31.5.14

cem euros de rosas depois

Uma das últimas vezes que fui ao Mercado da Ribeira foi para comprar cem euros de rosas vermelhas. Que serviram para decorar um quarto (e o caminho até ao mesmo) depois de ter "roubado" a chave de casa da minha mulher.

Desde então, fui lá uma vez, se não me engano, em trabalho. Hoje, voltei lá para conhecer o novo Mercado da Ribeira. Gostei do espaço e estou feliz pelo bom aproveitamento que deverá atrair mais pessoas ao local.

Há muito por onde escolher. As opções foram a Croqueteria e a Confraria e recomendo ambos. Croquetes e sushi saborosos. Tal como recomendo o quiosque do Esporão, para quem aprecia um bom vinho. E o do Santini, que não precisa de palavras.

Ficou muito por experimentar. Espero voltar em breve e fica a dica para quem ainda não conhece o espaço. O único contra é a dificuldade para arranjar lugar para comer. Mas, com paciência tudo se resolve.

Enviado do meu iPhone

30.5.14

haverá histórias de amor perfeitas ao início?







Será que existem histórias de amor perfeitas ao início? Será possível atingir a perfeita imperfeição do amor sem cedências de parte a parte? Sem momentos em que um tem de ceder aquilo que é melhor para o outro naquele momento. Será possível a relação iniciar-se logo na perfeição? Confesso que não acredito nisso. Acredito nas cedências e na luta pela procura e manutenção da perfeita imperfeição do amor.

pensamento da semana #25


Felizmente, para muitas pessoas, existem diversas situações que podem ser resolvidas. Felizmente, em muitos casos, a solução é simples, passa pela vontade de cada um e por aquilo que essa pessoa deseja ser ou que entende ser necessário fazer para que se sinta melhor. Infelizmente, existem coisas que não têm solução possível. Por mais avanços tecnológicos que existam, continuará a não existir solução. Até porque existem pessoas a quem a evolução é uma cena que não lhes assiste.

somos todos crianças

Perto da minha casa existe um parque de estacionamento, de uma considerável dimensão, que raramente está ocupado por carros. Há quem o utilize para brincar com os filhos ou para brincar com os cães, por exemplo. Ontem, ao chegar a casa, deparei-me com algo diferente. Nesse local estava um grupo de indianos. Eram todos adultos e tinham feito do parque de estacionamento um campo de críquete. Com tábuas improvisaram tacos e recorriam a uma bola de ténis para jogar.

Eram adultos mas pareciam um grupo de putos. Corriam pelo alcatrão, sorriam com os falhanços de quem tinha o taco e notava-se que para eles era como se estivessem num verdadeiro campo relvado. Queriam era divertir-se e encontraram ali, naquele pedaço de alcatrão, o local ideal para o fazer, provavelmente depois de um dia de trabalho. Ao olhar para eles, recordei os tempos em que joguei futebol e basebol no meio da rua e em espaços muito mais apertados do que aquele.

Apeteceu-me parar o carro e fazer aquilo que era normal fazer quando era puto. Nessa altura, apesar de, em alguns casos, não se combinar nada com ninguém, vestia-se a roupa do futebol e aparecia-se no campo, onde estava sempre alguém. “Há lugar para mais um?”, perguntava-se. E havia sempre espaço para essa pessoa. Quis ir pedir para jogar mas cedo desisti porque, ao contrário deles, não tenho qualquer cultura de críquete. Rapidamente transformava aquilo num jogo de basebol e era corrido em minutos.

Gosto de pessoas assim. Gosto de adultos que não se esquecem de ser crianças. Que não hesitam e que jogam críquete no meio da rua em vez de pensar “somos velhos para estar a brincar na rua”. Pessoas que fazem aquilo que realmente lhes apetece, independentemente da opinião dos outros. Gosto de acreditar que somos todos crianças. A diferença está naqueles que se esforçam para esconder que o são, ao contrário dos que não têm qualquer problema em passar uma “vergonha” (aos olhos dos outros) ao mostrar que apesar da idade adulta ainda são umas verdadeiras crianças.

os homens estão revoltados

Os Vengaboys decidiram recorrer às mamas delas para promover um vídeo alusivo/de apoio ao mundial, tal como dei conta aqui. Porém, alguns homens ficaram revoltados por não terem sido convidados para entrar no vídeo. E quiseram mostrar que também podem ser estrelas de um videoclip semelhante. Ou não?


Obrigado pelo vídeo Sílvia

29.5.14

por outro lado...

… sinto que sou o único que está triste por não ser tatuado pelo Ami James. 

sinto que sou a única pessoa...

… que não está triste por não ir hoje ao Rock in Rio ver o concerto dos Rolling Stones. Não escondo que deve ser um grande espectáculo mas não é uma prioridade para mim. Tanto que optei por ir noutro dia.

não é aconselhável ver no trabalho (mas preciso da vossa ajuda)

Já conhecia a música oficial do mundial de futebol, que é cantada por Pitbull, Jennifer Lopez e ainda Cláudia Leitte e que considero ser muito fraca em todos os aspectos. Acho que era possível fazer muito melhor com os mesmos intervenientes. Depois, conheci a música de Shakira com Carlinhos Brown, que é uma parceira com a Activia para ajudar crianças necessitadas. Esta, não sendo oficial e apesar da colombiana dançar sempre da mesma maneira, é melhor em tudo. Música, qualidade do vídeo e participantes do mesmo (só falta ali o Cristiano Ronaldo).

Como não há duas sem três, encontrei mais um vídeo não oficial do mundial 2014. Este é da autoria dos míticos Vengaboys, que me transportam até aos tempos do secundário com o seu famoso Boom, Boom, Boom, Boom! Este vídeo (não interessa ouvir apenas a música) é capaz de não ser aconselhável para ver no trabalho caso alguém consiga olhar para o ecrã do computador. Mas, como preciso da vossa ajuda, aqui vai... (e peço desde já desculpa).



O mundial vai ser no Brasil, que é o país do samba e do Carnaval. Que, por sua vez é um dos expoentes máximos da sensualidade mundial. Como tal, acho de bom tom que os vídeos tenham uma dose q.b. de sensualidade (aliada ao Carnaval) que faz sentido ser misturada com jogadores, golos e outros momentos ligados ao futebol. E, bem ou mal, é isso que acontece nas duas primeira músicas.

No vídeo dos Vengaboys existem mulheres e mamas a abanar. Mamas a saltitar e mulheres. E ainda mais mamas, que abanam sem parar, e mulheres que as abanam. Esquecendo a senhora que aparece ao minuto 1.06 e que consegue exibir, nas mamas, as bandeiras das selecções que vão a jogo, (e dando o desconto de existir alguma nudez no Carnaval brasileiro) não vejo nenhuma ligação ao futebol ou mesmo ao Brasil nos restantes momentos do vídeo. Até porque, os pequenos acessórios que cobrem os mamilos nem sequer têm ligação ao futebol.

