14.7.14

quem me explica a utilidade disto #35

Para alguns pais, educar um filho é uma missão que ocupa uma vida inteira. Para outros, é uma verdadeira dor de cabeça que tem de ser resolvida da forma mais rápida possível. Não interessa como. Aquilo que realmente é importante é que a criança seja um verdadeiro anjo. A pensar nos pais que não têm paciência para os filhos foi criado um produto que promete transformar diabos em verdadeiros anjos.

Trata-se do Kiddie Tazer, uma arma de electrochoque indicada para crianças com idades entre os dois e os dez anos. Se a criança está a fazer uma birra, leva um choque e está resolvido o problema. Se está a incomodar outras pessoas, mais um choque. E os choques que forem necessários até que seja um verdadeiro anjo, daqueles que metem inveja aos outros pais.

De acordo com o fabricante, existem alturas em que uma conversa (ou uma qualquer teoria) não resolve o problema. Depois de um cansativo dia de trabalho, não há paciência para o filho que não se quer lavar nem ir deitar. E a conversa não resolve nada disto. A solução, defende a marca, é esta arma de electrochoque que funciona com duas pilhas, que não estão incluídas. De acordo com o fabricante, trata-se do produto ideal para pais solteiros, para babysitters ou mesmo para casais que trabalham até tarde. Só não consegui descobrir o preço deste artigo que está disponível em cor-de-rosa, azul e amarelo.


Só imagino uma utilidade para isto. Ou para uma arma destas com uma potência ainda maior. Que passa por dar electrochoques aos pais que usam este aparelho para educar os filhos. Mas, idealmente, esses choques deveriam ser dados no momento em que pensaram que era uma boa ideia dar vida a uma criança que não pediu a ninguém para nascer. Ou será que existe outra utilidade? Quem me explica a utilidade disto?

34 comentários:

  1. Acho que isso não tem utilidade nenhuma visto que isso é praticamente um massacre contra as crianças. Acho que as pessoas que fazem uso desse aparelho deviam ser presas

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    1. Nem percebo como é que isto pode ser legal. Quer dizer, até percebo. Deverá ter uma potência muito fraca. Só pode ser isso.

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  2. hahahhhaha! alguém está mesmo desesperado!

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  3. Assumindo o pressuposto de que isto foi inventado por um homem uma utilização adequada (na minha opinião) seria, após lhe dar mais uns voltzinhos/voltzões de potência, dar-lhe com a potência máxima numa zona central e específica do seu corpo. Se lhe causasse impotência sexual então teríamos o auge da utilidade deste objeto.O mesmo aconteceria a quem achasse por bem utiliza-lo - tal como sugeres.
    (Peço desculpa pela linguagem agressiva mas é dos assuntos que me tira do sério.)

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  4. Say what???
    Isso é legal? Estou parva...

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    1. Acredito que deve passar pela fraca potência. Mas, mesmo assim, custa-me acreditar que aceitem o tipo de produto e a forma como é vendido.

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  5. What??? Isto existe mesmo? Para pessoas que não estão para "aturar" os filhos, há um remédio melhor do que o kiddie tazer, chama-se contraceção, também existe em vários modelos e cores e adapta-se a todas as situações: pílula, DIU, preservativo, implante, etc. ;-)

    http://thelusofrenchie.blogspot.pt

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    1. Deviam pensar nisso antes de chegar ao ponto de usar este produto :)

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  6. Americanos no seu "best"...

    http://gajochatotrintao.blogspot.pt/

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    1. É o único país onde imagino este produto a ser comercializado.

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    2. por acaso não concordo. isso nunca seria permitido nos EUA. a legislação de protecção às crianças nunca o permitiria. mas eu percebo, é mais fácil dizer logo que é uma americanada. tão portuguesinho. só para info, o produto é fictício. é um gag toy. é originalmente do dobekind (Singapura).

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    3. Discordo. Os norte-americanos têm coisas muitos boas mas têm produtos muito fora. E assumir isto não é ser portuguesinho. Na minha modesta opinião, é ser realista, não esquecendo que a sua dimensão proporciona este tipo de artigos. Cinco minutos no google a procurar produtos bastam para perceber isso. Dizes que é um gag toy. Ainda bem que assim é. Mas, se não fosse e se fosse norte-americano, isso não fazia dos Estados Unidos um pobre país. E que todas as preocupações deles fossem este aparelho pois têm coisas muito mais preocupantes por resolver.

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    4. não estava a referir-me a ti mas ao comentário "americanos no seu "best", sem sequer confirmar a fonte. vivi lá muitos anos e sei do que falo. um aparelho dessa natureza para crianças nunca seria aprovado e permitido. cinco minutos no google e encontro muito lixo que não é verdadeiro. atenção à internet. mais, a maior parte de produtos bizarros vêm da ásia e não dos EUA. os EUA têm muitos problemas para resolver. não vou aqui dissecá-los porque isso dava pano para mangas. mas que somos porteguesinhos em apontar logo o dedo aos americanos que são isto e aquilo, somos. ouço isso todos os dias. somos de facto um povo muito esclarecido e avançado.

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    5. Gosto de muitas coisas dos norte-americanos. E tens toda a razão pois estamos longe de ser um povo esclarecido e avançado. A maior crítica que lhes faço (tendo por base o conhecimento que tenho) é que para eles o mundo são eles e só eles. Para lá das fronteiras nada mais existe. Mas têm coisas muito boas e não nego que gostaria de lá viver.

