16.11.15

a facilidade com que se rouba uma vida

Nisto do terrorismo, e nos mais recentes atentados que tiveram lugar em Paris, aquilo que me faz mais confusão é a facilidade com que se rouba uma vida. Ideologias e crenças à parte, não consigo perceber como é que alguém consegue ser tão frio e tão calmo no momento de roubar vidas. Uma coisa é um cenário de guerra. Uma batalha. Um confronto entre soldados que estão dispostos a dar a vida pelo seu país. Outra completamente diferente é esta luta desleal entre armados e pessoas que se querem divertir numa sexta-feira à noite.

Não consigo perceber como é que alguém entra numa sala de espectáculos, apenas para dar um exemplo, e começa a matar todas as pessoas que lhe aparecem à frente. Sem qualquer critério. Homens, mulheres, pessoas mais novas, pessoas mais velhas, nada importa. Basta que estejam ali. Estar ali, em frente ao homem da arma e do colete, faz com que sejam vistos como inimigos. Mesmo sendo inocentes e não querendo fazer parte de uma guerra que não é sua.

Faz-me confusão como é que alguém, de vinte e poucos anos, acredita que o melhor que tem a fazer é roubar o maior número de vidas possível antes de acabar com a sua. Como é que alguém consegue acreditar que este é o seu propósito neste mundo? Como é que alguém aceita essa ordem de outros que não o fazem. Esta facilidade com que se rouba uma vida é algo que nunca irei compreender.

10 comentários:

  1. Estive a rever ontem, umas boas horas , uma temporada de Homeland, uma grande série que muito nos dá a conhecer sobre terrorrismo mas nada como o atenuar...

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    1. Isto é muito complicado porque são pessoas. Não é uma guerra de um país, por exemplo.

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  2. São pessoas que perderam o discernimento, o amor e que acreditam que a vida é isto... um mar de problemas, de dívidas, de guerras, de roubos, de ódios... como não têm nada a perder embarcam nesta terrível aventura... E a sociedade lentamente vai formatando estas cabeças que deixaram de ter esperança...

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    1. São pessoas a quem é muito fácil lavar o cérebro. E isto aplica-se a todos.

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  3. o que me faz mais confusão é matar em nome de um deus que, à partida, seria sinal de paz e tranquilidade.

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  4. Não podia concordar mais contigo, é algo que também não compreendo, e espero nunca vir a compreender, pois só quem está nesse tipo de (nem sei como lhe hei-de chamar) é que deve entender porque é que faz A ou B, se é que entendem verdadeiramente.

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  5. Pipocante Irrelevante Delirante16 de novembro de 2015 às 19:00

    Enola gay?

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    1. No início do texto dou a entender que se aplica a todas as ideologias. É igual para todos.

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