Agora, é a parte do desafio em que preciso da vossa ajuda. Em primeiro lugar, gostava de saber quem conseguiu ver o vídeo até ao fim e qual a reacção. Se não for pedir muito, agradeço que alguém me explique o objectivo deste vídeo. É que só me ocorre ser falado apenas e só pelas... mamas.

depois admiram-se

A Inês tinha um sonho. Queria ser florista. Era fascinada pelo mundo das flores e um dos seus grandes prazeres era quando estava dedicada aos arranjos. Assim que começou a trabalhar na área de que gostava dedicou parte do tempo livre ao saber. Queria saber como se faziam certos arranjos. Queria também inovar. Estava sempre à procura de novas ideias que pudessem agradar a quem recorria a si para comprar flores.

A paixão e entrega de Inês eram contagiantes. E, com o passar do tempo, existia um número cada vez maior de pessoas que recorriam a si para comprar flores. Muitas pessoas preferiam os seus arranjos. Apenas os seus. Tanto que, quando não estava, acabavam por não comprar flores. Ficava para outro dia. Para outra ocasião. Até porque, além de Inês, apenas mais uma pessoa conseguia fazer arranjos semelhantes.

Porém, o patrão de Inês também vendia pregos. E entendia que Inês deveria vender pregos e não apenas flores, chegando a passar mais tempo a vender pregos do que flores. Apesar de boa parte dos clientes de flores só escolherem aquele local porque era ela quem arranjava as flores. Existiam dias em que os clientes ainda tentavam comprar flores, mesmo quando Inês e a outra pessoa não estavam. “Quero um arranjo destes”, diziam. “Esse não sei fazer”, respondia a pessoa. “Então pode ser um destes”, insistiam. “Pois, esse também não sei fazer”, era a resposta que ouviam, acabando por deixar de comprar flores.

Mas a verdade é que nem isto interessava ao patrão de Inês, que insistia que ela deveria vender pregos. Algo que não fazia contrariada. Se tinha de vender pregos, vendia. Com o mesmo sorriso dos momentos em que vendia flores. Inês sentia que podia ser mais rentável a vender flores mas vendia pregos porque o patrão é que manda. Mandam sempre.

Esta história é verídica. Só não tem uma Inês. Nem flores nem pregos. Mas, o conteúdo não muda. Trata-se de alguém que é muito bom no que faz. Que rende quando está nessa posição. E que atrai clientes. Mas o patrão acha que deve fazer outras coisas. Estar noutro sítio a fazer outras coisas. E não se importa de perder clientes com essa decisão.

Já trabalhei em diversos locais onde os patrões eram adeptos da rotatividade de funções. Mas, se uma pessoa é boa numa coisa e se isso rende dinheiro ao negócio, qual o motivo para colocar o funcionário a fazer algo diferente onde não é tão bom? Teimosia? Birra? Eu é que sei? Não podes ser melhor do que eu? Depois, admiram-se quando os negócios se tornam menos rentáveis. Quando as pessoas deixam de aparecer. E o final desta história é sempre igual. Quando (nas poucas vezes em que isso acontece) quem está acima do patrão tem conhecimento do ocorrido, a culpa é sempre do pobre coitado do funcionário que está no lugar de alguém com melhores qualificações para uma determinada posição. E que (provavelmente) até preferia estar numa função diferente. Esse será sempre o incompetente que destruiu algo.

Lamento que esta má gestão de recursos humanos passe despercebida a quem manda nas empresas. É certo que existem negócios gigantes em que esta má gestão faz apenas (se é que isso chega a acontecer) uma pequena nódoa negra nas contas. Tão pequena que ninguém repara nela. Mas era bom que alguém perto de quem manda tivesse coragem de dizer que uma determinada área poderia render muito mais se fosse melhor gerida.  

pensavam que só os stones é que faziam exigências?

Nos últimos tempos foram conhecidas as exigências dos artistas que actuaram/vão actuar no Rock in Rio. Achei especial piada aos dois barcos de borracha que Steve Aoki exigiu (e que utilizará para navegar por cima do público) e sobretudo à pista de atletismo que os Rolling Stones exigiram ter nos bastidores. Mas, está longe da verdade quem pensa que exigências “destas” são feitas apenas por estrelas do mundo da música.

O Mundial 2014, que terá lugar no Brasil, está quase a começar. E as selecções que vão disputar a taça mais desejada do mundo do futebol também têm algumas exigências. E existem pedidos para todos os gostos. A saber:

Portugal
Existem selecções que querem uma sala de videojogos. Portugal quer uma playstation em cada quarto. E ainda seis seguranças privados para os jogadores. Destes, quatro são para Cristiano Ronaldo.

Argélia
Os quartos têm de ter o Alcorão, o livro sagrado do Islão pois a reza é um dos pilares do país. É obrigatório que esteja disponível um livro para cada jogador, ou membro da comitiva, sempre que necessário.

Chile
Foi exigida a construção de duas salas administrativas para os membros da imprensa chilena. Foi também exigido a compra de camas novas e de televisões igualmente novas para os jogadores.

Irão
A selecção de Carlos Queiroz pediu ajuda ao Corinthians. Pediram que fosse disponibilizada a equipa de limpeza durante os treinos. Carlos Queiroz quis também o director de futebol do clube brasileiro, com quem já tinha trabalhado.

Equador
Além de uma sala de videojogos, o Equador quer que diariamente sejam servidas bananas do Equador. Os membros da selecção devem ainda ser recebidos com um churrasco.

Colômbia
Coisa simples. A Colômbia pediu ao São Paulo para disponibilizar jovens jogadores (não especificados) para jogos treino.

Uruguai
Apenas uma exigência. Que os ar-condicionados dos quartos dos jogadores sejam silenciosos para que o sono seja perfeito.

França
Não há sabão de barra para ninguém. Os franceses só se lavam com sabonete líquido. Como existem jogadores muçulmanos, só podem ser cozinhadas carnes de animais que não sofreram para morrer. Tem ainda de existir uma sala de lazer com videojogos.

Honduras
A televisão tem de oferecer seis canais em espanhol, sendo que dois têm de ser hondurenhos. A velocidade da internet wi-fi tem de ser aumentada.

Japão
Cada suite tem de ter obrigatoriamente um jacuzzi para que os jogadores relaxem após os treinos.

Austrália
As zonas dos quartos têm de estar equipadas com grandes máquinas de café. Querem também, e diariamente, jornais de diferentes países de diferentes zonas do globo.

Suíça
Apenas duas exigências. Internet de alta velocidade e canais suíços em todas as televisões dos quartos da comitiva.

