28.5.15

as perguntas ridículas que são feitas aos médicos

A noção de ridículo dependerá sempre de pessoa para pessoa. Mas existem casos em que todos concordam que algo é rídiculo. Neste caso, partilho algumas daquelas que são consideradas as perguntas mais rídiculas que são feitas aos médicos de clínica geral. A lista é da autoria da Resilient GP, uma organização de apoio aos médicos de clínica geral. Perguntas/desabafos que foram divididas por grupos e que aqui partilho.

Para começar, aquele que foi considerado o grupo cosmético.

“Tenho estrias nas coxas”
“Qual o creme para aumentar o tamanho das mamas?”
“Qual o melhor creme anti-envelhecimento?”
“O meu mamilo é muito peludo?”
“Há algum comprimido para que tenha um menino?”
“Tem algo para tornar as minhas unhas mais fortes e o meu cabelo mais forte já amanhã?”
“O meu queixo parece muito gordo nas fotos do Facebook. Preciso de uma operação”, disse uma jovem de 19 anos.
“A câmara do iPhone faz o meu rosto parecer pouco firme”

Segue-se (uma parte) do grupo da normalidade

“O meu gato arranha os móveis e isso incomoda-me porque gosto dele”
“Fui ao ginásio ontem e doem-me os braços”
“Tenho baratas em casa”
“Dr. diga ao meu filho que tem de estudar mais para ir para a faculdade” (a criança tinha seis anos).
“O meu bebé quando está sonolento esfrega os olhos”
“Parece que urino muito depois de beber X cervejas com os meus amigos”
“Um pássaro cagou-me em cima”
“A minha pele é muito mole”
“O meu filho pode ficar com os olhos vermelhos por causa do cloro da piscina?”
“Qual é o miúdo de 15 anos que não tem pornografia no computador? Procurei e o meu filho não tem. Não é normal”
“A minha filha tem uma erupção castanha na perna” (era caneca de feltro)
“Tenho cabelos brancos. Tenho quase 40 anos. Tenho algum problema?”
“Preciso de conselhos pois quero acabar a relação com o meu namorado e não sei o que fazer”
“O meu pénis fica frio quando vou à rua”
“Os meus testículos abanam muito”
“Os meus pelos púbicos são muito encaracolados”
“Pode retirar este pelo púbico dos meus dentes”
“Não me consigo peidar sem fazer barulho”

Agora é a vez de uma parte do trivial, algo que os médicos consideram que poderia ser perguntado por qualquer adulto sensato.

“Pode ajudar a resolver uma disputa conjugal? A minha mulher acha que o paracetamol é melhor, eu acho que o ibuprofeno é que é. Quem está certo?”
“Espirrei duas vezes na última hora”
“Tenho um arranhão no meu braço”
“O meu filho cheira a levedura”
“O meu cocó tinha cheiro esta manhã e não costuma ter”, disse com o cocó embrulhado num saco.
“Queimei o topo da minha boca a comer pizza já lá vão cinco dias”
“Pode resolver já o problema no meu tornozelo torcido? É que vou sair hoje e quero usar saltos”
“Parti a minha unha”
“A minha mulher não está interessada em fazer sexo comigo. Posso dizer para vir cá para lhe receitar algo?”
“Dr, os meus puns cheiram muito mal”
“O ranho do meu bebé é muito verde”

Pedidos de prescrições

Protector solar
Pasta de dentes
Creme anti-envelhecimento
Shampoo
Soutiens
Multivitaminas
Talco

Situações administrativas

“Podia assinar o meu passaporte?”
“Assine esta carta para que possa saltar de paraquedas”
“Preencha o meu formulário do trabalho” (sem questões médicas)
“Queria uma referência para a minha filha se tornar médica”
“Preciso de uma declaração médica porque não falo bem inglês”
“Como é que me posso lançar no negócio do design de mobília?”
“Pode ajudar-me a fazer o meu CV?”
“Dr, pode escrever uma carta a dizer que a caminhada que a minha filha faz até à escola é muito cansativa e que precisam de arranjar transporte até nossa casa?”

Coisa várias

“Queria um ECG de modo a dizer que estou apto para ficar internado uma semana numa clínica espanhola a tomar alucinogénios para curar a minha depressão” (não tinha nem nunca teve qualquer sintoma de depressão)
Pedido de domicílio. Na realidade era para mudar as pilhas do comando da televisão e para ensinar a usar o mesmo.
“Pode cortar as unhas dos pés ao meu filho” (O filho tinha 17 anos)
“Dr, o meu bebé acordou e está a chorar. Fiquei sem leite. Será que podia trazer?”
“Dr, pode dizer que sou diabética para ter viagra grátis”
“Dr. Não sei porque estou aqui pois foi a minha mulher que marcou a consulta.” “vamos pedir à sua mulher para entrar?” “Não pode ser. Ela está em Portugal”.
“Estou grávida há pouco tempo mas quero saber se é uma menina pois se assim for quero abortar”

Estes são apenas alguns exemplos (e não partilhei todos porque a lista era muito extensa) de coisas que os médicos de clínica geral (convém salientar esta parte) ouvem. E são o exemplo de que muitas coisas que se ouvem e que as pessoas dizem “não acredito nisso” são mesmo reais.

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