29.4.14

viciado nisto

Existem aquelas pessoas que se viciam em telenovelas e séries de televisão. Não perdem um episódio e fazem os possíveis para estar em frente à televisão quando começa mais um episódio. Querem saber o que aconteceu ao personagem x, se vai haver romance, se haverá tragédia ou outra coisa qualquer. E, quando o episódio chega ao fim, ficam com vontade de ver mais. São aquilo a que se pode chamar de viciados.

Neste momento, faço parte do grupo de viciados. Mas, o meu vício não é uma telenovela nem uma série televisiva. Aquilo que me prende à televisão é o Lago dos Tubarões, que em Portugal é exibido na SIC Radical. Dou por mim a querer estar perto da televisão quando começa o primeiro programa,  acabando por assistir aos três episódios que o canal transmite diariamente. Gosto tanto do programa que sou capaz de ver episódios repetidos sem me fartar e com a sensação de que os estou a ver pela primeira vez.

Gosto do conceito de empreendedores que vão tentar vender parte da sua ideia, marca, produto a cinco empresários multimilionários que já estiveram naquela posição antes de chegarem ao topo. Aprendo com a forma como não se deve vender uma ideia. Aprendo igualmente com aquilo que é bem feito pelos empreendedores. Inspiro-me em algumas histórias/casos de sucesso e tomo atenção aos conselhos que são dados.

Por outro lado, delicio-me com a forma como os multimilionários (que compram aquilo que querem com o seu dinheiro) disputam os negócios mais desejados. Os argumentos, que vão desde a sua formação até ao facto de serem homens ou mulher, passando por muitas outras coisas. É engraçado ver a rivalidade saudável com que disputam ideias que entendem vir a render milhões. É o mundo dos negócios no seu melhor.

Uma das grandes lições que tenho aprendido com este programa é que não existem ideias parvas. Um jovem de nome Steve foi vender a sua ideia que é nada mais do que desenhar um gato a pedido dos clientes. Cada desenho custa menos de dez dólares. Steve apresentou a sua ideia com uma dança caricata. Acabou por atrair a atenção de Mark Cuban que já fez saber que é um dos negócios mais rentáveis que fez no programa. A ideia, absurda para muitas pessoas, actualmente rende milhões de dólares por ano e teve um investimento pequeno.

Este é o tipo de programa que aconselho a todas as pessoas. Sobretudo a quem tem muitas ideias mas que acaba por esconder as mesmas do mundo por achar que são ridículas ou que ninguém irá gostar delas. É certo que existem pessoas formatadas para a inveja e negatividade, que automaticamente vão dizer que a ideia é má, entre muitas outras coisas. Mas, se a ideia for realmente boa, alguém irá pegar nela. O que é preciso é coragem para arriscar.

36 comentários:

  1. Que engraçado Bruno, as minhas filhas são absolutamente fãs deste programa e ontem estive a ver com elas, adorei ! elas não perdem um ! bjs

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  2. Admito. Passo bons serões a ver isso, a achincalhar o Kevin, a rir-me com as loiras, a admirar o Cuban e as trapaças uns aos outros e a dizer I'm out.

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    1. Gosto especialmente quando todos querem comprar. São momentos muitos bons. É que apesar de ser um programa, é um negócio para eles, onde arriscam o seu dinheiro.

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  3. O Kevin O'Leary permite dar umas valentes gargalhadas :P

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    1. Também já apelidado de Undertaker e Voldemort! Se bem que Mr. Wonder é muito bom :P

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    2. Adoro as alcunhas que lhe deu e recordo o momento em que beijou a Barbara na boca para testarem um produto :)

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    1. Emocionei-me quando ele começou a chorar a contar a história de vida do pai e o emprego que mais o tinha marcado. Foi arrepiante.

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  5. vi umas vezes e achei piada ao conceito da coisa! e está lá um team!

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  6. Boa Escolha. Não acredito que seja um tipo de programa para um jovem da minha idade, mas o conceito é muito bom. Tem aparecido ideias muito interessantes, e nós próprios somos júris de bancada - falo por mim que, após a apresentação do projeto/ideia faço uma avaliação, ainda que abastrata, do projeto em termos de financiamento, público e negócio, e dou por mim a prever o investimento (ou não) dos Sharks.

    http://oburgues.blogspot.pt

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    1. Claro que é para a tua idade. É para todas as idades. Já lá foram três irmãs, de tenra idade, vender um negócio de milhões. Estavam acompanhadas pela mãe mas a empresa era delas.

