17.7.14

respeitado ou temido

Num destes dias, numa conversa com mais dois amigos, um deles dizia ao outro que era respeitado. Esse, por sua vez, dizia, na brincadeira, que era temido. Eu acrescentei que ser temido é também uma espécie de respeito. Apesar de ser um tipo de respeito que ninguém deseja ter. E o melhor exemplo que posso dar para o que pretendi dizer é um chefe de quem ninguém gosta. E que é respeitado apenas e só pelo facto da posição que ocupa na hierarquia da empresa. O cargo que ocupa acaba por fazer com que seja temido e, por sua vez respeitado. Mas este respeito só se verifica quando está presente. Porque, quando não está, ninguém o respeita. Quer seja porque ninguém revê nessa pessoa a liderança desejada ou por outro factor qualquer.

Por sua vez, um dos meus amigos dizia que o respeito significa igualmente admiração. Defende que quando respeitamos alguém de uma forma genuína, sem qualquer suporte artificial, é porque admiramos essa pessoa. Um ponto de vista que é partilhado por mim. Basta pensar em todas as pessoas que respeito e em cada uma delas existe uma dose, maior ou menor, de admiração, que pode ser causada pelos mais diversos factores.

Do temido e/ou respeitado a conversa divergiu para as desilusões. E, neste campo estávamos os três de acordo. Uma pessoa que tememos não nos desilude. Por mais coisas que faça, nunca deixará em nós a sensação de desilusão. De um acto inesperado. Algo completamente diferente de alguém que respeitamos e admiramos. Esses são os que têm uma maior facilidade em provocar uma desilusão e eventualmente causar mágoa. 

E acho que a explicação para isto está nas defesas que temos e que nos protegem do mal dos outros. Quando temos alguém próximo, por exemplo pessoas que respeitamos e admiramos, tendemos a baixar as nossas defesas. Algo que facilita uma desilusão à mínima falha inesperada. Por sua vez, quando estamos próximos de alguém que tememos e não respeitamos, temos as defesas num estado de alerta máximo. O que faz com que nem uma hecatombe motivada por essa pessoa tenha um efeito negativo em nós.

28 comentários:

  1. O senhor é tãoooooooo aborrecido!

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    1. Que eu sou aborrecido é uma opinião. Que respeito, independentemente de concordar ou não com ela.

      Outra coisa completamente diferente é obrigar-te a vir cá lidar com o meu aborrecimento. E isso não faço.

      E ainda existe outra coisa diferente. Consideras-me aborrecido. Mas fazes questão de vir cá só para me lembrar disso. O que revela algum encantamento da tua parte com o aborrecimento. Não o meu mas em geral. E isso diz-me algo sobre ti e sobre o impacto daquilo (ou daqueles) que são aborrecidos na tua vida.

      Sê feliz! Com ou sem aborrecimentos e na companhia de pessoas que sejam ou não aborrecidas.

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    2. Pronto, já está, ficas logo aceso quando te picam. Sai logo um texto de N caracteres, e o Anónimo apenas uma frase ze m***a. Nunca faças a coisa por menos.

      Um dia bom para nós.

      Amigo de Peniche

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    3. Maria das Palavras
      Isto dos "anónimos" dava um belo debate. Era uma temporada de BBC e não apenas um episódio como escreveste.

      Bom dia Amigo de Peniche.

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    4. Acredite que não sou um/a anónimo/a recorrente. Vim aqui 3 vezes, para poder contrariar um hate blog, porque não gosto nem um bocadinho da autora. Mas, constato que a autora tem razão. É claro que já deixei de o ler. Hoje só vim ver se obtive resposta.
      Fique bem e veja lá se põe um bocadinho de sal nisto.

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    5. Esqueci-me de dizer que só consigo ler 2 ou 3 frases. Mea culpa. Talvez o conteúdo dos parágrafos seguintes seja bom e estou a ser um/a anónimo/a injusta/o.

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    6. Anónimo

      Não tenho que acreditar nem deixar de acreditar. Mas, para quem veio cá apenas três vezes, perdes muito tempo com justificações. Que são desnecessárias. E essa explicação mereceu a gargalhada do dia. Obrigado :)

      Três vezes com duas ou três frases até nem é uma média má. Acredita que os restantes são iguais. Por isso, não precisas de perder tempo a vir cá. É que ainda vinhas mais três vezes e depois ias ter de te justificar novamente e isso é uma chatice e tempo perdido.

      Obrigado pela gargalhada. Obrigado pela opinião.

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    7. Sou só eu que não acredito que comentários destes te roubem gargalhadas?
      Que pedante!
      E o anónimo tem razão: és um chato, pá!

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    8. Aqui que ninguém nos ouve, vou confessar-te uma coisa.

      Eu sou incapaz de dar uma gargalhada com um comentário destes (e como o teu). Confesso que antes de acabar de ler já estou a chorar. Assim que leio palavras como as tuas fico perdido, vou a correr para casa e só saio de lá quando esqueço aquilo que li.

      Mal de mim se pessoas como tu me fizessem algo mais do que rir.

      E sim, obrigado pela gargalhada.

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  2. Eu costumo dizer que o medo impõe-se, o respeito conquista-se. Acho também que é bem mais fácil perder o medo do que perder o respeito: se alguém que eu temo pisa nem que seja um bocadinho a linha, o respeito por mim própria torna-se maior que o medo e eu sou capaz de enfrentar essa pessoa. No entanto, alguém que eu respeito tem que fazer algo mesmo muito grave para perder esse respeito.