Costa Rica
O que importa é relaxar. Por isso, exigiram a construção de uma ampla sala de descanso com sofás, televisões e, claro, videojogos.

nunca tinha sido assim


Ontem foi o dia em que o blogue teve mais visualizações desde a sua criação. Muito obrigado a todos pela companhia. Este crescimento deve-se a vocês.

agora escrevo eu #30

Tenho uma irmã mais velha. São oito os anos que nos separam. Tivemos a fase das turras e também, entre muitas outras, aquela em que saíamos os dois para ir para a noite. “Deu-me” a única sobrinha que tenho e é uma das pessoas que mais amo na vida e por quem sou capaz de tudo. Talvez por isto, acho um especial encanto em relatos de histórias protagonizadas por irmãos que também têm alguns anos de diferença, como é o caso deste relato da Pintarolada, autora do blogue Pintarola que, apesar do nervosismo, teve a coragem de abordar um tema sobre o qual muitos adultos não falam com os mais novos.

“Sempre tive uma certa relação de protecionismo em relação á minha irmã. Talvez demais! Erro meu. Talvez por ser uns dez anos mais velha! Temos sempre uma tendência para pensar, ou pelo menos querer, que aquela pessoa que sempre protegemos tome decisões mais corretas que as nossas. No nosso inconsciente essa pessoa tornar-se-á no reflexo das melhores escolhas que poderíamos ter tomado no passado.

Agora que ficamos cá as duas, imaginava que as questões relacionadas com namorados seria algo perfeitamente adiável, de um futuro longínquo. Que inocente que és, pensam vocês. Pois era! Um dia, andava eu de volta dos tachos na cozinha, ela vem-me contar que tem um namorado! A minha reação foi como se ela me estivesse a contar que estava grávida ou a snifar cocaína. Quase que me dava um piripaque, sentei-me na cadeira, com a cabeça afundada nas mãos a reter toda a informação. Disse que a coisa é séria, já tem uns três ou quatro meses, já lhe deu uma rosa, duas caixas de chocolates e um CD dos One Direction (original! Importante para comprovar a veracidade do amor). Nada de piercings ou penteados duvidosos, não fuma, não ouve música estranha, não é gótico, usa as calças no lugar correto! Todos estes argumentos para acalmar o meu espírito inquieto. Lá tive que aceitar os factos: a minha irmã mais nova, aquela que ainda há bem pouco tempo me fez ficar colada à porta do bloco onde nascem bebés, na esperança de que um choro me fosse familiar, mesmo sem nunca o ter ouvido! Pulei de alegria quando a enfermeira vinha com uma espécie de embrulho na minha direção e do meu pai: confirmou-se que o bebé com choro mais esganiçado era mesmo o dela! Fez-me sentir incrivelmente feliz quando vi a língua multicolorida de tanto chorar, até que achei que era uma bebé feia mas ainda assim achei-a o máximo e não a trocava por nada porque, logo da primeira vez nos vimos, vi olhos prometedores de muitas alegrias. A minha irmã que ainda ontem corria de fraldas para o meu quarto para que lhe lesse uma história ou a levasse ao parque. Parece que foi ontem que lhe caíram os dentes da frente e revejo mentalmente a cara endiabrada que fazia para as fotos, sem dentes, carinha gorducha, que se prometia portar-se bem com a promessa de um ovo Kinder. Nunca se portava bem! E naquele dia, estava eu na cozinha e ela, agora mais alta que eu, cabelos indomáveis, cheios de caracóis, com um sorriso de arrasar qualquer um (mas que preferia que não fosse para já) vem contar-me que um marmanjo qualquer anda a dar-lhe beijos na boca e anda de mão dada com ela na escola!! Nem queria acreditar que a minha irmã já soubesse dar beijos na boca! 
Acabamos as duas num abraço, ela mais piedosa que eu, a dar-me palmadinhas nas costas! Parecia que me tinham tirado o chão. Não estava preparada para lidar com isto. Muito menos sozinha.

Contei a uma amiga. Aconselhou-me a falar-lhe em preservativos. Achei que estava louca! É muito cedo para isso. Porém, a realidade começou a dar de si e tive a percepção que estava na altura de termos "a" conversa que qualquer pai ou mãe costuma ter. Dizem que por ser irmã mais velha ainda é melhor, que isso faria-a sentir-se mais á vontade. Mas quer-me parecer que a única pessoa que não estava nada confortável era eu. 

Estávamos no carro, depois da escola. Respirei fundo e disse:
Eu: Precisas de ir ao médico?
Ela: Para quê?
Eu: Não sei. Sabes o que é a pílula?
Ela: Sei (com cara de: pergunta estúpida)
Eu: Se bem que eu espero que não andes a fazer nada disso, és muito nova!
Ela: Claro que não M., não sou maluca! Sei que sou muito nova para isso!
(Silêncio, muito silêncio)
Eu: (2 minutos depois): Sabes que já tens idade pra coiso não sabes?
Ela: Uhm coiso, o quê?
Eu: En...engravidar (ufa, nem acredito que consegui dizer)!
Ela: Ahahahah, sei! M. posso ensinar-te como se tem uma conversa com uma adolescente sobre este assunto?
Eu: (nãomeacreditoqueelavaidizeroqueerasupostoeudizer)
Ela: (virada para a frente, como se fosse eu a falar e a pessoa imaginária fosse ela): R. és muito nova, tens que ter cuidado para não estragares a tua vida até porque já és uma mulherzinha e podes engravidar e certamente não quererás isso. Por isso, nada de relações sexuais com rapazes. Quer dizer...com raparigas também não convém (Oi? O que fizeram com a minha irmã?)!

Portanto, neste momento, a minha irmã vai recordar para sempre a primeira conversa constrangedora como algo absolutamente cómico, vulgo, esquisito, em que a irmã mais velha diz algo como: "sabes que já tens idade para coiso"! Está bonito está...Definitivamente, este assunto exige parte II e desta vez vou encher-me de coragem e mentalizar-me que a minha irmã já deixou as fraldas!”


28.5.14

valores. ter ou não ter?

Ao ver o Lago dos Tubarões descobri Scotty Claus, um jovem empreendedor que tinha o sonho de mudar a forma como as pessoas vivem o Natal. Cansado de ver árvores no lixo, teve a ideia de criar uma empresa que aluga árvores de Natal verdadeiras. Árvores que têm uma história e que, ano após ano podem estar na mesma casa ou noutra diferente. Mais do que o dinheiro, aquilo que o movia era acabar com o problema da desflorestação e encher as casas de alegria com uma árvore viva numa altura especial. Além disso, contratava veteranos de guerra para fazer a entrega e recolha das árvores. Com o crescimento do negócio, necessitava de mais dinheiro (pedia 150 mil dólares) para ter mais árvores e providenciar os cuidados necessários às mesmas.

