21.10.14

cada qual faz a leitura que quiser

"O rapaz gay a quem deste um murro cometeu suicídio há poucos minutos. A rapariga a quem chamaste puta é na realidade virgem. Aquele rapaz a quem chamas desgraçado e preguiçoso trabalha todas as noites para sustentar a família. Aquela rapariga que empurraste no outro dia é abusada em casa. A rapariga a quem chamas gorda, na realidade passa fome. O velho, com quem gozas por causa das cicatrizes no rosto, esteve na guerra e lutou pelo teu país. O rapaz com quem gozas porque chora constantemente está a lidar com o aproximar da morte da sua mãe."

Era impossível não partilhar esta mensagem. As pessoas pensam que sabem tudo sobre todos mas na realidade pouco (ou nada) sabem além do que estão a observar sem qualquer conhecimento de causa. De resto, são apenas leituras infundadas que se desejam reais e, em casos extremos de ignorância, bullying no seu estado mais cruel. Agora, cada qual faz a leitura que quiser e lhe der mais jeito.

15 comentários:

  1. Se eu tenho mau-feitio e sou um pouco bicho-do-mato é porque tive que aprender a defender-me.

    Para teres uma ideia: quando eu entrei para a Primeira Classe, no colégio, chamavam-me "a espanhola", por causa da minha ascendência. Durante anos ocultei que era bilingue para não me chatearem... Só comecei a falar espanhol - fora de casa - com 16 anos! (depois nunca mais me calei! LOL)

    Na minha opinião, infelizmente, são poucas as pessoas que num ou outro momento não foram vítimas de uma certa discriminação.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Revi-me muito neste comentário. Nasci em França, tenho um nome que o mostra demasiado bem, e fui viver para Portugal com apenas 4 anos. Durante toda a minha infância era olhada como a francesinha com o nome estranho. Dizia que não sabia falar francês, quando sabia. Também foi por volta dos 16/17 que comecei a falar e a nunca mais me calar e esconder. E orgulhar-me. Muito.

      Eliminar
    2. Obrigado pelos dois momentos de partilha que explicam muito bem o texto que partilhei. É pena que ainda existam muitas pessoas completamente ignorantes.

      Eliminar
  2. Poucos são os que tentam observar o que não se vê e poucos conseguem ler o que não está escrito no rosto....dá muito trabalho.

    jinhooooooossssss

    ResponderEliminar
  3. Enquanto não calçares os meus sapatos, e caminhares os meus passos, não terás o direito de me julgar, nem de me dizer o que devo ou não fazer...

    As pessoas esquecem-se que não são apenas elas que estão em "luta", cada um nas suas batalhas. O maior respeito pelos outros, demonstra o reconhecimento de que, apesar de não as conhecer (as batalhas de cada um) se respeita o sofriemtno e as atitudes dessa mesma pessoa.

    Ninguém sabe o que o outro já passou ou está a passar na sua vida...

    Beijinhos
    Z.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas é muito mais fácil julgar os outros e fazer papel de parvo.

      Beijos

      Eliminar
  4. Mas é muita presunção tirar conclusões somente baseada em aparências!!!

    E voltamos sempre ao mesmo, se cada qual tomasse conta da sua vida não haveria lugar a tantaaaaaa especulação!




    ResponderEliminar
    Respostas
    1. As pessoas criam imagens baseadas no que são e que desejam que sejam verdadeiras.

      Eliminar
  5. Infelizmente, respeito pelos outros é o que se vê cada vez menos

    ResponderEliminar