5.3.15

quando cortam o clímax

Hoje, no trânsito matinal vivi aquilo a que chamo de momento “corta clímax”. Que não é mais do que um momento em que estamos no auge de algo. Um instante em que a intensidade é máxima. Uma situação em que a excitação parece incontrolável. Ou um momento em que o clímax ainda não aconteceu mas em que a pessoa já imagina o que vai acontecer. Até que num breve segundo tudo acaba e o clímax deixa de fazer sentido.

Como dizia, estava no carro quando começa a tocar You Could Be Mine, música dos Guns N´Roses que faz parte da banda sonora oficial do filme Exterminador Implacável 2. Simplesmente adoro esta música que entra a “rasgar” com a bateria em destaque e que está sempre em crescendo. Isto foi mais do que suficiente para subir o volume do rádio e começar a tocar bateria no carro. Ali estava eu, na pele do melhor baterista que alguma vez existiu, a caminho da Ponte 25 de Abril. Já estava a imaginar o clímax. Até que aconteceu o momento “corta clímax” ou “corta tesão”. Não passava de um teaser e não tocaram mais do que cinco segundos da música. O que destruiu o meu entusiasmo.

Defendo que isto não se faz. E dei por mim a imaginar os mais diversos momentos do género. Lembrei-me logo da mulher mais sensual do mundo. Que se despe em frente ao homem, ficando apenas de cinto de ligas e saltos altos. O homem, já louco, começa a despir-se enquanto é loucamente seduzido por ela. Já se imagina a viver o clímax. Até que ela diz: “podes vestir-te que daqui não levas nada”. Outro momento “corta clímax” que devia ser proibido.

E existem muitos mais, que dependem de pessoa para pessoa. Por exemplo, aquele homem que adora jogar futebol e que não joga há dois anos. Até que os amigos decidem marcar um jogo. Ele, todo entusiasmado vai recuperar os ténis do futebol. E a roupa para jogar onde se destaca a sua camisola preferida onde estão estampados o seu nome e número de eleição. Chega o dia do jogo. Ele já se imagina a fazer a finta xpto e a marcar o golo que vai decidir a partida. Até que uma hora antes do jogo o telemóvel toca. É uma mensagem a informar de que não vai haver jogo. Mais um momento “corta clímax” que não devia acontecer.

Os momentos “corta clímax” ou “corta tesão” dependem de pessoa para pessoa. Mas aposto que todos têm os seus. Tal como aposto que ficam fulos quando esses momentos acontecem.

12 comentários:

  1. Claro que sim, toda a gente tem o seu ou seus.

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  2. Aconteceu-me há dias e também com uma música dos Guns n' Roses !!!!!! :P
    A música era o Sweet Child of Mine e o maravilhoso solo de guitarra do Slash foi mutilado a meio!!!! Aaargh não se faz!

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  3. Claro que temos e eu fico danada.
    Beijinho

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  4. E quando chegas a casa com desejo de comer "o último brigadeiro" e "alguém" o comeu?

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