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    6. pois. isso também é um mito urbano. e quem lá esteve ou viveu sabe bem isso. aliás, nem faz sentido se pensarmos que os EUA são um país de emigrantes de várias gerações com gente oriunda de todo o mundo. Depois vêm aqueles argumentar, "ah mas se lhes perguntar onde é Portugal, acham que é na Espanha". Algumas pessoas menos cultas sim. Mas é como se perguntar a um português onde é a Guatemala. Alguns também não fazem ideia ou dizem que é em África como ouvi no outro dia. Ou a capital dos EUA é Nova Iorque ouvi eu o outro dia também. Para lá da fronteiras nada existe? Poucos países têm tanta acção de ajuda e intervenção no mundo como os EUA. E não estou a falar da força militar que essa sabemos bem que às vezes é vergonhosa. Mas sim de ONG's, Embaixadores e embaixadoras de boa vontade, associações, etc. O que é que Portugal faz além fronteiras a mais que os EUA não fazem? O mundo são eles e só eles? Desculpa dizer-te, e não me leves a mal, mas preconceito típico baseado num mito urbano, HSB. Sou português e tenho orgulho em sê-lo apesar de muitas vezes não ter razão para tal. Critico os americanos em muita coisa, mas a teoria do imperialismo, o mundo ser só deles e eles não quererem saber dos outros e de serem burros, é tão verdadeira lá, como é cá, como é em qualquer outro país. Já vivi em vários países e é isso que vejo.

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    7. Bem tinhas dito que isto dava pano para mangas. Não associo a falta de cultura ao facto de não saberem onde fica Portugal. Mas existem vários vídeos que ilustram o meu ponto de vista e muitos deles são feitos por programas norte-americanos. Acredito que seja uma questão de escala. São muito maiores, logo é muito mais fácil encontrar mais casos do que quer que seja. E o mesmo se aplica à ajuda que referes e aos embaixadores. E nesse aspecto acho que mais depressa se dá destaque a quem faz um trabalho desses lá do que cá. A Catarina Furtado farta-se de fazer coisas e nem sempre é notícia quando o faz, por exemplo.

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    8. curioso falares na Catarina, porque conheço bem o trabalho que a Catarina faz enquanto embaixadora da boa vontade pela UNFPA porque conheço-a bem e trabalhei com ela em alguns projectos. não são muito mediáticos porque o objectivo não é o protagonismo dela e não é isso que ela e as pessoas que trabalham com ela procuram. mas isto para te dizer que conheço muito bem o trabalho que é feito ou não em Portugal nesse âmbito. trabalhei muito tempo na área da População e Desenvolvimento, em projectos financiados pelas Nações Unidas e sei bem o que Portugal contribui para os países em desenvolvimento. Como também sei o quanto os EUA contribuem. Portanto argumentos de que são só eles contra o mundo, e que não querem saber de mais ninguém, só nos filmes do Rambo e do Chuck Norris. aliás, é injusto para o imenso trabalho de muita gente que dá a vida e o tempo por pessoas que falam uma língua diferente da sua e que vivem em países distantes do seu. e os vídeos que falas são os mesmo que todos os países têm. como aquela reportagem portuguesa feita com estudantes universitários na cidade universitária que na peça não sabem nada de nada. o meu ponto é (e eu acho que tu já enetendeste) os americanos são associados e apontados de muita coisa, mas os outros países não são diferentes, incluindo Portugal. e quer queiras quer não, fazem mais do que nós.

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    9. Quando falei da Catarina foi só para dar o exemplo de algo que é feito e que não tem grande cobertura mediática, quando deveria ter. Se for para estar ao lado da Jolie, tem mas ela faz muito. Acho que as pessoas nem têm noção do tempo em família de que abdica para fazer algo que a preenche. Percebo-te e como disse, são um país gigante o que faz com que a probabilidade de encontrar exemplos, para o bom e para o mau, seja muito maior.

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    10. http://www.worldpressphoto.org/academy/jsm2013/ansofie-kesteleyn

      E isto? é verdadeiro...

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  7. Experimentem metê-lo no orifício de trás e provar o choque é o que os pais e de mais educadores devem fazer.
    Ridículo.

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  8. Só espero que isto choque tanta gente como as coleiras de choque para cães!

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  9. Só tinha visto uma coisa assim em cães, agregado à coleira e com comando à distância.
    Em crianças?? a sério?!

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    1. A ideia deve ser a mesma. Só não sei como é que isto é aprovado. Acredito que passe por brinquedo.

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  10. O senhor, ou senhora, ou melhor, o estranho ser que nem de pessoa podemos chamar que inventou isso devia ele próprio ter sido sujeito a choques durante a infancia, poderia ser que fosse inventar coisas mais utéis! E olha desta vez fiquei pasmada com o que encontras, mas no mau sentido! Normalmente acho graça às coisas que descobres, mas deste acho o produto mais estupido que já vi ser vendido e os argumentos então são uma reliquia de estupidez!
    HSB, onde desencantas tu estas coisas?

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    1. Já encontrei artigos que conseguem ter alguma piada. Não é o caso deste e aquilo que escrevo consta tudo na embalagem. É a publicidade da marca. Maldita curiosidade que me leva a produtos destes.

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  11. só para informação, é um produto fictício que não está para venda e não existe na realidade. A imagem foi concebida como uma gag (piada) em formato de postal por uma empresa na Singapura. as crianças estão seguras! :)

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    1. Estão seguras dos choques :) Infelizmente existem pais que sem choques usam outras coisas. Sendo brincadeira está ao nível de um boneco que encontrei em tempos e que é considerado uma obra de arte.

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  12. Infelizmente este é real e bem mais perigoso...

    http://www.adweek.com/adfreak/ad-my-first-rifle-used-kill-2-year-old-way-too-much-any-other-toy-commercial-149182

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