4.2.15

renée zellweger 2.0 ou então: demi moore

Num passado não muito distante ocorreu aquilo a que chamei de renéegate. Por outras palavras, depois de um longo período de ausência, Renée Zellweger apareceu num evento público com uma imagem diferente daquelas que as pessoas recordavam e que revelava sinais de um abuso de cirurgias estéticas. Este caso volta à baila com uma nova protagonista. E, mais uma vez, é um ícone feminino de Hollywood que volta a ser notícia pela imagem.

Desde Novembro do ano passado que Demi Moore não era vista em público. Até que Tallullah Willis, a sua filha mais nova, partilhou uma imagem ao lado da mãe na rede social instagram. “Quando a nossa mãe é a nossa melhor amiga”, escreveu na legenda que acompanha a imagem onde a actriz se destaca por uma imagem bastante jovem. Isto foi suficiente para que se dissesse que Demi Moore está irreconhecível.

Fala-se no síndrome Renée Zellweger, que terá atingido Demi Moore. Especula-se sobre a quantidade de intervenções cirúrgicas a que recorreu para ficar com um aspecto muito mais jovem e diz-se que é o próximo alvo de ataques nas redes sociais, tal como aconteceu com Renée. Pessoalmente, não considero os casos iguais no sentido em que não reconheci a eterna Bridget Jones na imagem ao contrário de Demi Moore, que reconheço. Recorro a uma viagem temporal e imagino que estamos algures na altura em que tinha vinte anos mas ainda a reconheço.


E a minha opinião é a mesma que partilhei na altura da polémica em torno de Renée Zellweger. Nada tenho contra intervenções estéticas para atrasar o avançar dos anos ou para mudar algo de que a pessoa não gosta ou com que não se sente bem. Se é uma questão de confiança, porque não? Mas desde que as mesmas sejam feitas com conta, peso e medida, não roubando o ar natural e real das pessoas. Considero uma estrada perigosa aquela que percorrem as pessoas que têm a obsessão de encontrar uma beleza perfeita e imutável, algo que não existe. A esmagadora maioria das pessoas que escolhem este caminho acabam por fracassar por não chegar ao destino como desejavam, tendo cada vez mais problemas com o avançar dos anos. 

10 comentários:

  1. Também tem de se ter em conta que certos ângulos das fotografias não favorecem as pessoas da melhor forma, e que eles podem ainda parecer mais diferentes do que realmente estão (já para não falar da maquilhagem).
    Mas sim, ficaram diferentes.

    ResponderEliminar
  2. A eterna juventude não existe, por mais plásticas que se façam.
    E há rugas lindas.

    Beijinho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Existem formas mais saudáveis de retardar o envelhecimento. Mas essas dão mais trabalho do que aquele que é feito pelo bisturi de um cirurgião.

      Beijos

      Eliminar
  3. A filha devia ter escrito " quando a nossa mãe parece que tem a nossa idade" ... manteve os traços, mas parece que tem metade da idade real. Eu se visse a fotografia sem legenda diria que era uma foto dos tempos de Ghost (apesar do cabelo estar comprido).

    ResponderEliminar
  4. Eu acho que há várias formas de nos sentirmos bem mas nem todas correm da melhor maneira. Por exemplo, no caso da Renee, eu acho que correu mal. Ela parece mais velha e nem sequer parece ela. Perdeu as suas linhas características e isso é quase como perder a identidade. No caso da Demi, eu não acho que mesmo sem cirurgias ela estava muito velha. Sempre achei uma senhora muito bem estimada para a sua idade. Agora, se ela quer atrasar um bocado as suas rugas porque já conta com 50 anos então, porque não? Só irei ficar triste se isto agora der moda e ficarem todos como a Lili Caneças.
    Mas, já que referi em cima que se perde linhas características agora lembrei-me do meu caso. Não vou meter botox nem nada do género. Sou muito nova e não o tenciono fazer mesmo quando for mais velha. Contudo, vou fazer uma cirurgia aos maxilares e isso significa melhorar a minha saúde. Mas também significa ter uma nova cara. São muitos anos a ver uma cara e, depois de uma operação, vou ver outra. Isso sim, é o que assusta mais. É pensar naquilo em que vamos ficar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Concordo contigo. As pessoas podem fazer o que desejam, até por questões de auto-estima. Mas não devem ser escravas da beleza que lhes rouba a identidade.

      Que tudo corra bem contigo e aposto que vai correr.

      Eliminar
  5. Há muita gente que recorre precisamente a isso, e depois não corre nada bem, e era algo tão bem evitado.

    ResponderEliminar