8.4.15

igualdade de género (ou direitos)

Num destes dias debatia-se na Prova Oral, programa de rádio de Fernando Alvim que tento não perder, a igualdade de género, algo com que não concordo. Homens e mulheres não são iguais. Nem têm de o ser. Por isso é que são homens e mulheres. E ainda bem que existem diferenças que acabam por tornar os géneros tão especiais. Agora, se o tema for igualdade de direitos, a conversa é outra. Aqui sim, estou de acordo. Os direitos não devem ser distinguidos com base no género. Infelizmente ainda são mas não deveriam ser. E esta discriminação aplica-se a ambos os sexos pois, por mais que as pessoas prefiram não acreditar, também existem homens que são discriminados profissionalmente com base no género.

Num determinado momento do programa falou-se de algo que consegue ser chocante para algumas pessoas. A pergunta: “Está a pensar engravidar?” feita a uma mulher durante uma entrevista de emprego. A minha opinião poderá soar mal a algumas pessoas, até porque isto é um texto e não uma conversa onde se percebe melhor a ideia a transmitir, mas esta pergunta não me choca minimamente. Acho que é perfeitamente normal. E aqui tenho de me colocar não apenas no lugar da mulher mas também na do(a) empresário(a) que está a recrutar alguém.

Vamos por partes. Nos dias que correm muitas mulheres vão para casa logo no início da gravidez, mesmo sem precisar pois felizmente a gravidez não é uma doença. O(a) médico(a) é um porreiro e resolve isso em três tempos. Passam os meses da gestação, o bebé nasce, goza-se a licença, gozam-se as férias do ano passado, as do ano corrente e há ainda quem consiga/queira alargar o prazo da licença. Resumindo, a mulher que faz isto (e ainda são muitas que o fazem) fica ausente do seu posto de trabalho bastante tempo.

Um dos cenários possíveis é isto acontecer numa empresa de grandes dimensões e bastante saudável do ponto de vista financeiro. Empresa que contrata alguém para fazer um contrato de substituição da mulher que está ausente. Numa empresa destas, talvez a pergunta de engravidar não seja necessária numa entrevista. Mas esta é uma realidade cada vez menos comum em Portugal. Até as grandes empresas estão a fazer despedimentos colectivos, quanto mais as mais pequenas. E as pequenas (em muitos casos) não têm orçamento para contratar alguém. Ou seja, o trabalho acumula-se para os(as) colegas que continuam a trabalhar e que não têm outra opção que não seja acumular as funções da pessoa que está ausente sem qualquer acréscimo no ordenado.

Se Portugal fosse um País onde o trabalho abundasse e onde a taxa de desemprego estivesse perto dos 0%, a tal pergunta que choca muitas pessoas era completamente desnecessária. Infelizmente, o mercado de trabalho está uma merda nas mais diversas áreas, as empresas estão a despedir, as que não despedem têm ordenados em atraso e não se podem “dar ao luxo” de contratar alguém para ocupar o lugar da mulher que optou (e ainda bem que o fez) ser mãe.

Gostava que as pessoas que criticam esta pergunta numa entrevista de emprego se colocassem no papel de quem contrata e que só tem orçamento para contratar uma pessoa. À sua frente estão duas candidatas. Ambas altamente qualificadas. Ambas pedem o mesmo ordenado. A única diferença é que uma diz que quer ser mãe nos próximos meses e a outra diz que não planeia ser mãe nos próximos cinco anos porque está focada na carreira e não na maternidade. Qual delas contratavam?

45 comentários:

  1. Isso é tudo muito bonito e entendo os dois lados mas a maioria das empresas que fazem essas perguntas não querem ouvir a verdade.
    Quando uma mulher vai uma entrevista para as ditas Empresas Grandes sabe de antemão que a concorrencia que vai ter, não é maioritariamente mulheres mas sim homens. E normalmente empresas que fazem esse tipo de perguntas, a maioria dos empregados, são Homens.
    Fizeram-me essa pergunta também..respondi que não fazia parte dos meus planos nos seguintes dois anos, e tres anos depois, quando dei a noticia, não deixou de ser incómodo.
    Trabalhei até ao ultimo dia e quando voltei quatro meses depois tive que “lutar” para perceberem que eu não tinha emburrecido.
    Também podía ser a mesma coisa para o outro lado uma vez que cada vez mais as pessoas divide a licença paternal e ouvir uma resposta/pergunta Não pode ser a sua Mulher porquê?
    è uma questão de mentalidade.

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    1. A partir do momento que respondes e és verdadeira no que dizes, deixa de fazer sentido essa reacção. Aliás, não faz sentido que qualquer patrão se choque com uma gravidez.

      Lidar com a gravidez ainda é um caso de mentalidade mas a pergunta numa entrevista de emprego não me choca. É só isso. E até agora ninguém me respondeu à pergunta que fiz.

