30.9.15

regra número um da amizade

Uma das séries de que mais gostei ao longo dos últimos anos foi How I Met Your Mother. Não vou estar a explicar muito a série, bastando dizer que se trata das aventuras à volta da vida de um pequeno grupo de amigos. Sendo todos diferentes, achava especial piada a Barney Stinson, o mulherengo do grupo.

Que apesar da forma como tratava as mulheres tinha um conjunto de regras que marcavam a sua relação com os amigos. Regras essas que resultaram num livro – Bro Code – que me foi oferecido há alguns anos. O livro tem diversos artigos mas há um de que nunca me esqueço. Que é logo o primeiro, a que Barney deu o nome de “Bros before ho´s”. “A ligação entre dois homens é mais forte do que a ligação entre um homem e uma mulher até porque, por norma, os homens são mais fortes do que as mulheres”, explica.

Ignorando a brincadeira a puxar para o machismo referente à força não me esqueço desta regra porque é realmente a primeira regra de qualquer relação de amizade, seja ela entre dois homens ou entre duas mulheres. Uma relação de amizade que respeite esta regra tem tudo para dar certo. Uma relação que ignore esta regra tem tudo para ser curta e problemática. E a ideia que tenho é que ignorar esta regra é a norma e não a excepção.

Não posso ser específico no que diz respeito às mulheres. Defendo apenas que acredito que o modo de pensar seja o mesmo. Mas posso falar das relações de amizade masculinas que conheço. E a verdade é que se verifica uma inversão. “Ho´s before bros” é aquilo que acontece. Os homens, pelo menos uma boa parte deles, prefere perder um amigo nem que seja apenas por alguns minutos de sexo com uma mulher que não permanecerá na sua vida.

As mulheres costumam brincar com a temática defendendo que os homens pensam com a cabeça errada. E basicamente anda por aí. Só isso pode explicar que abdiquem de uma longa amizade por uma curta dose de sexo. E que depois entrem numa espiral de mentiras pensando que as outras pessoas não sabem o que se passa. E tudo isto faz com que a amizade seja algo completamente banalizado. E é por isto que as pessoas chamam amigo a alguém que adicionaram nas redes sociais há dez segundos.

10 comentários:

  1. Não poderia concordar mais, infelizmente.

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  2. tenho poucos amigos embora nas redes sociais pareça que tenha muitos.Estes últimos só a rede social diz que são amigos. No meu coração, não chegam à duzia..
    Devo ser exigente, só pode...mas que fazer? Amigo tem uns certos predicados para que chame de amigo















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    1. Ainda bem que és exigente. Que todas as pessoas fossem assim.

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  3. Os tempos mudam e as pessoas mudam com ele. Infelizmente muitos princípios se perdem nessa mudança, e o conceito de amizade tem vindo a banalizar-se com o, cada vez maior, vício das redes sociais. Tenho pena... mas também consigo ver um lado positivo: é um bom filtro para os que ficam e se mantêm, não achas? ☺

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    1. Tens toda a razão. É um excelente filtro. Quase tão bom como os momentos maus em que percebes quem é que está lá para ti.

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    2. Outra coisa positiva é que, com o passar do meu tempo (que é como quem diz "com o passar dos anos"), noto que "preciso" de menos gente, mas que mantenho os melhores. Não significa gente perfeita, significa que são as minhas pessoas ♥

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    3. Muito ☺ bom fim de semana ☺

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  4. Encontrei numa biblioteca particular um livro de 1940 mais ao menos. Era para jovens. Encontrei lá uma definicão para amigo: "Amigo é aquele que faz por ti aquilo que tu farias por ele" Eu acho que passa um pouco por aí. Sempre tive poucos e bons amigos pq desde cedo me apercebi que não vale a pena gastar tempo com que não merece.
    E quero acreditar que as pessoas que usam facebook sabem que aqueles 2500 amigos não são bem amigos....
    Mata Hari

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