Robert não quis entrar no negócio. Não acreditava que fosse crescer. Daymond também não. Gostava da ideia mas acreditava que as complicações iam ser muitas. Barbara saltou fora por não acreditar que pudesse dar lucro apesar da paixão de Scotty Claus. Kevin disse que odiava o negócio por diversas razões. Desde a concorrência ser uma árvore de plástico até ao facto de ser um negócio de cerca de seis semanas por ano, passando por outras coisas. 

Mark Cuban deu o dinheiro sem hesitar, pedindo apenas mais 10% da empresa do que era oferecido. Esta decisão espantou os restantes tubarões. O milionário levantou-se, foi ter com o empreendedor e explicou o motivo pelo qual deu o dinheiro, apesar de ter realçado que era um negócio e que esperava ter lucro. “Tem muitos aspectos positivos e aquilo que te impede de fazer isto numa escala maior é um pouco de dinheiro. O dinheiro é fácil. Fazer o que é certo nem sempre é fácil”, explicou.

Quatro pessoas só analisaram a perspectiva económica. Outra optou por um ponto de vista completamente diferente que passa pelo bem que alguém pretende fazer com um negócio que tinha um lucro relativamente baixo ao longo de quatro anos por causa disso mesmo. E gastou 150 mil dólares, que representam para si o que um euro deve representar para mim. E a verdade é que nem sempre o dinheiro é o que mais importa. Sobretudo para quem tem as contas extremamente bem recheadas. E quem diz o dinheiro poderá dizer muitas outras coisas.

Pensar no bem e em outros valores e ser movido por isso passou a ser uma peça de roupa fora de moda e que poucas pessoas usam. Hoje em dia interessa chegar onde se quer da forma mais rápida possível. É preciso lixar dezenas de pessoas? Lixa-se. É preciso vender a mãe? Vende-se. É preciso enganar, mentir e falar mal deste e daquele? Engana-se, mente-se e fala-se mal. O que importa é chegar onde se quer. E esta nova tendência faz com que aqueles que valorizam o que deveria ser valorizado por todos sejam vistos como pessoas desenquadradas da realidade. Enquanto pessoas sem valores passam a ser vistas como a regra geral. Como aquilo que é natural encontrar. Infelizmente, não ter valores parece ser cada vez mais importante do que ter.

ainda sobre as fotografias da vergonha

Ontem, aqui, aqui e aqui divulguei algumas fotos que a maioria das pessoas considera estranhas. Depois, perguntei quem é que nunca tirou uma foto, sobretudo na infância e adolescência, da qual se envergonha. Tudo isto fez-me viajar até ao tempo em que andava na escola primária. Altura em que anualmente havia um dia em que os alunos eram fotografados para que essas fotos fossem oferecidas aos pais.

Nunca tive o hábito de andar mal vestido mas, nesses dias, a minha mãe escolhia as roupas de que mais gostava para que fosse fotografado. E, todos os anos, acontecia algo na escola. Era sempre protagonista de algum incidente que me levava a sujar a roupa toda. Por exemplo, recordo-me de que, num ano, a nossa diversão nesse dia era atravessar (atrás de uma das balizas do campo de futebol) uma poça gigante, da largura do campo, agarrados à rede de protecção do campo. Escaparam-me as mãos e acabei encharcado.

O resultado, desta e de outras peripécias, era sempre o mesmo. Tirar fotografias com roupas que alguém tinha deixado na escola. Ou seja, nada combinava com nada. Era o que havia. As fotos eram com peças que não eram minhas e com padrões que nem sequer combinavam. Assim são as fotos da primária que ainda hoje os meus pais guardam e que motivam sorrisos sempre que as vemos. E uma história que a minha mãe faz questão de contar a quem vê aqueles tesourinhos da minha infância. Não tenho fotos com poses tão macabras como algumas das que partilhei mas tenho muitas que podiam figurar num álbum deste género.

E não me importo de ter fotos destas. Porque, em situações normais, seria a foto da primeira classe, da segunda classe e por aí fora. Não haveria nada mais para contar sobre aquela imagem. Assim, cada uma daquelas fotografias esconde um momento que me/nos leva a viajar no tempo e a recordar momentos caricatos que provocam gargalhadas. Sou o motivo desses risos mas, nestas circusntâncias, é algo que vale mesmo a pena

eu não quero pagar por aquilo que eu não fiz



“Eu não quero pagar por aquilo que eu não fiz. Não me fazem ver que a luta é pelo meu país. Eu não quero pagar depois de tudo o que dei. Não me fazem ver que fui eu que errei. Não fui eu que gastei, Mais do que era para mim, Não fui eu que tirei, Não fui eu que comi. Não fui eu que comprei. Não fui eu que escondi, Quando estavam a olhar, Não fui eu que fugi. Não é essa a razão, Para me querem moldar. Porque eu não me escolhi, Para a fila do pão. Este barco afundou, Houve alguém que o cegou, Não fui eu que não vi (...)”

“Aquilo que eu não fiz” é o nome do primeiro single do álbum “do princípio”, o mais recente trabalho de Tiago Bettencourt. A letra – transcrevi parte dela – é brutal e ao mesmo tempo dolorosa por se aplicar aos políticos e à realidade em que vivemos. Este tema deveria obrigatoriamente fazer parte das rotinas diárias dos políticos portugueses. Entravam no carro e a música começava a tocar. Chegavam aos seus gabinetes e a música começava a tocar. Iam ao ginásio e a música começava a tocar. Entravam nos restaurantes e a música começava a tocar. Quando se deitavam a música começava a tocar. Vezes sem conta. Sempre a tocar. Até a mensagem ser totalmente assimilada. Até perceberem cada uma das palavras. E, quando ligavam a televisão, viam sempre o vídeo, feito por portugueses que vivem em Portugal e por tantos outros espalhados pelo mundo.

Se existem palavras que explicam bem aquilo que sinto e a minha total descrença na classe política nacional (acredito em pouco mais do que António Costa e Rui Rio, homens que considero diferentes dos demais) são estas. Porque “eu não quero pagar por aquilo que eu não fiz”, “não fui eu que gastei mais do que era para mim”, “não fui eu que tirei, não fui eu que comi” e porque não quero nem deixo que me moldem consoante as suas necessidades.

