8.6.15

a principal linha que distingue as pessoas

Existem diversas linhas que separam as pessoas. A linha que separa as que gostam disto das que gostam daquilo. A linha que separa aquelas que preferem uma cor das que gostam de outra. E por aí fora em quase tudo o que se possa imaginar. Estas linhas ajudam a agrupar as pessoas em diversos grupos. Mas, e do meu ponto de vista, existe uma linha que está num patamar muito superior quando comparada com todas as outras.

Pode ser chamada de linha do carácter. Que é aquela linha que separa as pessoas que, por exemplo, dizem as coisas cara a cara daquelas que enviam recados por este ou por aquele. As pessoas que têm coragem de dizer o que quer se seja pessoalmente daquelas que gritam no meio da multidão de modo a que se perceba a ideia mas de maneira que seja imperceptível o autor das palavras. E esta é capaz de ser a linha que melhor distingue as pessoas. Estar do lado errado da linha não significa que seja má pessoa. Mas é um cartão de visita a ter em conta.

E é por isso que sempre gostei das pessoas frontais – facilmente definidas como arrogantes – que não mandam recados por ninguém. Que dizem aquilo que têm a dizer cara a cara. Mesmo (sobretudo) que seja um “não gosto de ti” por este ou por aquele motivo ou um “essa ideia é estapafúrdia” por esta ou por aquela razão. Algo que acaba por levar quase sempre a um diálogo, quase sempre interessante.

E é por isso que não tenho em grande conta as pessoas que mandam recados por outros, que escondem coisas e que no frente a frente apenas têm coragem para dizer “gosto de ti” quando na realidade não gostam. Existirá quem encontre outra linha a que dê mais destaque do que esta no momento de definir alguém. Para mim esta diz tudo. A partir daqui sabe-se aquilo com que se pode (ou não) contar.

14 comentários:

  1. Eu sou assim. Gosto de ser frontal. Não gosto nada de quem fala pelas costas e não tem coragem de dizer as coisas frente a frente.
    Abraço

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  2. Não tem que ver com nada mas só queria partilhar que acabei por conseguir fazer o bolo de aniversário como o teu :) Já há muito tempo que queria fazer mas como a motivação veio daqui do teu blogue, quis partilhar e agradecer :) fez furor heheheh

    http://entraesentate.blogspot.pt/2015/06/aviso-navegacao.html

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    1. Se os olhos comessem ficavas sem bolo :)

      Ainda bem que correu tudo bem e os parabéns atrasados. Que tenha sido um dia muito feliz.

      Beijos :)

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    2. Muito obrigada. Na verdade, o bolo está quase todo findado :P e só no domingo à noite é que o partimos :) Correu bem! Obrigada :)

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  3. Sou das que tem o coração na boca. Tudo o que tenho a dizer digo, resmungo e esbracejo...mas não guardo rancor, depois de soltar os pensamentos acalmo-me e ponho uma pedra no assunto. O problema é como dizes, muita gente confunde frontalidade com arrogância...já me lixei muitas vezes por ter este feitio. Mas não é por isso que vou mudar. Fui educada por pais com caráter que me transmitiram o mesmo, gosto de ser assim.

    http://thelusofrenchie.blogspot.pt

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    1. Nesse caso só é necessário um pequeno filtro (e sou como tu) o que não significa deixar de ser frontal e sincero.

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  4. Eu gosto de pessoas frontais e tento sê-lo o mais possível, mas como tenho o coração na boca tenho de usar filtro ou então a coisa correria muitas vezes mal. Tive de aprender a conter-me especialmente em ambiente laboral.
    Mas muita gente refugia-se na frontalidade para ser maldosa, mesquinha e mal-educada. Tudo bem que quando não se gosta de uma coisa se deve ser sincero e dizer que não se gosta, mas apenas se isso interferir connosco. Muitas opiniões podemos guardar para nós próprios especialmente se ninguém as pediu.
    Dizer por exemplo a uma noiva que não se gosta do vestido dela é simplesmente estúpido a menos que a rapariga esteja a fazer uma figura triste. Chegar à casa nova de um amigo e dizer que não se gosta do sofá ou das cortinas antes de ele nos perguntar é igualmente estúpido. Se nos perguntar podemos dizer que não faz o nosso estilo, ou que gostava mais da cor Y ou X, a menos que sejamos decoradores de interiores não devemos aniquilar a decoração só porque não gostamos.
    São apenas dois exemplos em que a frontalidade serve apenas para ferir os sentimentos das outras pessoas.
    Ser frontal é muito bonito mas a educação e o bom senso são duas coisas que andam muito esquecidas e que deveriam estar acima de todas as outras qualidades, já que a sensatez é um ingrediente essencial da felicidade.

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    1. Tem de existir sempre um equilíbrio. Mais do que ser frontal, nesses casos é ser "ridículo" pois os exemplos que apontas são muito bons. Tudo o que referiste pode ser dito mas existem caminhos igualmente frontais muito melhores do que esses.

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  5. Eu faço parte do grupo de pessoas designado por arrogante, mas sou feliz assim :)

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  6. Eu tambem gosto de pessoas que sejam frontais e honestas.
    Detesto falar com pessoas que não nos olham nos olhos e que passam a vida no "diz que disse" e a falar da vida dos outros.
    No entanto, sou de opinião que a frontalidade deve em muitos casos ser acompanhada de sensibilidade. Podemos ser frontais sem termos de ser arrogantes.
    È só uma questão de sensibilidade, que muitas vezes é confundida com fraqueza e não é.

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    1. Muito bem dito. É isso mesmo. E esse equilíbrio é fundamental.

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