21.1.15

o peso da imagem

Partilhei na página de facebook do blogue uma imagem de Lucía Villalón, uma jornalista espanhola de 26 anos, que é apontada como a nova namorada de Cristiano Ronaldo. Acrescentei que, do meu ponto de vista, Lucía Villalón é muito mais bonita do que Irina Shayk. Sustento a minha opinião com a naturalidade da beleza da jornalista espanhola que é bastante distinta da beleza produzida da manequim russa. Prefiro claramente uma beleza natural do que uma beleza “produzida” que se distancia da naturalidade da mulher e da sua verdadeira imagem.

Isto gerou uma troca de opiniões em relação à beleza de ambas. Há quem, tal como eu, prefira a beleza de Lucía Villalón e há quem defenda que Irina Shayk é muito mais bela do que a jornalista espanhola. Depois, existiu um comentário que defendia que a profissão de de Irina Shayk acarreta uma imagem produzida, o que não se verifica na profissão de Lucía Villalón, que é jornalista e que trabalha numa área onde a beleza não é importante. Algo com que não concordo.

É um facto que uma imagem produzida deveria estar associada a um leque restrito de profissões. Num rápido exercício de memória recordo-me imediatamente das manequins e das actrizes que estão sujeitas a uma produção que todos consideram normal dependendo do trabalho desejado. Porém, se começar a pensar nas mais diferentes profissões, encontro um excessivo peso e valor que é atribuído à imagem. E que, em diversos casos, está de mãos dadas com a produção da mesma.

Voltando a Lucía. Alguém se consegue recordar de jornalistas (na área do desportivo e que trabalhem em televisão) internacionais que não sejam consideradas exemplos de beleza e sensualidade como acontece com Lucía e com Sara Carbonero. Mesmo esquecendo a área do desporto, a generalidade das mulheres que trabalham em televisão vivem da imagem. E o talento, quando não acompanhado dos padrões de beleza que alguém idealizou, por si só não chega. Pode levar até determinado caminho mas não faz a viagem completa.

E isto aplica-se a quase todas as profissões. Como por exemplo nas lojas de roupa onde a maioria dos funcionários e funcionárias estão dentro dos tais padrões de beleza. Aliás, existem mesmo lojas em que um dos requisitos é que as mulheres trabalhem maquilhadas. É certo que algumas profissões exigem uma maior produção em relação à imagem mas o peso da mesma está presente em quase todas. E, na maioria dos casos, tem maior importância do que o talento para a função desejada. Prefere-se a beleza e a imagem ao talento.

10 comentários:

  1. Para mim a Irina só fica devidamente bonita com certos tipos de maquilhagem ou, como ela partilhou uma vez no Instagram, sem demasiada maquilhagem (não sei se ela estava mesmo sem maquilhagem). A Lucía Villalón parece-me mais bonita, também. E as jornalistas que trabalham em televisão têm, normalmente, de ter cuidados de beleza, não tão "inquebráveis" como os de uma manequim mas suficientes para que consigam estar na televisão sem assustar ninguém :)



    A propósito, deixo aqui o link de um artigo que escrevi sobre o teu blog (a história do "Is this love?" em particular) e que foi publicado esta semana na ESCS MAGAZINE: http://escsmagazine.escs.ipl.pt/desenhador-de-palavras-homem-sem-blogue/

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    1. A beleza da jornalista parece-me mais natural, por isso é que me agrada mais. E nem é isso que está em questão. É que, infelizmente, cada vez mais as profissões dependem da beleza.

      Obrigado pelo link. Fiquei surpreendido com as tuas palavras. Soube muito bem ler. Muito obrigado pelas palavras.

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  2. Vivo em Espanha e posso dizer-lhe que na cidade onde vivo existem pessoas ''menos bonitas'', com mais de 30 anos, a trabalharem em lojas de roupa. Estão bem arranjadas e muito produzidas (mais que em Portugal) e isso resolve tudo :)
    Quanto a jornalistas, posso dizer-lhe que em todos os canais/telejornais as mulheres são muito bonitas.

    Em Portugal a beleza de uma vendedora pode ser mais importante do que de uma jornalista. Mas em Espanha valorizam muito uma bonita repórter.Não há dúvida que uma pessoa gosta muito mais de ver o telejornal se alguém bonito o está a apresentar...

    Quanto à beleza entre uma e outra...são ambas bonitas, mas sempre me disseram que os gostos não se discutem :p

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    1. Há muitos anos, quando trabalhava numa loja de roupa, fui a Madrid escolher uma colecção para vender na loja onde trabalhava. Entrei na Levi´s e os empregados estavam a trabalhar descalços e com uma imagem muito alternativa que aqui seria automaticamente olhada de lado.

      Infelizmente a beleza e a imagem são cada vez mais o principal facto de escolha entre duas pessoas para um cargo.

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  3. Olá :)
    Quanto a este teu post, nem quero opinar sobre qual delas é a mais bonita. Perdoa-me, mas nem vou entrar por aí.
    Prefiro dizer-te que concordo contigo em relação ao peso da imagem nas mais distintas profissões que não só a de modelo. Muita gente pode não acreditar, mas garanto-vos eu que sei de casos, em que as entidades empregadoras até infringem a lei por descriminarem candidatos a emprego pelo factor idade, porque, (um dos exemplos), até para se servir ao balcão de uma qualquer pastelaria preferem uma rapariga nova e jeitosa, se possível, mesmo que esta não detenha qualquer conhecimento do sector ou experiência, em detrimento de alguém com a tal experiência, mas com mais idade, mesmo que apresentável.
    A imagem pesa muito, excessivamente. É de esperar, (e o bom senso também o dita), que no contexto profissional qualquer pessoa se apresente bem, com ênfase na higiene e no aprumo, independentemente da cara e do corpinho que Deus lhe deu. A loucura dos dias de hoje (será só de hoje?!) é que a beleza, (não o aprumo na apresentação), seja factor decisivo, e que isto ocorra cada vez em mais situações profissionais, tão distantes da ocupação de modelo como nós de Plutão.

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    1. A beleza depende sempre dos olhos de quem vê. O peso da imagem está presente em todo o lado. Não me surpreende nada aquilo que contas.

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  4. Vamos lá ver se nos entendemos...
    Sim, as jornalistas PODEM ser bonitas... Mas isso não significa que TENHAM DE ser.. Foi nesse sentido que falei!
    Sim, a beleza da Irina é produzida pela maquilhagem, roupa, whatever, tudo o que use na sua profissão. E daí, óbvio que perde a sua "naturalidade" - como vocês defendem.

    Volto a dizer aqui também: nenhuma é mais bonita ou mais feia que a outra... Têm belezas diferentes. São as duas lindissimas, mas não as consigo comparar como mais ou menos bonita em relação uma à outra.

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    1. Eu percebi o que disseste. As jornalistas de televisão não têm de ser bonitas. Tal como uma manequim não tem de ser. Uma manequim precisa de medidas porque isso não se disfarça. A cara facilmente se "altera" com maquilhagem. Quase todas as profissões não exigem beleza, não é um requisito que conste num formulário de aplicação mas ninguém pode negar que é um dos factores diferenciadores no momento da escolha e é fácil perceber isso no jornalismo televisivo.

      Pessoalmente prefiro a beleza da Lucía mas isto depende sempre de quem vê. E percebo o que pretendes dizer e concordo que não deveriam ter de ser belas. Mas a verdade é que são.

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