Aproveitando esta música, aproveito também para falar sobre Tiago Bettencourt, artista de quem já falei aqui. Não compreendo – e esta é a imagem que tenho – o que o leva a ser um dos artistas portugueses mal amados. O seu percurso fala por si. O seu talento não deixa dúvidas. Dizer que Tiago Bettencourt é brilhante é ser injusto porque merece mais do que isso. Os seus discos estão cada vez melhores. Este “do princípio” coloca a fasquia bem alta porque anda muito perto da perfeição. Talvez não vá a muitas festas nem procure os flashes para aparecer em todas as fotos. Mas é um músico e não precisa disso. A sua música fala por si. Além deste tema, recomendo ainda morena e maria. Aposto que quem ouvir estes três temas vai querer ouvir o álbum na sua totalidade.

nas costas dos outros vemos as nossas

Uma das piores coisas que as funcionárias de um café podem fazer é falar mal dos clientes, do patrão ou de outras colegas, no balcão do estabelecimento. Esquecem-se de que não estão numa pausa nem sozinhas e começam a falar alto sobre esta, aquele ou o outro, chegando a falar mal do cliente a uma curta distância do mesmo e perto de outros que nada têm a ver com a história. E, em alguns casos, ainda fazem caretas aos clientes. Como diz quem costuma tomar o pequeno-almoço comigo, “imagina o que dizem de nós quando saímos do balcão”.

27.5.14

verdade ou mito #61

Apesar de muitas pessoas usarem a dor de cabeça como desculpa para não fazer sexo, a realidade é que as relações sexuais curam as dores de cabeça. Isto será verdade? Porque está comprovado, por diversos estudos realizados ao longo dos anos, que o sexo realmente cura as dores de cabeça. Ou será mito? Porque é um absurdo acreditar que uma relação sexual possa acabar com a dor de cabeça dele, dela ou mesmo de ambos. Verdade ou mito?

e agora a verdade

Quem é que, ao longo da sua vida, sobretudo na infância e adolescência, não foi obrigado a ir a um estúdio do famoso senhor que estava sempre a dizer “olhó passarinho” para tirar uma foto que poderia figurar num dos três posts anteriores?

PS – Quem nunca tirou uma foto da qual se “envergonha” que atire a segunda pedra porque a primeira já todos atirámos.

acaba assim







continua assim








começa assim








querem ter o corpo tonificado? a solução está aqui

Costumam fazer-me diversas perguntas sobre o crossfit. O que é? Onde se faz? Que exercícios são feitos? Pessoalmente, o crossfit é a melhor descoberta que fiz em termos de treino físico. Trabalha-se tudo e sempre com intensidade máxima. Sendo que o grande aliciante é cada pessoa desafiar os seus limites, tentando fazer sempre mais e melhor. Outra das vantagens é que o treino é curto, o que faz com que seja ideal para quem não tem muito tempo para estar no ginásio.

Que tipo de exercícios faço é provavelmente a pergunta que mais ouço. Por isso, vou partilhar o último treino que fiz e que poderá servir de convite para quem ainda não experimentou os prazeres do crossfit.

1º exercício: Box Jumps x50
Colocar três steps em cima uns dos outros com o último na posição mais elevada. Saltos com ambos os pés a saírem do chão ao mesmo tempo. Acontecendo o mesmo no regresso ao solo.

2º exercício: Burpees x50
Corpo em posição vertical. Agachar e tocar com as mãos no chão. Esticar as pernas (as duas ao mesmo tempo) e ficar na posição de flexão. Tocar com o peito no chão. Levantar as mãos. Voltar a colocar as mãos no chão. Voltar à posição de agachamento com as duas pernas a subirem em simultâneo. E, por fim, saltar, sendo ideal ter uma elevação de cerca de 25 cms.

3º exercício: Deadlifts x50 (barra com 20 quilos)
Corpo na posição vertical. Agachar com a barra a tocar no solo. Subir, sempre com os braços esticados.

4º exercício: Push Press x50 (barra com 20 quilos) 
Corpo na posição vertical. Barra no peito. Elevar a barra, esticando os braços. Voltar ao peito. Voltar a elevar. E por aí fora.

5º exercício: Cleans x50 (barra com 20 quilos)
Corpo na posição vertical. Barra no chão. Elevar a barra até aos ombros, fazendo um ligeiro agachamento durante o movimento de elevação da barra. Voltar com a barra ao chão. Voltar a elevar.

O treino acaba quando as 250 repetições estiverem concluídas. O objectivo é que cada um faça o seu melhor tempo. Na última vez que efectuei este esquema consegui terminar em 19 minutos. Para algumas pessoas poderá parecer pouco tempo. Para mim, é “muito” pois ainda sinto necessidade de parar um pouco (os burpees são o meu terror. só de escrever o nome doeu). Quem não conhece o crossfit e olha para este WOD, poderá ficar com a ideia de que se trata de um inferno mas aposto que a maioria das pessoas acaba a querer fazer mais exercícios. É importante destacar a postura corporal que é de extrema importância em cada um dos exercícios.

Para quem quer tonificar e definir o corpo, tem no crossfit um dos melhores aliados possíveis. Por isso, se querem ficar com os corpos tonificados e definidos, entreguem-se ao crossfit.

look do dia

Luke Skywalker.

Um Look clássico e ao mesmo tempo eterno. E um Luke que, segundo dizem, fez delirar muitas mulheres, e não apenas as fãs de Star Wars, ao longo dos tempos. Confere? 

26.5.14

rw

Robbie Williams marca dois momentos da minha vida. Um bom e outro que nunca esquecerei. Começando pelas coisas boas, em 2003 assisti aquele que ainda é o melhor concerto que vi nos meus 33 anos de vida. E foi protagonizado por Robbie Williams no Pavilhão Atlântico. Por sua vez, o cantor está também associado ao acidente de viação mais aparatoso que tive. Num dia em que ia a ouvir o seu álbum ao vivo em Knebworth perdi o controlo do carro no Eixo Norte-Sul (provavelmente estaria óleo na estrada). Andei alguns metros a lutar com o carro. Perdi. Andei mais uns bons metros a fazer piões (são breves segundos mas parece uma eternidade em que dá para pensar em tudo) até que bati no separador central e fiquei parado no meio da estrada. No meio do azar tive a sorte de ninguém me bater porque uma carrinha parou para “proteger” o meu carro. Tremia por todos os lados mas felizmente o carro só necessitou de um parafuso de plástico. Nunca me esqueço disto porque é uma estrada onde passo diariamente e onde já vi muitos carros prontos para a sucata.

Ontem, ao ver o concerto de Robbie Williams recordei estes dois momentos. Revivi o espectáculo onde mostrou que existem poucos artistas como ele. Desde a abertura, com o inevitável Let me Entertain You até à rapariga que foi beijada em palco, passando ainda pelas palavras (em português) que tinha escritas em papéis que estavam em zonas distintas do palco e onde ele podia ler coisas como “mamas” e “rabo”. Recordei também o momento em que agradeceu o carinho e entusiasmo do público, fazendo questão de salientar que não dizia o mesmo em todos os concertos, dando o exemplo dos suecos, que considerava um público fraco. Por isso não me espantou que ontem dissesse que o som do Rock in Rio fosse uma “merda” porque estava a ouvir coisas a mais nos seus auriculares salientando que o público era muito bom. Isto é Robbie Williams.

