2.9.14

a vingança no final da relação

Acredito que a maioria das pessoas já esteve numa relação que acabou mal. Não interessa o motivo nem se existem culpados. Até porque não é preciso muito para que uma relação tenha um final péssimo. Já estive em relações que terminaram mal. Muito mal até sem que nada o fizesse prever. Mas, em nenhum desses momentos senti um desejo de vingança ou o que quer que seja. Se a relação chegou ao fim é porque assim tinha de ser. Para mim, o assunto morre no final da relação e cada um segue a sua vida. Depois existem pessoas com quem consigo manter uma relação normal que não tem necessariamente de ser de amizade e outras que nunca mais quero ver na vida.

Por isso, causa-me alguma estranheza aquelas pessoas que são incapazes de perceber que uma relação acabou. Aquelas pessoas que parecem querer vingar-se (e atrapalhar a vida) de alguém com quem partilharam bons momentos. Refiro-me aquelas pessoas que perseguem ex-namorados(as) ou que fazem tudo o que podem para dificultar a vida de alguém. Por exemplo, conheço uma pessoa cuja ex-namorada conseguiu descobrir a sua nova morada e deu-se ao trabalho de colar uma fotografia sua na porta do prédio onde se podia ler: “cuidado que é maluco”, entre muitas outras coisas.

E não consigo compreender este tipo de coisas porque isto não é amor. É uma obsessão. Custa-me perceber que alguém fique preso a alguém de tal forma que tudo aquilo que faz serve sobretudo para provocar medo na outra pessoa. Serve apenas para afastar alguém em vez de aproximar, caso seja essa a intenção. Tal como não percebo aquilo do “não é meu/minha, não é de mais ninguém”. São conceitos muito estranhos para mim. E assustadores. Muito assustadores. 

23 comentários:

  1. Concordo.
    Por muito que custe o fim (sobretudo nas situações em que uma das partes obviamente acreditava que ainda se podia fazer alguma coisa pela relação), se uma das partes já não está empenhada, mais vale soltar. Deixar ir. Isso é algo que se aprende. Mas é algo próprio das pessoas fortes. As pessoas com a auto-estima demasiado frágil, têm sérias dificuldades em dar este passo. Acreditam que não vivem sem o outro. É um processo complicado. A extenção disso, ou seja, quando uma paixão se torna uma obsessão, isso eu também já não consigo explicar. Creio que é uma situação em que a auto-estima atinge um baixo extremo. Acompanhada por problemas psicológicos graves. Sei lá. Também não compreendo e também me assustam, essas situações. Felizmente nunca estive perante nenhuma pessoalmente.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Nestes casos, deixar ir é sempre a melhor solução. Falas da auto-estima e acho que é um ponto bastante pertinente. Eu já tive um caso muito complicado e cortei o mal pela raiz.

      Eliminar
  2. Já tinha saudades de por aqui passar =) Espero que esteja tudo bem! Concordo com que dizes, quando uma relação termina temos é que seguir em frente e esquecer, esse tipo de atitudes é só de gente meia doida...enfim! Bjinhos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Está tudo bem. Espero que contigo também :) Seguir em frente é a melhor opção.

      beijos

      Eliminar
  3. Eu diria que mais que obsessão é pura maldade...

    ResponderEliminar
  4. De facto assustador, atrevo-me até a chamar-lhe terror!
    O ser humano anda descompensado a vários níveis, e o emocional, lamentavelmente, tem-se mostrado o mais afetado :(

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. E o pior é que, em alguns casos, são necessários momentos destes para que as pessoas se revelem.

      Eliminar
  5. Vingança e obsessão... duas palavras que espero nunca virem a constar do meu dicionário.
    É muito mau quando pessoas fazem do seu lema de vida a perseguição de outra pessoa - situação que não compreendo.

    ResponderEliminar
  6. acho que é tudo uma questão de auto-estima. um fator bastante importante numa relação a meu ver é, sem duvida, o amor-próprio. porque amar a pessoa sem nos amarmos não é, de todo, algo saudável

    ResponderEliminar
  7. É um tema sensivel pra mim... mas num geral, concordo contigo!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Para mim não chega a ser muito sensível devido à forma como lidei com os meus problemas.

      Eliminar
  8. Acho que é no fim das relações que se percebe o verdadeiro carácter das pessoas. E quando é dos piores e chega a ser assustador, é ignorar e passar à fase seguinte. A maldade não tem assim tanta paciência...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Num destes dias ouvi um desabafo de um homem. "Queres conhecer a tua namorada, casa com ela. Queres conhecer a tua mulher, pede-lhe o divórcio", foi o que disse, queixando-se da mulher. Foi um desabafo mas bate certo com o que dizes. Acho que nesses momentos é que se conhece muito de uma pessoa.

      Eliminar
  9. Ui... Esse assunto dava pano para mangas...
    Há uns anos, tive uma ex completamente obcecada e doentia, que chegou ao ponto de, quando perdi o meu filho, começar a mandar bocas a gozar. Foi a única vez que estive quase a bater numa mulher. Valeu-me não estar sozinho...

    Já tive umas quantas relações que acabaram mal, pessoas com quem cortei qualquer tipo de ligação logo no imediato (ou pouco depois). E sinceramente, quando as coisas acabam mal, é o melhor. Seguir em frente. Acabou, acabou. Não desejo mal a ninguém, mas há pessoas a quem também não consigo desejar bem... Simplesmente só consigo nutrir indiferença...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu tive uma situação para esquecer com ameaças de suicídio. Cortei o mal pela raiz e nunca mais vi a pessoa pois aquilo estava a consumir-me de tal como. Como tal compreendo o que dizes e o que sentiste.

      Nada melhor do que seguir em frente.

      Eliminar
  10. Assustador e de que maneira! Já passei pela experiência de um ex-companheiro nos seguir, fazer questão de frequentar os mesmos sítios que nós e, para cúmulo, nos assaltar o apartamento para onde viemos morar. Já para não falar nos constantes SMS'S e chamadas privadas das 23:00 à 1:00. Um mimo, portanto! Amor destes toda a gente quer, não é verdade? ;) A relação nem era minha, mas valeu-me para a vida!

    ResponderEliminar
  11. De facto sou da opinião de que uma pessoa equilibrada aprende com o tempo que não deve forçar uma relação. Penso que todas as histórias de amor merecem uma segunda oportunidade mas se ainda assim não se resolve o problema a única solução é deixar a pessoa ir. Desta forma estamos a permitir-nos a ser felizes e a libertar a pessoa que amamos para que seja feliz também, que é algo que todos nos dizemos quando estamos apaixonados, 'o que mais quero é que que sejas feliz', mas que no fim significa na verdade 'quero que sejas feliz desde que seja comigo'.

    ResponderEliminar