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  2. "Ambas pedem o mesmo ordenado. A única diferença é que uma diz que quer ser mãe nos próximos meses e a outra diz que não planeia ser mãe nos próximos cinco anos porque está focada na carreira e não na maternidade. Qual delas contratavam?"
    O que o autor claramente não percebe é que há coisas que importam mais do que o estado financeiro de uma empresa, as pessoas importam mais. Se a empresa não tem dinheiro suficiente para contratar alguém independentemente das condições dessa pessoa NÃO CONTRATE. Ou se essa empregada que não quer ter filhos tiver subitamente uma doença como cancro, como é?Gostava de saber porque é que também não perguntam a mesma questão aos homens. Porque há muitos, cada vez mais, que tiram licença de paternidade. Mas ter filhos não afeta os homens não é? Só as mulheres. Essas preguiçosas que no primeiro mês ficam a comer chocolates em casa em vez de irem trabalhar. Sim, porque as mulheres não gostam de trabalhar. Não, à primeira oportunidade preferem logo ficar em casa e a receber na mesma.
    Olhe mentalidades dessas são mesmo horríveis. Não tenho outra palavra. Conheço muitas mulheres que trabalharam até ao último minuto (porque podiam, há muitas que infelizmente não podem) e voltaram 4 meses depois. Têm o direito de constituir família com base na decisão delas e do seu companheiro e essa a única decisão que interessa.
    Toda a gente tem o direito de ter família e carreira e uma não impede a outra. Quem pensa o contrário vem mesmo das cavernas. É uma pergunta discriminatória pois é perguntada só a metade da população e devia ser ilegal perguntá-la sequer.
    Ah e já agora quer-se igualdade de género sim. Não há só homens e mulheres, há imensos géneros diferentes. O que significa que a diferença não é entre homens e mulheres é entre pessoas individuais. E todos nós merecemos ser vistos de igual forma na sociedade.

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    1. Independentemente de colocar homens ou mulheres na equação, é utópico pensar que uma empresa coloca os trabalhadores à frente dos lucros. Nem a empresa que melhor trate o seus empregados faz isso. E isto é uma realidade que só não vê quem não quer. A forma como os empregados são tratados é uma coisa. Valoriza-los mais do que o lucro que se pode ter com eles é algo completamente diferente.

      Não me choca que perguntem aos homens. No meu local de trabalho perguntam sempre o que estão a pensar fazer em relação à licença. É mais do que normal.

      Preguiçosas que comem chocolates é uma opinião tua, com a qual não concordo.

      Conheço muitas mulheres que trabalharam até ao "último" dia. Mas também conheço muitas que ainda se riem quando dizem que vão para casa porque o médico facilita isso. Existem as duas realidades.

      Vou dar-te mais um exemplo pessoal. Tive uma chefe mulher, reforço, MULHER, que não achava bem que um colega meu, HOMEM, fosse às consultas dos filhos. Isto não é discriminação?

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    2. Sim, é. E quem diz que as mulheres não discriminam? Isso não faz com que fique tudo bem.
      Estou a falar de direitos iguais e as entidades empregadoras devem preocupar-se com o percurso PROFISSIONAL das pessoas e não pessoal. Se a pessoa quer engravidar, quer ficar solteira para sempre, quer sair todas as noites, quer fazer sexo com mil pessoas diferentes, quer treinar 5 horas por dia, quer ser gorda, isso não interessa para nada. Tirando os direitos óbvios (licenças de maternidade, baixas médicas), nada disso vai afetar o trabalho de uma pessoa se esta for uma boa profissional ponto. Agora não podemos dar o direito de discriminar pessoas na vida profissional com base na vida pessoal delas, é completamente contra tudo o que eu acredito.

      Não conheço pessoas que se aproveitem da sua gravidez para faltarem ao emprego, tenho muita pena que você conheça. Infelizmente há pessoas assim em todo o lado, isto não significa que se acabe com o direito à privacidade.

      P.S. "Essas preguiçosas que no primeiro mês ficam a comer chocolates em casa em vez de irem trabalhar. Sim, porque as mulheres não gostam de trabalhar. Não, à primeira oportunidade preferem logo ficar em casa e a receber na mesma." -> chama-se sarcasmo.

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    3. Mas quem disse que está tudo bem? "Os direitos não devem ser distinguidos com base no género. Infelizmente ainda são mas não deveriam ser", está no primeiro parágrafo do texto.

      Não preciso que tenhas pena de mim. Quanto muito poderás sentir pena de quem o faça.

      Peço desculpa por não ter percebido o sarcasmo.

      Muito obrigado pela tua partilha de ideias.