Tal como é assumir que tinha problemas de álcool e drogas, sendo impossível ensaiar com os Take That sem beber uma garrafa de whisky. Dizer que não garantia que nunca tivesse uma experiência homossexual ao mesmo tempo que criticava os artistas homossexuais que fingem ser heterossexuais. Ou dizer que é uma estrela natural, tanto que quando abre a porta do frigorífico e se acende a luz, começa a cantar. E ainda confessar que quando conheceu David Beckham hesitou entre apertar-lhe a mão ou lamber-lhe a cara. Tudo isto é Robbie Williams no seu estado normal. Sem filtros criados a pensar na venda de mais alguns álbuns ou na marcação de mais meia dúzia de concertos.

Podia dizer que gosto de Robbie Williams pelo seu talento natural e único. Por ser um dos autores (o outro é Guy Chambers) de Angels, uma das melhores músicas de sempre e de tantos outros temas que ouço com frequência, como este. Podia dizer que sou fã da irreverência, do estilo e das dezenas de tatuagens. Não estaria a mentir. Mas aquilo que destaco é mesmo a total ausência de filtros. É aquilo que é, sem maquilhagem que tem este ou aquele objectivo escondido. Sem duas faces para ocasiões distintas. E isso faz falta em cima de um palco, num local de trabalho, no café da minha rua ou na paragem de autocarro. E é pena que esteja a cair em desuso.

quem me explica a utilidade disto #30 (especial praia para elas)

O tempo tem estado intermitente. Tanto está calor e um sol abrasador como aparecem nuvens, a temperatura arrefece e começa a chover. Mesmo assim, caminhamos a passos largos para os dias quentes em que só se está bem na praia e dentro de água. E é nesta altura em que as mulheres começam a renovar o stock de biquínis e fatos de banho que levam para a praia. Até hoje, pensava que já tinha visto de tudo. Até porque, na praia vê-se mesmo de tudo um pouco (e isto aplica-se a ambos os sexos). Mas a verdade é que, ao estilo dos vernizes, o mundo dos biquínis e fatos de banho não tem fim. Existe realmente tudo aquilo que se possa imaginar. Não existem limites.









Existem fatos de banho que, a troco de 62 euros, mostram o verdadeiro interior de uma mulher. Existem também modelos para aquelas mulheres que ficaram presas nos anos oitenta e que não conseguem viver sem o mítico Game Boy. Para isso, basta pagar 61 euros. Existe também um modelo para mulheres que vão para a praia na esperança de salvar Gotham City. Por 74 euros até têm direito a capa e máscara. Ainda nos anos oitenta, e mais uma vez apenas por 61 euros, é possível fazer com que as pessoas que estão na praia recordem o mítico tetris enquanto tentam encaixar as peças. As amantes do universo disney e dos filmes Spielberg também têm um modelo especial. A troco de 61 euros conseguem ostentar um tubarão que parece querer comer a indefesa sereia.  Quem só precisa da parte de cima e tem dificuldades em não ir ao fundo, pode adquirir um Beach Ball Bikini Top que custa somente 6,5 euros. As mulheres que vão para a praia e que se esquecem de carregar o telemóvel podem sempre optar pelo biquíni solar que resolve esse, e muitos outros problemas pois tem uma porta usb. Este modelo só é feito por encomenda e o custo pode oscilar entre os 367 e os 1100 euros.

Olhando para os modelos em questão, acho alguma piada ao Game Boy e ao tetris. Existem muitos adeptos dos anos oitenta e existem muitos homens que ficariam extremamente felizes por ver a mulher com um destes exemplares. Mesmo assim, acho que as primeiras seis opções são boas para quem quer ir a uma festa da espuma ou a uma sunset party. Sendo que, aposto que a mulher que vá a uma festa da espuma com um Beach Ball Bikini Top demora apenas uns breves segundos a perceber que foi uma má opção.  A última opção, não encontro utilidade para ela. Só mesmo um capricho de uma milionária que acha piada a gastar o dinheiro num modelo que serve para carregar o telemóvel na praia. Mas, posso estar a ver tudo mal. Por isso, quem me explica a utilidade destes modelos?

e tudo muda...

Num passado não muito distante vivi um susto com um problema de saúde do meu pai. Sobretudo quando soubemos que o risco de ser fatal era superior a 95%. Agora, ainda vivo um susto com um problema de saúde da minha mãe. Em comum, as situações têm o medo que causam. Os pensamentos que me fazem ter. As questões que me levam a colocar e para as quais não tenho resposta. Os pedidos que secretamente acabo por fazer. Entre tantas outras coisas.

A melhor maneira de descrever tudo isto é dizer que se trata de um turbilhão de sentimentos com aquilo a que chamo filtro da vida. É certo que o medo se destaca. Que me leva a tremer. Mas, o filtro é bastante importante. Porque esse filtro separa automaticamente aquilo que realmente interessa de tudo o que não passa de um acessório descartável.

Quem já passou pelo que passei e estou a passar, perceberá aquilo que pretendo explicar e que poderá ser complicado de perceber para algumas pessoas. Situações destas, que nos assustam, fazem com que aquilo que não tem importância se mantenha sempre assim. Percebe-se que o tempo é o bem mais precioso e valioso do mundo. E que não pode ser gasto naquilo que não merece. Que era o que acontecia antes do conhecimento deste filtro.

Acabam-se as discussões desnecessárias. Não se transformam gotas de água num oceano sem interesse. Não se dá valor a quem não o tem. Não se perde tempo com quem não o merece. Ignora-se tudo aquilo que existe apenas para ser ignorado. Por outro lado, valoriza-se o tempo que se tem. Vive-se com maior intensidade. Ama-se quem merece ser amado. Diz-se a essas mesmas pessoas aquilo que se sente. Brinda-se com quem nos faz feliz. Vive-se como sempre se deveria viver.

Não sei se é possível valorizar este filtro quando não se tem medo da eventualidade do tempo ser curto. Espero que existam pessoas que conseguem ter este tipo de comportamento sem a necessidade de viver um susto que tudo muda. Porque, de uma coisa estou certo, isto é viver. Saber separar as coisas é viver como a vida deve ser vivida. Dar importância ao que não tem é desperdiçar o bem mais valioso que temos e que podemos “controlar”.

ena, tantos!

Estou de volta! E nada melhor do que regressar, depois de alguns dias em que o blogue foi relegado para segundo plano por motivos de saúde, e reparar que somos mais de mil seguidores. Muito obrigado a todos! Agora, vamos retomar o ritmo de navegação.

23.5.14

isto dos hospitais públicos

Há quem fale mal dos hospitais públicos. Há quem fale mal dos médicos dos mesmos. Havendo também que critique os médicos estrangeiros que estão nos nossos hospitais. A minha mãe está a ser acompanhada num hospital público e por um médico estrangeiro, brasileiro neste caso. E melhor era impossível.