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  7. Boas Bruno, já acompanho o teu blog há pouca mais de um mês, deparo-me contigo em várias maneiras de pensar e quando li isto, fiquei com um sorriso de orelha a orelha sabe-se lá porquê.
    Neste momento também é o meu maior vício, pelas razões referidas por ti.

    Abraço, continua!

    Rui

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  8. Já vejo a algum tempo com o meu irmão e damos por nos a discutir em qual dos negócio investiríamos.
    É viciante realmente : )

    Ana Lima

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  9. A minha mulher é que me meteu nesse "vicio" como lhe chamas....tento não perder nenhum!! Além de divertido penso que seja didático. Felicitações para o teu trabalho neste blog que acompanho já à algum tempo :) !!

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    1. Sou como tu. Acho que se pode aprender muito naquele programa. Obrigado pelas tuas palavras :)

      Abraço

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  10. Vi há dias, achei interessante, mas não sabia que passa diariamente.
    Vou espreitar.
    Boa noite.

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    1. São três episódios de seguida. Uma delícia para viciados como eu :)

      Boa tarde!

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  11. Eu não gosto de ver esse programa! Nos "bocadinhos" que vi, os concorrentes quase põem todas as esperanças da vida deles naquele momento. E vê-los fracassar e ficar tristes é ... muito triste de se ver. Não gostei!
    CL

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    1. Compreendo o que dizes mas há pessoas que vão muito mal preparadas. É preciso que os empreendedores tenham a noção de que vão mostrar a sua ideia a milhões de pessoas. Não só aqueles empresários como a outros. Há casos de pessoas que não venderam a ideia ali mas que tiveram sucesso fora do programa.

      E há quem desperdice isto com más apresentações. E acho que é mesmo um momento que poderá ser único na vida.

      Mas compreendo o teu ponto de vista.

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  12. Também gosto de ver e acabo sempre surpreendida e a pensar 'a sério que esta ideia rende milhões?'...é fantástico!

    Beijos/ A Mãe

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    1. Não há ideias parvas. Uma ideia, por mais estapafúrdia que pareça, pode sempre originar algo que vai render.

      beijos

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  13. Ontem, vi aquele jovem "sem abrigo" que queria lançar a sua dança (não vi o tipo de dança), mas não queria que fosse integrado na zumba.
    Bom, o que interessa aqui, foi a determinação de um dos negociadores (não sei o nome), que insistia em ajudá-lo no negócio. O jovem desistiu, era um projecto seu, não queria "misturas".
    E o negociador foi ter com ele, explicou-lhe, e à mulher, as capacidades de a sua dança ser reconhecido por 12 milhoes de pessoas.
    Gostei da determinação do negociador em não abandonar o negócio e fazer o jovem perceber que era uma otima oportunidade de ganhar dfinheiro.
    Até as lágrimas me caíram.
    Ah ! E vi a do desenho do gato. Fantástico.
    Beijinho

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    1. O que mais me tocou nesse caso foi o facto de ser filho do autor do dvd de fitness mais vendido de sempre. Ele não percebeu que não ia ser um produto zumba mas que ia aproveitar os 12 milhões de pessoas que têm acesso ao universo zumba.

      O Damon foi atrás dele (já tinha visto o Kevin fazer o mesmo) porque não se ia perdoar se não o fizesse. E lá fizeram o negócio.

      A ideia do gato é básica, simples e ao mesmo tempo genial.

      beijos

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    2. A série é muito repetida. Se viram recentemente esses episódios já os vi há meses. Mas ainda bem, porque estão sempre a passar as temporadas. Acho que um caso que me marcou foi o da tela para o nariz - para impedir alergias, para não se respirar pó ou impurezas. O homem que fez o pitching apresentou bem a ideia, mas nenhum dos investidores se entusiasmou pelo «autocolante nasal». Estavam todos a querer dizer "I'm out" porque achavam que ia ser dificil convencer o publico a usar aquilo esteticamente, porque se notava e ficava feio.