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  3. Percebo alguns dos teus pontos de vista, mas ao contrário do habitual, discordo completamente do teu post e acho até que um assunto sério foi tratado com alguma ligeireza e desconhecimento.
    A mulher vai para casa no inicio da gravidez como dizes, se a gravidez for de risco e não por o médico ser porreiro. A licença de maternidade e paternidade é paga pela segurança social e não pela entidade empregadora. E a maioria das mulheres grávidas que conheço trabalham até ao limite das suas capacidades.
    Se fores por aí, então as empresas, como dizes, devem também evitar contratar os pais e maridos dessas mulheres grávidas pois previsivelmente vão faltar ao trabalho para ir a consultas, se o filho estiver doente ou no dia do pai vai pedir para sair mais cedo para ir à escola do puto.
    Porquê ficar por aqui... Porquê contratar diabéticos, obesos, feios, fumadores, pessoas que comem carne , que bebam álcool às refeições...
    Concluindo, é apenas a minha opinião, respeito a tua, claro, mas acredito que os direitos das pessoas, neste caso da mulher grávida, foi muito mal tratado...

    PL

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    1. Não acredito que sou a única pessoa que conhece grávidas que não têm uma gravidez de risco e vão para casa numa fase inicial da gravidez. Como referi, este tema é complicado para ser explicado num texto. Não se percebe a mensagem.

      Como referi num comentário, tive uma chefe MULHER que era contra muitas coisas das que referes. Agora, tenho um chefe HOMEM que acede a todos os pedidos que envolvam filhos.

      Na minha entrevista de emprego perguntaram-me se fumava porque a empresa "detesta" fumadores.

      Percebo aquilo que me criticas mas a única coisa que quis dizer é que não me choca aquela pergunta. Só isso.

      Mas peço que tentes colocar-te no papel da empresária. Qual daquelas mulheres contratavas?

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  4. Acho que é a primeira vez que não concordo contigo não pelo que dizes mas pelas justificações que dás.
    Eu também acho normal em algumas situações numa entrevista de emprego perguntarem a uma mulher se pensa engravidar em breve, acho normal se a mulher contratada é um quadro especializado que vai realizar um trabalho específico e para o qual não existe mais ninguém para o fazer na empresa ou contratada para levar avante um projeto a médio/ longo prazo que vai depender quase exclusivamente do seu trabalho, situações que convenhamos não abundam.
    Tirando estas situações e outras semelhantes, não vejo qual o motivo para perguntarem isso, podem perguntar se tem disponibilidade para viajar, para trabalhar aos fins-de-semana, agora engravidar ou se tem filhos não vem ao caso, até porque uma mulher pode ter filhos e ter mais disponibilidade para a empresa do que uma mulher solteira e sem filhos que não quer abdicar do seu tempo livre e até pode nem ter compromissos que a obriguem a pensar duas vezes antes de recusar trabalhar a um Sábado.
    Os empregadores andam é com os olhos tapados, pessoas com obrigações familiares tendem a ser mais responsáveis e trabalhadoras do que as que não as têm, pessoas sem compromissos e sem raízes trocam muito mais facilmente de emprego porque não têm nada a perder.
    Para além disso tudo substituir alguém de licença de maternidade nunca foi tão fácil, a falta de emprego é tanta que as pessoas agarram qualquer oportunidade mesmo que seja temporária, e a empresa não paga o salário a quem está de licença pelo que pode perfeitamente paga-lo a alguém que contrata para a substituir que provavelmente até vai ganhar menos.
    Substituir a pessoa não é difícil a não ser nos casos acima mencionados e mesmo aí a colaboradora deverá ter o sentido de responsabilidade de encaminhar o seu trabalho e de preparar a pessoa que a irá substituir e poderá muito bem acompanha-la à distância.
    Respondendo à questão que colocas no final se calhar contratava a que pretende ser mãe (nos próximos tempos e não meses ninguém vai a uma entrevista dizer que esta a pensar engravidar) que vai agarrar o emprego com unhas e dentes para que quando depois de regressar de licença e o contrato terminar não seja substituída enquanto a outra que vai estar centrada na carreira vai provavelmente estar constantemente a procurar um emprego que seja melhor ou numa empresa mais reputada ou que lhe pague melhor.
    Desculpa o testamento.

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    1. Não tens que pedir desculpa nenhuma. O blogue serve para estas discussões e trocas de ideias.

      Em relação ao início do teu texto, é o que penso. De resto, acho igualmente discriminatório considerar que eu, sem filhos, sou menos responsável do que quem os tem.

      Quanto ao ser muito fácil. Podia falar de coisas que tenho o maior gosto em falar contigo mas teria que ser pessoalmente. E nesta conversa ficas a saber que nem sempre é fácil fazer contratos de substituição e até que existem homens que são discriminados em relação a mulheres. Infelizmente, e por mais que me custe, é algo que não posso escrever aqui e peço-te desculpa por isso.