Este médico já esteve em mais de cinco países. E não poupa elogios ao nosso, no que à saúde diz respeito. Além disso, não deixa pessoas à porta do consultório. Tem tempo para todas as mulheres. Não acredita nos computadores. "A informação perde-se", diz, preferindo escrever à mão aquilo que importa para ser entregue pessoalmente e sem demoras.

Não tem receio dos administradores do hospital. "As pessoas têm de ser operadas com urgência. Não podem esperar meses", diz. E não faz serviços mínimos. Trata as doentes como vips. E passa estas informações às estagiárias que o acompanham. "Não juraram salvar vidas? É isso que fazemos", diz-lhes.

Uma nota importante. Este médico não conhecia a minha mãe. Não houve cunha nenhuma. Este médico faz isto a todas as mulheres que enfrentem a mesma batalha da minha mãe. Por isso, não há dinheiro nenhum no mundo que compre um médico melhor do que este. Nem que seja no melhor hospital privado do mundo. Poderá comprar um igual. Melhor, não compra.

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22.5.14

ufa!

No dia em que a minha mãe soube o que tinha, recebeu duas notícias. Uma má. A de que tinha algo grave. E a boa. Estava tudo controlado e sem risco de alastrar. Porém, era urgente operar, independentemente de ser uma situação controlada.

Foram dias de exames. E mais exames. E ainda mais exames. Ontem, o dia do internamento trouxe consigo mais exames que serviram para certificar que não existia mais nenhum problema. E não existia mesmo.

Hoje, foram horas de ansiedade enquanto a minha mãe estava no bloco operatório. As horas passavam, o coração apertava e não havia meio de o médico aparecer. Até que, há pouco, apareceu, de sorriso rasgado nos lábios. "Está tudo bem", disse, explicando o motivo da demora da operação. E acalmando o estado em que estava.

Quero agradecer os comentários que deixaram no blogue e os emails que me enviaram. Muito mas mesmo muito obrigado pelo apoio. Vocês são os maiores. Agora, é hora de celebrar a vida.

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21.5.14

em suspenso

Detesto hospitais. O ambiente é pesado. O ar quase irrespirável. E nem sei como reagir aos mais diferentes rostos que, na sua maioria, escondem dores, medos e também esperanças. Mas, aqui estou. E aqui estarei ao longo dos próximos dias para estar perto de uma das mulheres da minha vida.

É o primeiro internamento, sem contar com os dois partos, um deles para me trazer ao mundo. Existe medo em todos nós. Anestesia geral. Operação de algumas horas. E mais um passo numa batalha que se deseja curta. A única opção é estar aqui porque a cabeça nunca poderia estar noutro local.

Tenho medo mas sei que vai correr tudo bem. Quero levar-te para casa o mais depressa possível. Estou aqui. Por aqui irei continuar. Em suspenso. Com o coração a bater de forma esquisita. Mas sempre ao teu lado. Que o tempo passe depressa.

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20.5.14

verdade ou mito #60

O tamanho dos pés, das mãos ou mesmo do nariz é utilizado por algumas mulheres para imaginar (ou tentar adivinhar) o tamanho do pénis dos homens. Pés, mãos ou nariz grandes são, para essas pessoas, sinónimo de que o homem é bem dotado. Ao invés que pés, mãos ou nariz pequenos significam que tudo no corpo do homem é de reduzida dimensão. Isto será verdade? Será que tudo são extremidades do corpo masculino e que realmente existe uma correlação entre elas? Ou será mito? Porque não existe nenhum estudo que comprove uma ideia defendida por muitas mulheres. Verdade ou mito?

o tipo de homem que elas querem para amante

Indo directo ao assunto, as mulheres querem um desportista (idealmente famoso) para amante. De acordo com um questionário levado a cabo pelo site Victoria Milan (site de relacionamentos para pessoas comprometidas) mais de metade das mulheres inquiridas confessaram preferir ter um caso com um desportista famoso em detrimento de um homem talentoso mas modesto. Para elas, e de acordo com o referido site, os desportistas famosos apresentam-se como o “pacote completo”.

No que à atracção diz respeito, 39% das mulheres querem que eles tenham um corpo cuidado, composto e bronzeado. Em segundo lugar está o dinheiro, com várias mulheres a confessarem que procuram alguém com a carteira recheada. Segue-se a fama e, no quarto lugar, o sucesso. O cérebro parece não ser muito importante para elas pois apenas 8% das mulheres considera a inteligência um traço atractivo numa personalidade desportiva. Já agora, e ainda de acordo com elas, o surf é o desporto mais sensual. Seguem-se o futebol, natação, basebol, ténis, desporto motorizado, rugby, basquetebol e golf. Cabe ao atletismo fechar o top dez.

Sigurd Veda, CEO e fundador do site, defende que o questionário mostra que as mulheres acabam por se contentar com um homem normal e talentoso pois “apenas 7% das respondentes se encontram interessadas em ‘extras’, tais como grandes contas bancárias, aparecer em capas de revistas, carros luxuosos e roupas de marca. As verdadeiras mulheres procuram verdadeiros homens – no entanto, ter o físico de uma estrela desportiva irá aumentar significativamente as possibilidades dos cavalheiros que estejam à procura de alguém”, diz. Não deixa de ser curioso que 99% das mulheres inquiridas não se sentiam assustadas com a exposição de um caso com uma estrela desportiva, ao contrário do que aconteceria se o caso fosse com um “zé ninguém”.

Resumindo, ao que parece, ser um desportista famoso é meio caminho andado para conquistar uma mulher. Caso não exista fama, elas não dispensam um corpo cuidado, composto e bronzeado. Mesmo que não existam muitos extras e mesmo que o homem não seja muito inteligente. Confere?

não é hoje mas faz de conta. agora é só completar a frase

No trânsito matinal ouvi na rádio que hoje era o Dia Internacional da Felicidade. Fiquei com a ideia de que já se tinha celebrado esta data recentemente mas acreditei que a confusão era minha. Afinal, não estava equivocado pois o Dia da Felicidade celebrou-se a 20 de Março. Porém, a felicidade é como o Natal, é quando o Homem quiser. De acordo com o google, e na versão portuguesa, a felicidade é, entre outras coisas, o caminho. Ainda de acordo com o popular motor de busca, e agora na versão inglesa, a felicidade apenas é real quando partilhada. As opções são mais do que muitas. Por isso, a felicidade é...

paixão e razão numa luta desigual

O futebol é um dos poucos temas onde é raro a razão dominar a paixão. Quem gosta de futebol acaba por ter quase sempre o seu discurso baseado na paixão. Por exemplo, Paulo Bento divulgou a lista dos 23 jogadores que vão representar Portugal no Brasil. E as opiniões apaixonadas multiplicaram-se rapidamente. Existem adeptos do Benfica que entendem que André Gomes tinha de fazer parte dos eleitos. Existem adeptos do Porto indignados com a ausência de Quaresma. Tal como existem adeptos do Sporting que acham vergonhoso Adrien não constar na lista final.