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    1. Compreendo o teu ponto de vista. E também concordo que o medo é algo que se perde mais facilmente. Mas isso não implica que alguém que respeitamos tenha maior dificuldade em causar uma desilusão em nós.

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  3. Sem sombra de dúvidas. Sobretudo em contexto profissional não compreendo a postura de chefiar através do medo e muitas vezes desrespeitando os seus subordinados.
    Infelizmente muitos chefes ainda não perceberam que um ambiente de entreajuda é muito mais eficaz do que hierarquias demasiado vincadas - e adoram exercer essa superioridade hieráquica muitas vezes fazendo uso da agressividade. E tal como dizes, nas costas, são sempre desrespeitados de uma forma ou de outra.

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    1. Nos diferentes sítios onde trabalhei tive todo o tipo de chefes. Aqueles com quem vamos para a guerra se for preciso, aqueles que respeitamos apenas porque são chefes e todos os que existem pelo meio. E lamento que boa parte dos chefes não percebam que a liderança é algo que se conquista e que nunca resultará quando é imposta.

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    2. Ser temido quando se lidera uma equipe de trabalho, não é mau de todo. Eu gosto!!
      Prefiro o respeito na vida pessoal.

      Amigo de Peniche

      Os. Hoje vou comer um peixinho assado, vou convidar os colaboradores. :D

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  4. Concordo consigo mas podemos tornar a dicotomia mais vasta. Por exemplo, quando aplicado a pais e filhos, verifica se hoje em dia que muitos adolescentes não respeitam os pais e isso, a meu ver, deve-se ao facto de não os temerem. Não há o medo de os contrariar, ou de fazer asneiras pois não há consequências para os seus atos. Eu, aquando adolescente, temia o meu pai, não porque ele me batesse mas porque era duro comigo se eu tirava negativas ou faltasse remotamente ao respeito. Daí eu achar que determinadas formas de respeitar estão interligadas com um certo temor, temor esse que se estende quando o pai não está.

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    1. Prefiro que me trates por tu, pode ser?

      Apresentas um ponto de vista muito interessante e que dava para horas de conversa. Acho que esse medo não existe porque muitos pais também não existem nesse sentido. Pouco ou nada se preocupam com os filhos. Basta que não os aborreçam que já têm problemas a mais.

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    2. Pode:) tens razão, a falta de vontade dos pais também faz com que filhos se desleixem, não se preocupem e por consequência não temam... Obrigada pela tua resposta, achei que este era um tópico que faltava à conversa :)

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    3. Nos dias que correm, alguns pais resolvem tudo com dinheiro ou brinquedos, por exemplo. Essa é a solução. Errada, do meu ponto de vista pois levará sempre a novos problemas.

      Obrigado pelo tópico extremamente interessante :)

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  5. Bom dia,
    Preciso da tua ajuda. Este ano estou com ideias em passar as minhas férias em Vila nova de mil fontes. Como de volta e meia andas por essas bandas o que recomendas?
    Peço-te ajuda porque parece que conheces bem o local e eu se for para lá será pela primeira vez. Também já consultei na net mas os preços são tão caros! Daí pedir-te a ajuda, se poderes é claro!
    Sandra Machado

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    1. Oi Sandra!

      Preferes por aqui ou queres enviar-me um email?

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    2. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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    3. Não vou publicar o teu email mas vou enviar-te um com dicas.

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    4. Ok.
      Obrigado.

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  6. Pipocante Azevedo Delirante17 de julho de 2014 às 12:19

    Peço desculpa, mas o texto anda um bocado em círculos e torna-se algo difícil de compreender.
    Mas quanto ao tema, aqui vai:
    o chefe pode ser respeitado e temido ao mesmo tempo; há chefe que estão onde estão por mérito, e cujas capacidade os subordinados reconhecem, mas que ao mesmo tempo são intolerantes em relação a certos assuntos, tornando-se por isso temidos, pois não perdoam.
    Há pessoas que estão em postos hierárquicos elevados, mas que não fazem mal a uma mosca, e mesmo que detenham poder à discrição, não são temidos.
    E já agora, ser temido não é uma espécie de respeito, mas sim uma posição de medo em relação ao que nos pode acontecer se afrontarmos o indivíduo em causa (que pode nem ser chefe... muitas vezes os chefes baixam-se perante empregados "temidos" por razões várias). Não tem nada a ver com respeito.
    Essa análise, pelo que percebi, é demasiado simplista.

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    1. Temos pontos de vista diferentes. Para mim, um chefe respeitado e tendo em conta que isso implica uma certa dose de admiração e reconhecimento de liderança nunca será temido. Não existem motivos para que seja temido. Se existir essa intolerância de que falas, é porque o respeito e admiração não podem estar presentes em grandes quantidades.

      Aqueles que dizes que não fazem mal a uma mosca têm, por exemplo, o poder de escolher quem vai ser despedido. Quem vai fazer as tarefas que ninguém quer e outras coisas. E, na minha opinião, esses factores, quando não existe admiração nem respeito, levam a que seja temido. Independentemente de não fazer mal a uma mosca.

      Volto a discordar. Acho que temer é também respeitar. Mas, é a minha opinião e vale o que vale.

      Quanto ao relacionamento entre chefes e empregados, entra-se num domínio diferente e existem muitos factores que podem levar a que um chefe tema um empregado.

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