      És a primeira pessoa que responde à pergunta. Acho que é uma resposta politicamente correcta. É a resposta que imagino a ser dada por muitas pessoas mas que não será colocada em prática por quase ninguém.

      O meu texto não pretende fazer das mulheres umas coitadinhas. Porque não o são. No campo profissional são tão ou mais válidas do que qualquer homem. E como em muitas outras áreas, na profissão, as mulheres são também as suas maiores inimigas.

      Nada tenho contra mulheres grávidas. Simplesmente, não me choca a pergunta. E por variados factores como formação do trabalhador e outras coisas que ocupam tempo e custam dinheiro e que vão ter de voltar a ser feitas com um novo colaborador e por aí fora. E a verdade é que muitas empresas não podem (ou não querem) fazer isto.

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    2. Na minha resposta ressalvo algumas situações específicas, tirando essas não acho que faça sentido a pergunta, por diversos motivos, primeiro porque quem procura emprego dificilmente admitirá que pensa ter um filho nos próximos meses, segundo porque a gravidez nem sempre é planeada e terceiro porque existem outros fatores que não se podem controlar como por exemplo doenças.
      Para além disso tomando a pergunta como exemplo uma funcionária que admite estar a pensar a engravidar nos próximos meses deveria ser contratada pela franqueza e honestidade, é claro que quase ninguém vai ver isto dessa forma na hora da contratação.
      Só uma nota eu escrevi que “pessoas com obrigações familiares tendem a ser mais responsáveis e trabalhadoras do que as que não as têm” quando disse obrigações familiares não me referi exclusivamente a filhos, mas em geral, maridos, esposas, pais… e com compromissos como contas para pagar, obrigações que para bem e para o mal que lhes impedem de mudar de emprego com a mesma facilidade que uma pessoa que não as tem.
      Concordo que é muito difícil os empregados colocarem-se do lado do empregador, por experiência, até posso afirmar que os que mais reivindicavam e protestavam são os que mais se aproveitam dos empregados quando passam a ser patrões. Também é verdade que as empresas existem para dar lucro e não para proporcionar o bem-estar dos funcionários, o que muitos empresários ainda não entenderam é que, dependo do modelo de negócio, regra geral funcionários motivados e com boas condições de trabalho são mais produtivos e acabam por dar mais lucro à empresa.
      Em Portugal estamos atrasados uns 20 anos na gestão de empresas e infelizmente esse atraso não se vai diluir com facilidade.

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    3. Eu percebi o que disseste e entendo perfeitamente o teu ponto de vista. Só acho que existem muitas discriminações que também existem e que passam despercebidas. Posso dizer-te que já fui discriminado num trabalho. Eu era mais apto mas o meu chefe meteu na cabeça que queria uma mulher e levou comigo porque não teve outra opção pois a mulher foi para outra secção. Este chefe queria mulheres porque os homens eram complicados e maus trabalhadores, dizia. Teve azar pois uma das mulheres da secção estava metida num esquema que lesou a loja em questão em largos milhares de euros.

      Estamos atrasados em muitas coisas. Mas também é importante que se veja o mercado de trabalho com a triste realidade que existe. Empresas com grandes preocupações em relação aos funcionários são cada vez menos. É triste mas verdade.

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    4. O meu último parágrafo não significa que tenhamos de aceitar tudo e que nada há para mudar. Pelo contrário, devemos lutar contra aquilo que consideramos estar errado.

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    5. Sim, é a verdade mas cabe a cada um de nós tentar a realidade quando não estamos de acordo com ela.
      Este tema dava para umas boas horas de discussão, quanto a mim vou ser sincera prefiro trabalhar com homens ;)
      Sem querer generalizar as mulheres têm um humor mais inconstante. Mas já trabalhei num departamento comercial em que trabalhava com 6 mulheres e tudo funcionava lindamente, mas normalmente não é assim, especialmente se o ambiente for competitivo.

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    6. Foste sincera. O que seria se agora pegasse nessa tua sinceridade, tirasse do contexto e transformasse num ataque às mulheres? A conversa perdia a graça e deixava de fazer sentido. :)

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    7. É como a Lingua Afiada diz, eu já estive nessa situação mas como uma das mulheres, no meu caso, já era mãe e havia outra rapariga sem intenções de ter filhos. Contrataram-na a ela, e que aconteceu foi que se despediu pouco tempo depois e foi trabalhar para outra empresa. Se tivesse ficado eu, tinha agarrado o trabalho porque havia uma criança pra manter e até agradecia horas extra para ganhar mais.
      É um assunto que tem de ser bem ponderado. Acho que o correcto era que as perguntas feitas a mulheres fossem exactamente iguais às feitas a homens.

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    8. Mas também não me choca que seja perguntado aos homens. E assumo que é discriminatório. Agora, em certos casos, acho que a pergunta faz sentido.