Considero que as escolhas de Paulo Bento são coerentes com o seu trajecto enquanto seleccionador português. Por outras palavras, convocou os do costume. Sem que isto seja uma crítica. Paulo Bento decide apostar no seu grupo. Nos jogadores que dão tudo por ele. E é a escolha mais lógica pois não estamos a falar de uma competição que se arrasta durante quase um ano. É algo que dura, no máximo, apenas um mês. E que está prestes a começar.

É certo que muitas pessoas ficam indignadas por ficarem de fora jogadores que atravessam um bom momento de forma. Mas são jogadores sem rotinas de selecção. E que nada iam acrescentar num curto período de tempo em que as rotinas e o espírito de grupo são bastante importantes. Em relação a Quaresma, Paulo Bento, não sendo directo, foi bastante claro. Conta com aqueles que vão lá estar para ele quando as coisas correm mal. E sabe-se qual foi o motivo pelo qual Quaresma foi afastado das escolhas de Bento, um treinador que não têm perdoado indisciplina.

Em relação a Adrien, que me desculpem os meus amigos sportinguistas, mas não tem lugar nesta selecção. Vai tirar o lugar a quem? Moutinho? Meireles? Veloso? William Carvalho? Ruben Amorim? Adrien em nada é mais completo do que este leque de jogadores. Não acrescenta nada de novo. Acredito que poderá vir a ser importante, ficando com a vaga de Meireles que deverá ser o primeiro a abandonar o grupo. Com tempo, vão ser criadas as rotinas que lhe podem permitir acrescentar algo que hoje não acrescenta. A paixão leva-nos a ver um jogador como uma peça que se troca. A razão leva-nos a perceber o que implica uma mudança num grupo que tem pouco tempo para preparar uma competição importante.

Olhando apenas para os nomes finais, Paulo Bento fez aquilo que a esmagadora maioria dos seleccionadores fazem. Apostar nos seus jogadores. Naqueles que lutam por ele e que estão juntos há muito. Paulo Bento prefere essa aposta, mesmo apesar do momento de forma duvidoso de alguns jogadores que o treinador acredita ser possível recuperar. Depois, existe espaço para uma ou duas surpresas. Neste caso, calhou essa sorte a Rafa. E muito bem. É um jogador irreverente. Respira futebol, tem sede de vencer e foi sendo aposta de Bento até se lesionar na selecção. Num jogo morto, Rafa tem força e talento para acordar a equipa. E ainda vai dar muito que falar. Aliás, aposto que não começa a época em Braga. Resta saber se irá continuar a vestir de vermelho mas a Sul (espero que sim) ou se passa a jogar de azul.

Enquanto benfiquista poderia revoltar-me contra a ausência de André Gomes, um jogador que acaba a época num bom momento de forma. Acreditei que poderia ser a surpresa mas não fico indignado com a sua ausência. Quanto ao meu clube, constam na lista final os dois que lá merecem estar e que podem ser importantes. Acho o mesmo em relação ao Sporting e ao Porto. Esquecendo a paixão e deixando a razão falar, apoio as escolhas de Bento. Espero é que consigam recuperar os jogadores. A contratação do fisioterapeuta do Real Madrid dá sinais de que vão apostar forte na recuperação física. Agora, é contar o tempo para o início da competição. Força Portugal!

presos por arames

Paulo Bento divulgou a lista final dos 23 jogadores que vai levar ao Brasil. E praticamente não existem surpresas nos eleitos. Os guarda-redes são os mais consensuais. Na defesa não há novidade nenhuma. Os do costume e um polivalente André Almeida, num lugar que seria sempre seu ou de Sílvio, caso não se tivesse lesionado.

No meio campo acreditei que André Gomes seria o anunciado menos esperado. Não foi, ficando Rafa como cartada menos esperada. De resto, no meio, nada a assinalar.

No ataque, escolhas coerentes com o que têm sido as opções de Bento. Destaca-se, apesar de não ser algo que espante, a ausência de Quaresma. Prova que o seleccionador não confia em Quaresma nem acha que pode acrescentar algo de novo.

Analisando a lista, não fico surpreendido nem assustado com as escolhas. Aquilo que me deixa apreensivo é estarmos presos por arames. Cristiano Ronaldo tem tido problemas. Postiga não está bem fisicamente há muito. Rafa teve uma lesão grave. Éder também. Tal como Vieirinha. E o mesmo se aplica a Nani, que teve uma época muito problemática em termos físicos.

Vamos ver no que dá. São os homens da confiança do seleccionador. Se fisicamente estiverem bem, Portugal tem uma selecção bastante forte. E, pensando jogo a jogo podem fazer um brilharete no Brasil.

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19.5.14

globos de ouro em duas imagens

Depois de ter visto centenas de fotografias dos Globos de Ouro, escolho duas que espelham a elegância que deve pautar um evento destes. Jani Gabriel, uma das mais belas mulheres portuguesas, que nunca desilude, e Ricardo Pereira, um ícone da elegância no masculino.



quem me explica a utilidade disto #29

Não sou adepto de pensos para cobrir feridas. Só uso quando é mesmo indispensável, nos casos em que a ferida é numa zona demasiado exposta ou que corre o risco de se sujar com facilidade. De resto, faço parte do grupo de pessoas que preferem deixar as feridas cicatrizarem ao ar livre. Nas vezes em que tenho de recorrer a um penso opto sempre pela opção mais discreta possível. Não sou adepto de cores nem nada do género.

Mas, parece que faço parte de uma minoria. É que o mercado deste tipo de artigos está cada vez mais inovador e abrangente. Agora, e digo agora porque só hoje é que descobri estes exemplares, é possível cobrir a ferida com uma “tira de bacon”, uns “lábios pintados”, “cupcakes”, “pickles” ou mesmo “roupa interior masculina”. O preço de cada caixa, com quinze unidades, varia entre os 3,6 e os 5,27 euros. A este valor acrescem os portes de envio, excepto em compras superiores a 26 euros.






Desta selecção, imagino os pensos em forma de cupcake a fazerem as delícias das meninas. Agora, fatias de bacon, lábios pintados, pickles e roupa interior masculina não me parecem ser a primeira opção dos mais novos que têm todo o tipo de personagens disponíveis em pensos deste género. Por outro lado, se comercializam perfumes com aroma a bacon acredito que vendam este tipo de artigo a pensar nos adultos. Como não sou pai e como posso estar a ver isto de forma errada, quem me explica a utilidade disto?