25.9.15

logo agora que me ia lançar nos esteróides

Ao longo da minha vida desportiva, quer seja no futebol ou fora dele, nunca fui de tomar o que quer que fosse. Há quem tome isto ou aquilo antes do treino. E há quem o recomende e aconselhe. Há quem tome isto ou aquilo depois do treino. E há quem o recomende e aconselhe. Há quem tome coisas que substituem o treino. Há até quem leve injecções para animais com muitas centenas de quilos. Há-de tudo. E cada um é livre de fazer aquilo que bem entende e cada um sabe de si. Quanto a mim, o máximo onde chego é às bebidas energéticas, algo que já não consumo há muito.

Por mais que me incentivem a tomar o que quer que seja - porque é bom para isto, porque ajuda naquilo e porque me torna num atleta melhor – nunca fico convencido. E nunca tomo. Sou o atleta que sou e que consigo ser sem precisar de nada para potenciar o que quer que seja. Não sinto essa necessidade, mesmo que isso signifique não atingir um determinado patamar.

Ontem voltei ao hospital para falar com o médico que me operou. Pediu-me para fazer algumas coisas, viu a cicatriz, falou-me das corridas e daquela que considera ser a melhor altura para o fazer e depois falámos do meu desejo de manter uma vida desportiva activa. Disse-me para ter cuidado com o tabaco (não fumo), disse-me para ter cuidado com a alimentação (sou uma pessoa regrada) e depois entrou noutro domínio.

“Nada de esteróides, factores de crescimento ou de infiltrações”, disse-me. Expliquei-lhe que nunca fui adepto desse tipo de coisas. Depois da conversa fiquei com a sensação de que este tipo de coisas deve ser visto como algo natural e habitual em diversos ginásios. Ou então que costumam aparecer no hospital diversos pacientes com um historial que se enquadre nestas práticas. Não vou fingir que este tipo de coisas não existem mas devem ser separadas porque nem tudo é igual. E acho que qualquer pessoa consegue reconhecer alguém que toma algo das pessoas que nada tomam.

Como disse no início do texto, cada pessoa sabe de si. Cada pessoa sabe aquilo que deve ou não tomar. Quer seja para isto ou para aquilo. O conselho que deixo é que saibam aquilo que tomam, os efeitos secundários dessas coisas e os riscos que correm quando decidem seguir por um atalho de modo a chegar à “meta” mais depressa ou primeiro do que os outros.

14 comentários:

  1. O objectivo da maioria que mandam esteroides é ter o braço maior que o do vizinho, para depois se andarem a pavonear com t shirts de tamanho 2x inferior.

    Ando no ginásio, e faço musculação, mas cada vez gosto menos do ambiente. Estamos numa altura em que tudo quer ter cabedal porque é fixe. Tudo posta no insta os seus treinos, e as suas dietas. E gosto particularmente da parte em que fazem dietas e partilham com #vidasaudavel e #healthylifestyle mas depois gastam 200 euros em suplementos. Muito saudáveis sim senhor.

    Depois os que mandam esteroides pelo menos tenham a decência de dizer que tomam.

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    1. A única competição que tenho no ginásio é com o meu reflexo no espelho. De resto, nada me importa. Hoje em dia é muito fácil perceber que toma algo ou não.

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    2. Percebe-se logo. Eu ja tomei uns comprimidos uma vez antes do treino e no ginasio todos olharam para mim de lado. Nunca mais suplemento com viagra ou lá como aquilo se chamava.

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  2. já falei com um psiquiatra e diz que já apareceram pessoas completamente maluquinhas porque tomaram esteróides..

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    1. Existe de tudo um pouco. Conheço pessoas que ficam extremamente nervosas e a quem salta a tampa por tudo e por nada.

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  3. Por acaso, na sequência de ter passado a frequentar um ginásio, reencontrei uma velha amiga. Sentimos imensas saudades das nossas cafezadas e combinamos sair um dia. Conversa puxa conversa, dei por mim de queixo caído quando me apresentou o sub-mundo dos ginásios. O que tomam, para que tomam, efeitos secundários, efeitos secundários permanentes e fiquei absolutamente horrorizada. É que tudo isto, não combina nada com o "corpo são, em mente sã"... digo eu.

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    1. Esse mundo existe mas só entra nele quem quer. Felizmente no ginásio onde ando, que é mais pequeno e com um ambiente familiar, não existe esse ambiente nem o aliciamento para entrar nesse mundo que referes.

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    2. Engraçado que este ginásio é assim, mais pequeno, familiar, onde rapidamente todas as pessoas se conhecem no mínimo de vista. Acontece que o proprietário entra em competição e claro, tenta angariar clientes para os químicos. Vai nisso quem quer, obviamente, e por isso mesmo fiquei tão surpreendida com o elevado número de pessoas que ali, já fazem ciclos. Not my thing.

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    3. Quando existem pessoas que o fazem acabam por tentar passar isso às outras, mesmo que não o façam por mal. Ainda bem que não é a tua cena.

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  4. Eu não estou nesse meio mas acho que como tudo na vida as pessoas devem informar-se muito bem no que se estão a meter. Infeluzmente, seguem o caminho mais fâcil,como sempre, ssem pensarem nas consequências.
    Mata Hari

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  5. Também nunca tomei nem tomo nada disso, além de no ginásio que frequento tentarem vender e dizer que faz bem e faz A e B, não me interessa, pois é como dizes, devemos chegar aos resultados por nós próprios.

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    1. Nada tenho contra quem gosta das coisas. Eu prefiro não tomar nada.

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