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  5. Não consigo concordar com isso. Nem sequer se trata de feminismos, trata-se de bom senso. Não é correcto perguntar-se se está a pensar engravidar. Há empresas que têm planos de incentivo à natalidade, felizmente sei de algumas, ainda que muito poucas e este é o exemplo a seguir. E acredita, dão lucro. E mais, as pessoas sentem-se mais motivadas, não têm medo e acredita, são mais produtivas, muito mais. Sentem-se bem. Não é desta forma que se previne o absentismo no trabalho, isso não é uma política correcta nem sequer viável. Muito menos, pedirem a mulher que assine uma carta de compromisso em como não vai engravidar dentro de X anos. É incorrecto e não deve fazer parte da cultura de nenhuma organização.

    E em jeito de conclusão, pensa nisto. Se eu sentir que a empresa onde estou não aceita bem a gravidez é, para mim e para muitas mulheres, meio caminho andado para eu sair da empresa. Eu não vou colocar o meu trabalho à frente do meu planeamento familiar, e se for caso disso prefiro despedir-me. É disto que as empresas precisam? Eu cá prefiro ter uma empresa onde os meus colaboradores se sentem verdadeiramente bem. Um local de trabalho onde, mesmo que se tenham que ausentar por uns tempos, sentir-se-ão bem por voltar a trabalhar num sítio onde são aceites de bom grado. E com isto também eu concluí que ainda bem que há empresas que perguntam isso na entrevista, porque estando ou não a prever uma gravidez, é um alerta. Um alerta para não aceitar trabalhar numa empresa assim.

    E desculpa, alonguei-me :)

    http://janeiroemparis.blogspot.pt/

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    1. Gosto de comentários longos e de temas assim :)

      Eu não falei em cartas de compromisso. Não concordo com isso. Num mundo ideal, todas as empresas deviam ser como a Google e afins que dão todas as condições e mais algumas aos funcionários. Este era o cenário ideal. Mas em Portugal é uma raridade. É triste mas é verdade. E acho muito bem que as empresas incentivem os trabalhadores.

      Gosto do teu jeito de pensar. Admiro as tuas palavras. E queria que o mercado de trabalho fosse como defendes. Mas infelizmente não é.

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    2. Antes de mais, obrigada HSB :)
      Também gostava que assim fosse. E apesar do que defendo, reconheço que tens razão quando dizes que a realidade corresponde mais ao que expuseste no texto, infelizmente. Mas quero acreditar que vamos caminhando para uma mudança de mentalidade (ou então é só ingenuidade minha; ou a minha vontade de mudar o Mundo). E ao contrário, do que alguns interpretaram, não penso que tenhas defendido a discriminação.

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    3. Não deves perder essa vontade de mudar o mundo. Nem deves deixar que te roubem essa vontade. Mas a verdade é que o nosso mercado discrimina todas as pessoas e não apenas as mulheres, como algumas pessoas defendem.

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    4. Isso é uma verdade. Estamos a discutir sobre as mulheres e mais especificamente sobre a gravidez mas há outro tipo de discriminações neste contexto das entrevistas e de trabalho. E claro, todas têm a sua importância.

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  6. Em Portugal nunca me perguntaram se pretendia engravidar, casar e perguntas desse género, mas quando me mudei para Inglaterra levei com muitas perguntas dessas. Já me perguntaram se sou casada, se tenho filhos, se pretendo casar nos próximos tempos e /ou se pretendo engravidar. Acho indecente perguntarem-me coisas deste género porque são acerca da minha vida pessoal e se eu não ando a falar da minha pessoal com todos os meus amigos e conhecidos também não vai ser com a pessoa que acabei de conhecer e que me está a entrevistar que vou falar disso. Acho que é um assunto que não tem de lhes interessar e que só serve única e exclusivamente para descriminar. Sempre que me perguntam isso recuso-me a responder.

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    1. Uma entrevista de emprego em si não é um processo discriminatório? Que acaba com uma pessoa a ficar com um cargo?

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    2. São processos discriminatórios diferentes. Se fico sem o trabalho sem me terem perguntado se pretendo engravidar parto do principio que havia outra pessoa melhor do que eu para desempenhar o cargo. Se for rejeitada por pretender engravidar direi que sim, que fui discriminada não só por pretender engravidar, mas também por ser mulher. Se não querem que achemos que é discriminação, então passem também a fazer essas questões ao homem porque o homem muitas vezes também acaba por tirar licença e ficar em casa X meses com a criança!

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    3. Pessoalmente não me choca que perguntem isto a uma mulher ou a um homem. Não digo que não seja discriminatório, porque é. Mas tento colocar-me no lado de quem faz a pergunta.

      Até porque, como referi, acho que a pergunta faz sentido em determinados casos. Por exemplo, em caso de multinacionais com centenas ou milhares de empregados, não faz qualquer sentido. Num determinado cargo específico, feito apenas por uma pessoa que necessita de formação durante um largo período de tempo, acho que até faz.

