23.10.15

a eterna necessidade da comparação

A comparação com os outros faz parte da vida de todas as pessoas. Especialmente quando somos mais novos. "Mas o outro também isto ou aquilo", são palavras que todas as crianças já disseram aos pais num qualquer momento. "Mas as notas da turma foram todas baixas", é algo que possivelmente muitas crianças já disseram aos pais. E nesta fase da vida também acontece o oposto. Quanto pais é que já não deram o exemplo do colega x que é muito bom aluno e muito bem comportado? Muitos, acredito.

Na idade adulta a comparação também continua a estar presente na vida das pessoas. Por exemplo num qualquer mercado de trabalho. Neste cenário é normal que o funcionário x seja comparado com o funcionário y em alguns momentos. Tal como, e apenas para dar mais um exemplo, algumas pessoas compara os(as) namorados(as) com os anteriores caindo muitas vezes no erro de confrontar o(a) actual companheiro(a) com o(a) anterior. Mas acabam por ser comparações pontuais e que quase todas as pessoas, mesmo não sendo propositado, acabam por fazer.

Até agora não me faz nenhuma confusão as comparações que referi. Até porque, e como referi, são pontuais. Já não acho especial piada é as pessoas que vivem presas à eterna necessidade de comparação. Ou seja, pessoas que passam a vida a comparar-se com os outros colocando-se sempre num patamar superior. Pessoas cujo método de auto-elogio passa somente pela comparação com os outros. Que por norma, e por melhor que sejam, acabam sempre num patamar inferior ao dessas pessoas.

As pessoas são o que são. Gostam do que gostam. Têm qualidade e têm defeitos, como todas as pessoas. Depois podem ser agrupadas em conjuntos dos que gostam disto, dos que gostam daquilo e por aí fora. Mas no final do dia as pessoas continuam a ser todas diferentes. E passar tempo em comparações com o único objectivo de auto-destaque é apenas um desperdício de tempo.

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