6.4.15

a perfeita teoria do amor. aplica-se na prática?

Num destes dias, enquanto conduzia, ouvi uma música que pode ser vista como uma (pelo menos uma delas) perfeita teoria do amor. A letra diz respeito a um homem que mantém uma relação com uma stripper. Defende que ela trabalhar a dançar num varão não faz dela uma cabra. Defende que não se importa que ela se dispa desde que vá para sua casa. Diz ainda que sabe que eles (clientes) vão tentar tocar-lhe mas que não se importa desde que ela vá para casa onde fazem a sua festa privada.

Não se preocupa também com o que eles fazem ou dizem porque a ama. Nesta letra, o homem assume que ganha dinheiro suficiente para os dois mas não se importa que ela queira dançar até porque foi no local de trabalho dela que a conheceu. Vejo isto como uma das perfeitas teorias do amor. Isto no sentido em que muitas pessoas, homens e mulheres, dizem, quando isso surge em conversa, que não se importavam de manter uma relação com um(a) stripper. Nestas suposições, todos defendemos que aquilo que importa é o amor e o sentimento que une aquelas duas pessoas e onde, no campo dos sentimentos, não entra uma terceira pessoa. Porque é isso que garantem. Não passa de um trabalho e nada mais.

Esta é a perfeita teoria do amor. Nada mais importa. Se duas pessoas se amam, tudo está bem, certo? Mas será que isto se aplica na prática? Quantas pessoas é que realmente conseguem manter uma relação destas sem que a profissão dela ou dele, que envolve nudez e sensualidade, acabe por resultar numa discussão. Quantas pessoas é que conseguem estar em casa e afastar a mente do que possa estar a acontecer no local de trabalho onde elas e eles vão ter de lidar com clientes que tentam algo mais do que era suposto, que vão fazer propostas indecentes e que os vão tratar como meros pedaços de carne que nada valem. Quantas pessoas é que conseguem lidar com isto tendo ainda força para ser o suporte/refúgio que essas pessoas querem encontrar quando despem o personagem do trabalho e colocam a chave na porta de casa.

Na teoria, na perfeição teórica, deveria bastar amar. Se amo aquela mulher, pouco me importa que se dispa e dance para ganhar dinheiro, até porque gosta do que faz. Se amo aquele homem, pouco me importa que se dispa e seja assediado diariamente por mulheres. A teoria é esta. Mas será que a realidade é assim?

14 comentários:

  1. Eu não seria capaz.... por um sem numero de razões!

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  2. E a música é?

    (Opá, a sério, eu tenho quase a certeza de que sei do que falas, mas sem a música...)

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    1. I Don´t Mind - Usher.

      Se sabes partilha a tua opinião. É fácil?

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  3. Se há amor, essa teoria, é mesmo na prática, assim. Bjs

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  4. Não, a realidade está bem longe de ser essa, pelo menos para mim.

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  5. Sinceramente acho que isso na prática não é assim tão simples...

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  6. Para alguns é tudo uma questão de dinheiro.."se há dinheiro há palhaços" ....já dizia o meu avo...porque só o amor não basta em tempos de cólera ,,,,,..." il faut du fric mon cher ami "

    MariaCaxuxa

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