31.1.17

mãe pontapeia filha

A ideia de um pontapé de uma mãe a um filho é algo que não soa bem. Por mais cenários que sejam imaginados. Parece que existe uma excepção que passa pelo pontapé que supostamente salva a vida a uma criança. E supostamente foi isso que aconteceu em Uban, na Malásia. Foi por lá que uma mãe pontapeou a filha e onde este acto está a ser visto como algo heroico. O momento pode ser visto aqui.

Já vi o vídeo diversas vezes. Já li a explicação de que o elevador não tem sensores e que apenas dentro do mesmo é que é possível carregar num botão que mantém as portas abertas. Li ainda os elogios feitos à “sabedoria” e “calma” da mãe num momento destes. Confesso também que não sou adepto de grandes teorias da conspiração mas existe algo neste vídeo que não bate certo para mim.

Fica a ideia de que a criança seria entalada pelas portas do elevador. E que isso só não acontece pelo movimento brusco da mãe que faz com que saia da zona da porta. Mas o resto não me parece bem. E digo isto porque a mãe pontapeia a filha com alguma violência e afasta-se da criança. Do género: “salvei-te da porta, agora não me aborreças”. Se o pontapé me faz confusão, acho mais estranho que não se preocupe em ir ter com a filha depois daquilo que fez, mesmo que tenha sido para a salvar.

Não sou de extremos. Não vou dizer que esta mulher é uma má mãe pelo que fez. Até porque a ideia que se passa é a de que salvou a vida à filha. Tal como não acho que nenhum pai é mau pai porque dá palmadas aos filhos. Até defendo o oposto, ou seja, existem crianças que têm falta de umas palmadas no rabo em determinados momentos. Mas o pontapé parece-me muito estranho. Talvez seja pela reacção da mulher.

2 comentários:

  1. Não podia estar mais de acordo contigo. Realmente todo o comportamento é estranho. É verdade que reagimos todos de forma diferente, mas numa situação daquelas, o instinto parece-me ser um sprint à Bolt e jogar a mão para a arrancar dali. Até porque tem as mãos livres (ou será um telemóvel que vejo na mão direita?). Digo isto, porque já o tive de fazer várias vezes. E, depois, lá está... o afastamento, sem aquela reação repentina de a agarrar, como se a verificar que está tudo no sítio, enquanto reclama "para a próxima levas uma lambada, fica já ao pé de mim!". Parece-me que isto seria o normal num impulso. Mas, sem dúvida, que nunca devemos julgar aquilo que não fomos nós a viver...

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