26.5.15

exames médicos

Quando existem tragédias com jovens que praticam desporto é comum aparecer alguém a explicar que eram feitos exames nos respectivos clubes. Quando leio isto fico sempre na esperança de que as coisas tenham mudado em relação ao meu tempo.

No meu primeiro clube, os tais exames passaram por um questionário que me foi feito. "Já tiveste isto? E aquilo?", perguntavam-me, assinalando as cruzes nos respectivos quadrados. Algo comum ao longo dos tempos. Anos mais tarde, e aqui já era maior de idade, os exames passavam por um termo de responsabilidade onde assumo que estou em condições para a prática desportiva e que se algo correr mal é da minha responsabilidade.

Houve apenas um ano, na altura em que joguei no campeonato nacional de juvenis, em que os exames foram mais sérios. E quando digo mais sérios refiro-me a análises ao sangue (HIV incluído), electrocardiograma e um raio x. Não mais do que isto. Mas foi o único caso em que a não realização destes exames implicava não poder jogar.

Não sei se já é obrigatório (algo que pais com filhos em clubes de menor dimensão podem comprovar) mas estes exames que fiz uma única vez deveriam ser obrigatórios em todos os escalões e em todas as modalidades. É certo que existem muitas coisas que podem não ser detectadas nos exames mas existem muitas outros que podem (e devem) ser melhor controladas.

10 comentários:

  1. Duvido que em clubes de pequena dimensão esses exames sejam feitos...o que é pena, pois eram evitadas estas tragédias!

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  2. Lamento a morte dos dois jovens desportistas e acho que os exames deviam ser obrigatórios.
    De minha vontade, faço eletrocardiograma de dois em dois anos e a ginástica que faço não é de grande esforço físico.
    Mas vi pela minha sobrinha , quando jogava basquete, o médico limitava-se a fazer algumas perguntas, a ver pelo tempo que esperava por ela, o exame médico era rápido.

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    1. A opção é essa. É as pessoas (no caso dos mais novos os pais) tomarem a iniciativa de controlar a saúde e de perceber se está tudo bem.

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  3. O meu filho joga num pequeno clube, tem 12 anos, e o que fizeram quando entrou há um ano foi apenas um electrocardiograma. Bem...sempre é melhor que nada.

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    1. Mas devia ser exigido mais aos clubes. Para bem dos próprios e dos atletas.

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  4. Lamentavelmente mais dois adolescentes ficam privados de viver todos os seus sonhos.
    Sim, os testes não iam resolver, mas certamente iriam ajudar.
    Tal como tu, homemsembloque, no meu tempo de atleta, ia ao médico e dizia que era neto de fulano, o doutor assinava a ficha de aptidão e mandava cumprimentos ao velhinho, nem sequer olhava para mim.
    Vamos acreditar que um dia, este nosso pais, seja mais colorido...

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    1. Espero que um dia os exames (que podem não resolver muitas coisas) sejam obrigatórios. Porque quando as coisas correm mal todos começam a chutar a responsabilidade de uns para os outros.

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  5. Concordo inteiramente contigo, acho que em alguns locais gostam muito do deixa andar, e isso por vezes dá mau resultado.

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