens mais sérias até momentos mais divertidos. Como é o caso deste vídeo. Não tenho por hábito misturar trabalho com lazer, mas este vídeo, pensado e idealizado em poucas horas, é o espelho do ambiente que agora tenho e que me dá muito ânimo. E que é uma ajuda importante a esquecer algumas coisas menos boas.



Este vídeo surgiu em modo de brincadeira. E em jeito de homenagem a dois grandes talentos do futebol português: Ricardo Quaresma e Pepe. Que são dois dos protagonistas deste vídeo, aquele que literalmente quisemos copiar.

2.8.17

eleições todos os anos! e mais do que uma vez por ano

Gosto de eleições. Defendo que as eleições autárquicas ocorram anualmente. Melhor ainda, duas vezes por ano. É que assim está sempre tudo arranjado e tudo bonitinho. As pessoas agradecem. E confesso que vivo numa zona em que não me posso queixar. Mas sabe bem ver que nesta altura tudo se arranja.

scooby scooby doo!

Se me disserem Scooby, respondo imediatamente Scooby Doo. Porque é um desenho animado que me acompanhou durante a infância e adolescência. Mas existe outro Scooby. Menos conhecido das pessoas, mas que tem sido notícia por estes dias. Trata-se de um surfista que é casado com Luana Piovani, a conhecida atriz brasileira. Por estes dias, o nome de Pedro Scooby ganhou maior destaque. Tudo porque partilhou esta imagem da mulher nas redes sociais.


Existem casos em que as opiniões acabam por dividir-se. Existem os que gostam e aqueles que não acham piada a determinada imagem. Neste caso a crítica é quase geral ao criticar a foto em questão. Neste caso, por mais que pense, não consigo encontrar um motivo lógico – apesar de aceitar que não existe nenhum necessário – para uma imagem destas ser partilhada nas redes sociais.

1.8.17

quando a moda nos prega rasteiras...

... é isto que acontece.








aceito palpites para a identidade desta mulher

podes não acreditar, mas é verdade

As pessoas tendem a não acreditar naquilo que consideram ser uma piada. E até posso dar um exemplo. Aqueles espaços onde as pessoas colocam as suas dúvidas. Que podem ser de cariz sexual. Quem nunca leu algo do género "Masturbei-me com o objecto x. Estou grávida?". Quando lemos alguma coisa deste género imaginamos logo uma piada. Porque entendemos que ninguém pode realmente ter aquela dúvida. Especialmente pessoas mais novas.

Mas a verdade é que as pessoas têm essas dúvidas. Por mais que se acredite que é uma brincadeira de mau gosto. E basta ler ou ver qualquer programa dedicado a dúvidas do género para perceber que é mesmo real. Os famosos "911 Operators" dos Estados Unidos da América partilharam algumas das chamadas mais absurdas que receberam. Aqui fica um exemplo:

Mulher grávida: O médico disse para refrear o meu desejo sexual.

Operadora: Sim, a actividade sexual pode causar contracções. Por isso, a abstenção é segura.

Mulher grávida: Então como é que alimento o meu bebé?

Isto soa a piada. Mas é uma chamada real. E a prova de que as pessoas ainda estão muito pouco informadas em muitos níveis. Especialmente quando a temática envolve a vida sexual.

a realidade escondida no instagram

Qualquer pessoa gosta de estar bem numa foto. A coisa mais normal do mundo. E que ninguém pode censurar. Só que vivemos numa época em que as fotografias deixaram de ter o objectivo de aparecer num álbum de família para passarem a ficar guardadas numa qualquer rede social. E se todos queremos estar bem numa foto do álbum de família, queremos estar perfeitos numa foto que acaba nas redes sociais. Porque aí ninguém poderá ver as nossas pequenas (e normais) imperfeições. Nas redes sociais o mundo é perfeito. E as fotos têm de espelhar isso.

Não censuro quem edita fotos antes de as publicar numa rede social. Eu faço isso. Só com filtros, nada mais. Mas não censuro que recorre a outras ferramentas para trabalhar e alterar uma imagem. Até porque sei perceber se uma foto é real ou se existe um grande trabalho de edição até ao produto final. Como já referi, e reforço, não censuro quem o faz. Só que muitas pessoas ainda não estão "educadas" para esta realidade.

São aquelas pessoas que olham para fotos - e isto acontece muito com as mulheres - e dizem coisas como "gostava tanto de ser assim:". Quando na realidade já são "assim". Porque estão a olhar para uma foto que foi tirada de modo a captar o melhor da pessoa. Que foi pensada ao detalhe. E que até poderá ter sido editada. Para quem não acredita no que digo, partilho o exemplo de Sara Puhto, que decidiu desmistificar a realidade escondida em algumas fotografias que são publicadas nas redes sociais.