14.11.16

afinal foi um atraso

Primeiro surgiu a notícia de que uma produção de Helena Coelho tinha sido censurada devido à aparente má forma, leia-se peso a mais, da apresentadora. Quando esta notícia começou a circular fui da opinião, deixando no ar a possibilidade de não ser verdade, de que era absurda. Helena Coelho pode ser muitas coisas para muitas pessoas. Mas gorda é coisa que não é. Caso esta versão fosse verdade levantava muitas questões. Mas ao que parece é mentira.

Parece que afinal Helena Coelho não é gorda mas má profissional. Este terá sido o motivo pelo qual as fotografias foram censuradas. E também o motivo pelo qual a apresentadora deixou de ter uma agência que a represente. A ser verdade estamos perante outra temática. A ser verdade que existiu mau profissionalismo aplaudo a decisão de não publicar a produção. Tal como aplaudo a decisão da agência. Mas esta versão também levanta questões.

O atraso de Helena Coelho não é caso virgem. A censura de fotos e o "despedimento" da agência é que já são menos comuns. E a culpa disto é de todas as publicações e de todas as agências. Pelo simples motivo de que alimentam e autorizam estes atrasos e maus exemplos de profissionalismo. O tratamento dado a Helena Coelho não deveria ser uma excepção mas uma regra. Isto aplica-se à revista em questão, à agência em questão e também a todas as publicações e agências. Só que infelizmente é algo de que depende das pessoas e da importância das mesmas.

Os atrasos são uma coisa muito nossa. Parece que marcamos uma hora apenas porque sim. E enquanto jornalista já estive largos minutos (em alguns - felizmente poucos - casos horas) à espera de determinada pessoa. E a indicação é sempre a mesma: esperar. Poucas pessoas dizem: "vai-te embora que a pessoa já devia estar aí" e esta mecânica alimenta os atrasos como se fossem algo normal. Depois dá-se uma desculpa esfarrapada e tudo está bem. Só que o trabalho, seja ele qual for, já não será a mesma coisa. Porque a equipa já está saturada e porque o ambiente provavelmente não será o melhor.

No passado fui convidado para ir a uma conferência de imprensa em Barcelona. O protagonista da mesma era Ronaldinho Gaúcho, na altura a estrela maior do Barcelona. O brasileiro ia falar com a imprensa pela primeira vez depois de um silêncio de mais ou menos dois meses. Cheguei ao local e fiquei louco com a dimensão do evento. Jornalistas de todo o mundo. Um aparato gigantesco. Mas o que é certo é que à hora marcada o evento começou. Quem se atrasou perdeu o início. Esta política é rara por cá.

Por cá as coisas começam cerca de trinta minutos (ou mais) depois da hora marcada. Apenas porque sim. Muitas vezes os protagonistas do que quer que seja até têm uma hora diferente daquela que é fornecida à imprensa. O que é absurdo. E que alimenta uma política de atrasos e mais atrasos. E, por sua vez, de mau profissionalismo. Talvez quando existirem mais episódios destes as coisas comecem a mudar. Até lá continuamos com a política dos atrasos.

2 comentários:

  1. Caro, contra factos não há argumentos:
    Devia de ler na integra o comunicado da Helena Coelho que saiu agora http://www.lux.iol.pt/nacional/famosos/polemica-helena-coelho-emite-comunicado-para-repor-a-verdade-dos-factos

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