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  7. Fui afastada de um processo de recrutamento de uma banco (ex-banco), porque me perguntaram se pretendia engravidar nos próximos 3 anos, e respondi que não.... pois estava iniciar uma especialização...
    Resultado? Não fui afastada por pretender engravidar, mas antes porque estava a pagar para me valorizar profissionalmente e ainda por cima na área profissional em que estava a concorrer.
    Não me choca a pergunta, dependendo da função, e principalmente se a resposta não for factor eliminatório..
    Em contrapartida, uns anos depois comecei a trabalhar, e engravidei sem "planear", e quando comuniquei o sucedido não tive qualquer problema....
    Em relação às baixas na gravidez, é verdade que infelizmente continuam a haver baixas de "simpatia"... o maior problema, é o descrédito que depois causam em quem necessita efectivamente de ficar em casa: descrédito da entidade empregadora e dos próprios médicos que por vezes tem reticência em atribuir a baixa.
    a questão da substituição, penso que é uma falsa questão, pois efectivamente deixam de pagar o salário da grávida e regra geral o contratado recebe menos, o que compensa os meses em que tem que pagar 2 salários em virtude da formação...
    Ana Tavares

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    1. Obrigado pelo teu comentário Ana.

      Pensei que era o único que conhecia casos de baixas de "simpatia", como referes. E que acaba por descredibilizar muitas pessoas. Tal como aquelas pessoas que estão sempre doentes à segunda-feira. Ou aquelas que estão doentes e que são vistas nos copos nessa mesma noite.

      Conheço uma mulher que se sentiu discriminada porque não ficou com um cargo que foi dado a uma grávida de sete meses. Isto é uma história real, não é inventado e pode levar para coisas como cunhas e outros aspectos.

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  8. Quer resposta à pergunta? Não há dois seres humanos iguais, por isso contratava a pessoa que me parecesse mais qualificada e que se adaptasse melhor à empresa e ao ambiente de trabalho. E nunca faria uma pergunta tão invasiva, por isso o que elas fazem na vida pessoal delas não seria uma consideração.

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  9. Trabalhei num sítio onde estavam sempre a engravidar e acredita que para a patroa isso não era problema...Era sim um beneficio! E era um benefício, pois por cada grávida que saia para baixa era introduzida uma estagiaria a substituir (eu fui uma delas), a patroa não pagava por isso nem a gravidez nem a substituição (era tudo pago pelo estado)...por isso nem para todas as empresas isso é mau...

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    1. Agora imagina que não eram várias mas era apenas uma. Imagina que essa única pessoa tinha uma formação de cinco meses na sua função. E que quem a fosse substituir necessitaria igualmente de cinco meses de formação. Torna o processo mais complicado, não torna?

      Volto a dizer que não digo que não seja discriminatório. Porque é. Mas muitas empresas têm detalhes igualmente (ou tão graves) a nível de discriminação e poucas pessoas lhes prestam atenção.

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  10. Estou plenamente de acordo com o anónimo (PL). E a perguntinha, nem comento...
    Também não conheço grávidas que se aproveitam por terem um médico porreiro, conheço é quem trabalhe até à exaustão, depois do seu horário, muitas vezes pressionadas pelas empresas, e nesses casos o melhor é o médico "porreiro" as colocar em casa, para bem delas e do bebé.
    Após o bebé nascer, concordo plenamente que a mãe e o pai gozem tudo a que têm direito, porque as pessoas tem de entender que esses tempos são da criança e não dos pais, o bebé acima de tudo e ponto! E, as mães que amamentarem até a criança ter dois anos, têm direito a gozar as duas horas diárias, devem fazê-lo para o bem estar e saúde da criança, assim recomenda a organização mundial de saúde.As empresas que não puderem recrutar pessoas contratem robots...ou então se não pode não abre uma empresa, vá trabalhar por conta de outrem, ou emigre. As empresas tem de se consciencializar que as pessoas têm direitos e têm de ser respeitados, em especial as grávidas.
    As crianças são o melhor que há, tudo para o bem delas. E este assunto dava pano para mangas.

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    1. Eu não coloco em causa nada do que dizes. E se leste o texto com atenção digo que em determinadas empresas a pergunta não faz sentido. Agora, não me choca que seja feita em determinados casos. Porque é que a empresa tem que nos dar tudo aquilo a que temos direito, tem de apostar em nós mas nós só temos de apostar na empresa quando nos dá jeito.

      Este assunto dava pano para mangas mas acho que poucas pessoas conseguem colocar-se no local da entidade empregadora que vai fazer uma aposta numa pessoa, que vai ter de lhe dar formação de meses e que só pode contar com essa pessoa para um determinado cargo. Depois, essa pessoa tem de se ausentar porque foi mãe. E a entidade empregadora vai ter de arranjar alguém que a substitua. Vai ter de apostar novamente na formação. E existem empresas que infelizmente não se podem dar a esse luxo. Neste sentido a pergunta não me choca. Não me choca feita a mulheres ou a homens.

