6.4.16

uma surpresa que entra pelos ouvidos e aquece a alma

Não tendo preconceitos musicais existem artistas que não me cativam o suficiente a ponto de querer estar a par dos discos que vão editando. Nelson Freitas era um desses artistas na minha lista de gostos musicais. Tal como muitas outras pessoas também ouvi Bo Tem Mel, entre outras músicas deste artista holandês de origem cabo-verdiana.

Até ao dia em que chego de férias e tenho Four, o seu recente álbum que ainda está quente e acabadinho de sair do forno, num envelope em cima da minha secretária. Gostei da capa e coloquei a tocar. E o primeiro impacto, com o primeiro tema, foi logo marcante. “Eh lá! Gosto muito disto”, pensei. A primeira música acaba e começa o já badalado Miúda Linda (que a título de curiosidade já tem mais de 16 milhões de visualizações no Youtube).

Nesta altura as músicas já estão a entranhar-se em mim. Sobretudo quando chega Break of dawn, tema que conta com a colaboração do gigante Richie Campbell. Aqui já estou verdadeiramente preso ao disco. Quando dou por mim já estou no último tema (são 12) que é uma versão de Miúda Linda. Praticamente fiquei o dia inteiro a ouvir o álbum. Que foi directo para o carro. Não tenho qualquer problema em assumir que é um dos melhores trabalhos discográficos que ouvi nos últimos tempos. Acredito que muitas pessoas ainda olham para Nelson Freitas, como acontece com tantos outros profissionais do mundo da música, como um artista menor. Talvez quando (e se) ouvirem Four mudem de opinião.

Four é aquilo que considero de agradável surpresa que entra pelos ouvidos. E que tem poder mais do que suficiente para aquecer a mais fria das almas. É um processo que vai crescendo à forma que as melodias e ritmos de Nelson Freitas conquistam quem está a ouvir as suas músicas. Deste trabalho destaco o último tema (a versão de Miúda Linda) e especialmente este Break of dawn (é melhor não ouvirem que correm o risco de ficar presos à música).

10 comentários:

  1. Esta música está muito bem feita. O ritmo é viciante. Adoro. Sempre que passa na rádio não consigo evitar abanar um bocadinho.

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  2. Olá adoro o blog, continua o bom trabalho :) Só um ponto,a música chama-se Miúda Linda e não Gira :) Nelson Freitas é o maior.

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    1. Olá Joana! Obrigado pelas palavras. Já alterei. É um daqueles momentos em que estás tão convencido de algo que nem percebes :)

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  3. a música Break of Dawn é viciante mesmo. Não me canso de ouvir.

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  4. No primeiro CD que ouvi do Nelson pensava que iria ser kizombas e companhia (nada contra adoro dançar e tenho kizombas no carro) mas notava-se a léguas que ali estava algo diferente. E este Break of Down é fantástico junta dos dois artistas que mais gosto :D

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    1. Este foi o primeiro que ouvi de ponta a ponta e adorei. Está mesmo muito bom.

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  5. Gosto muito de kizomba há muitos anos (muito a dever-se de adorar dançar este ritmo), e conheço artistas deste género que nunca na vida se daria nada por eles. Este Nelson Freitas entrou nas minhas andanças já há muuuuito tempo e confesso que nunca fui especialmente fã, talvez porque acho que tem uma voz esquisita (sim, eu implico muito com a voz das pessoas). Esta música com o Richie (que não consigo dizer sequer que não sou muito fã, porque a ideia real é mesmo: não consigo gostar), está fenomenal. Adoro, viciei e pronto... é isto!

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