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  11. Tu escreveste mesmo isto??

    Triste!

    Tacanho e mesquinho.

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    1. Primeiro, tenho que agradecer a gargalhada que me proporcionaste. Não me leves a mal mas fui lendo o comentário que não defende o teu ponto de vista, simplesmente parte para o insulto fácil, e acreditei que seria insultado sempre com a letra T mas levei com um mesquinho.

      Aceito os teus insultos. E nada tenho a dizer porque não apresentas um ponto de vista que possa ser argumentado por mim.

      Se tiveres tempo, peço-te que leias o texto com atenção. Principalmente as partes onde digo que existe discriminação, onde digo que em determinadas empresas a pergunta é desnecessária.

      Obrigado pelos insultos.

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  12. Eis um tema que dava para um debate bem alargado.
    Referes um aspecto que parece continuar a ser tabu: também há homens descriminados no acesso ao emprego pelo simples facto de serem homens, e que isto fique bem claro.
    Depois, todos sabemos da "arte" que nos caracteriza em arranjar esquemas. Tal como referes há mulheres que juntam à licença de maternidade, férias, feriados, dias santos e tudo o mais que houve. Resultado: a questão que é colocada a algumas mulheres aquando da entrevista para se candidatar a emprego. Há ainda outro aspecto a ter em conta: o pai também já tem direito a licença de paternidade, logo essa questão da mulher podia estar em parte sanada.
    Em resposta à tua questão é óbvio que contratava a última. Posso não concordar com a opção, mas se a quer fazer muito bem, é um direito que lhe assiste.
    Falar em discriminação só neste aspecto é extremamente redutor. Há vários, e muito graves tipos de discriminação e poucos parecem preocupar-se com eles. Há aqui alguma hipocrisia ou é impressão minha? Se queres que te diga francamente até considero um pouco estranho ainda se debater essa questão, é que a mesma não é de agora! Já ouço vozes que clamam: "precisamente por isso é necessário mudar mentalidades." Pois é, mas de ambas as partes.
    Nada disto é linear, há muitos factores a ter em conta, mas ser pragmático é uma qualidade que todos devíamos cultivar.



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    1. A maioria dos empregos são discriminatórios. Nuns só querem mulheres, noutros homens, noutros bonitos, noutro com a altura entre x e y e por aí fora. Ou tratamos todas as discriminações da mesma maneira ou somos ligeiros como todas.

      Por momentos pensei que era a única pessoa que conhecia grávidas que tiram partido da gravidez quando podiam estar a trabalhar. Isto não significa que muitas não trabalhem até ao limite, porque isso também acontece mas existem várias que se aproveitam.

      Obrigado pela tua análise que foge do ataque à mulher que não é de todo o objectivo do texto.

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  13. Ora bem. Cá está um tema fervilhante.
    Há cerca de 10 anos numa entrevista numa multinacional fizeram-me essa pergunta.
    Tinha casado há um ano.
    A minha resposta foi: Sim pretendo ter filhos! Só queria que visses a cara de espanto de outro lado da mesa.
    Filhos???
    E eu continuei: Sim, pelo menos 2... mas não se preocupe que estou com problemas de fertilidade e por isso não sei quando será.
    Posso dizer que não gostei que me perguntasse mas gostei de responder com frontalidade. Eu fui admitida na mesma.
    Julgo que não seria honesto da minha parte dizer que não e depois passado pouco tempo pedir para ir a consultas de infertilidade ou de acompanhamento de gravidez. Corri o risco :)
    Entretanto saí de lá e fui para outra multinacional que teve "o azar" de me ter nos seus quadros durante 3 gravidezes de risco e consequentes 3 licenças. Eu fui sempre apoiada e tive direito a faltar e a tratar das minhas gravidezes e licenças como deve ser e mais ainda. Trabalho aqui já fez 9 anos e estive ausente durante 19 meses no total (divido em 3 tempos diferente). Sei que a minha ausência sobrecarregou alguns colegas, porque não temos politica de substituições por períodos pequenos de tempo, mas são momentos que passam e a verdade é que cá estamos todos a trabalhar todos os dias com filhos ou sem filhos.
    Quanto à tua pergunta não sei mesmo quem contrataria... Não sei se a que está a dizer que está focada na carreira não estará a mentir para conseguir o lugar e isso não seria um bom começo de conversa (pelo menos para mim)... A que quer engravidar está a colocar as cartas na mesa... Teria que ter outro factor de "desempate" .)
    E quanto às baixas de gravidez de alto risco conheço muitas mulheres (até professoras vê-lá tu!!!) que se aproveitaram para ficarem em casa... Mas a maior parte das grávidas que passaram pela minha vida trabalharam normalmente e algumas com trabalhos bem puxados fisicamente. Há de tudo como na farmácia :)

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    1. Um belo exemplo de que nem todas as empresas maltratam as mulheres apenas porque fazem uma determinada pergunta. E se calhar, exista quem o pergunte para testar a reacção da mulher.

      Como dizes, há-de tudo. Só não percebo porque é que isso choca tantas pessoas.

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  14. Olá!

    É um tema que em Portugal continua a correr tinta.... É chocante perguntar isso, tal como se fuma, se é homosexual ou lésbica, se tem Sida, etc etc etc.

    A nossa Constituição dá-nos o poder de colocar um processo nessas pessoas/empresas. (http://www.cite.gov.pt/Legis_Nac/ArquivoLN/LeisArqLN/LN_IO_Constit.htm)
    A empresa nem sequer paga a baixa nem a licença, é o Estado.

    Qual das duas contratava? A que disse que pretende ter filhos. Começa por ser Honesta, e depois ter um Filho não é a mesma coisa que planear ir de férias (coisa que mulher que não pretende ter filho tão cedo faz).

    A verdade é que o Empregador tem de começar a olhar para os países do 1º Mundo (que Portugal não pertence) e verificar o que se faz. E estas perguntas não se fazem.
    A questão de as grávidas irem de baixa 3/4 meses antes do bebe nascer não me choca, pois o stress que uma grávida é submitida só por estar grávida é cada vez mais intenso e complexo na nossa Sociedade.

    Alerto para o facto de em 2014 terem só nascido perto de 84.000 crianças. O que é isso???
    A mortalidade foi acima dos 120.000 e a emigração acima dos 100.000. Estamos super negativos e somos o pais mais velho do mundo.

    Alerto para o facto de que se as empresas mudarem o seu mindset as ditas gravidas podem perfeitamente trabalherem em casa (acesso remoto) e os Pais também. E acho bem que seja dado tempo obrigatório aos homens. A possibilidade de ter 1 ano de licença devia ser implementada ASAP. As mulheres que são mães, tem a capacidade de gerirem melhor as suas responsabilidades laborais.

    Coloco aqui o link da mulher que é presidente em França de uma grande multinacional e Mae de 9 Filhos - http://www.apfn.com.pt/news_detalhe.php?id=1643
    Os apoios que o Governo lhe deu no inicio, sendo ela professora Universitária. E o que se passa por cá?
    As Grávidas são olhadas de lado... Tipo doença.

    Aos poucos começamos a ter empresas que apoios e incentivam as Gravidas. O Homem e a Mulher não são iguais, nunca vão o ser. E Portugal nisso mostra bem a diferença entre eles, começa pelo Salário (as mulheres ganham menos 20% que o homem na mesma função), depois está nos postos chave: Direcções e Presidencias de empresas, e olhando para a nossa AR... temos poucas. Até no Governo.

    A unica que admiro, é a Ministra do Mar. Teve o seu 4º Filho durante o seu mandato.

    O importante aqui, e acho que é o que se está a perder nesta sociedade é o Poder da Mulher. Temos de nos juntar e lutar pelos nossos Direitos. E mostrar que Gravidez não é doença, e ter filhos tb não.

    Com esta crise, muitos trabalhadores aproveitaram-se e começaram a ameaçar as pessoas que perdiam o seu trabalho por gravidez e ausencia por cuidar dos filhos, e também porque estão a estudar.
    Ora... o que se mostrou totalmente falso.
    Eu continuo a fazer as minhas 35h/40h por semana e quando é necessário trabalho remotamente e fds. Retiram alguma coisa? Nope. Também lhes mostrei que se o fizessem teriam de tratar do assunto na Justiça e no Ministerio do Trabalho.

    Existem mecanismos que protegem o Trabalhador.

    Informem-se, tenham sempre à mão o código de trabalho e não tenham medo de consultarem um advogado ou a próprio CITE que responde às nossas questões por email.

    Se não o fazem, acreditem que estarão a a alimentar o vicio da nossa Sociedade.

    Tenham uma boa semana.

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    1. O que dizes é quase tudo muito certo mas não concordo contigo em tudo. Não existem mais crianças pelo facto de as empresas reprimirem as grávidas mas porque as pessoas não têm dinheiro nem estabilidade para ter filhos.

      Falas dos ordenados. E se te disser que na minha empresa existem mulheres com menos qualificações do que eu, que fazem o mesmo do que eu e ganham muito mais do que 20% a mais do que ganho.

      Isto não é uma guerra mulheres vs homens. É uma análise ao nosso mercado de trabalho.

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  15. Sem dúvida que é uma questão muito subjetiva e que dá pano para mangas.

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