      Subitamente dá-se um frenético frenesim naquele tanque de tubarões, e todos os 4 querem o negócio. Bastou o homem falar que já tinha um contrato de milhões com países árabes.

      Infelizmente parece-me que o projecto não voou como poderia. Afinal, eu esperaria ver aquela ideia até nas prateleiras dos supermercados aqui de portugal! Tanta gente que sempre vem com a lenga-lenga que a chegada da primavera é horrível porque só espirram e são alérgicas... Com a poluição mundial a fazer cada vez mais estragos na saude, com tantos pais preocupados com filhos... o mercado para o produto parece-me gigante.

      Na net encontras com facilidade sites que indicam o que aconteceu depois com todas as ideias, as rejeitadas e as aproveitadas. Eu pesquisei cada caso e é interessante. Nem todas as ideias depois se concretizaram. Por exemplo, uma mulher que fazia arcas para brinquedos na garagem de casa e tinha tantas encomendas que nem ia conseguir dar vazão, acabou por fazer um acordo. Mas o investidor demorou a entrar em contacto com ela e esta estava cheia de urgência. Quando conseguiu agendar uma reunião (através da produção do programa) o investidor andou para trás, dizendo que achava que a ideia afinal não ia gerar os lucros que ele pretendia. Ela com a publicidade obtida e por ser empreendedora, depressa recebeu outros interessados. E fez ainda mais sucesso. Fui ao site onde ela vende essas arcas. Associou a ideia ao conceito de mobiliário amigo do ambiente.

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    3. Confesso que procuro as ideias de que gosto para ver como estão :)

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  14. Damon, sim.
    Eu não vi o início deste episódio do jovem.
    Beijinho

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  15. Costumo ver e vi esse pitching do desenho do gato.
    Somos um pouco culturalmente educados a não lutar muito por uma ideia e a nos conformarmos. A tristeza é essa. Por vezes é-se uma pessoa cheia de ideias - parvas, boas, estranhas e totalmente inovadoras que mais ninguém teve. E quando se partilha essas ideias com os nossos estes fazem escárnio e partem para a humilhação. Concordo que se deve manter a pessoa na realidade mas não dizer-lhe que não deve sequer ousar ter ideias!

    Passado um tempo vem alguém com algo igual ou alguém que ouviu a tua ideia, rouba-a e coloca-a em prática. Faz milhões. Só a pessoa que pensou nisso primeiro sabe o que isso é.

    O largo dos tubarões é também um bom exemplo do que faz um bom empreendedor. E por vezes percebe-se que os pais são mesmo a base do sucesso (ou do fracasso). Viste o episódio (eu também não daria nada pela ideia e quando apresentada já foi com sucesso) em que uma família com um casal de filhos menores foi pedir dinheiro para aumentar a produção de umas moedas que se podiam enfiar numa pulseira, trocar e fazer coleção? O paradeiro das mesmas era monitorizado por um site online. Que eles como família já tinham criado antes de irem ao show. Ou ainda outro caso em que umas crianças criaram bijuteria a partir de caricas de garrafas. Em ambos os casos, a meu ver, os pais é que foram os heróis, porque ao invés de dizerem às crianças que estudassem e parassem de ter ideias parvas, escutaram-as e INVESTIRAM. Acreditaram na ideia de criar bijuteria e pulseiras com moedas... Praticamente é dizer aos filhos que eles têm valor e que é bom ter ideias, lutar pela concretização delas e ser empreendedor.

    Sem os pais a acreditarem nos filhos ao ponto de investirem muito dinheiro, nada teria sido como foi. E isso é bonito de constatar. Julgo que é mais raro na nossa sociedade os pais aceitarem que filhos menores de idade não são crianças cujas ideias e vontades não têm relevância ou valor ou chances de dar certo. Portanto vão logo mandando abaixo. Baixando as expectativas. Cortanto as ambições. Impedindo os sonhos.

    É bom ter exemplos praticos que mostram que o correto é exatamente o contrário. Apoiar os sonhos dos filhos. Ou será que pensam que o Ronaldo ia ser o Ronaldo se a mãe o tivesse mantido em casa, porque «não ia adiantar nada» ele ter sonhos de ser o melhor jogador de futebol do mundo, já que a família era pobre e não tinha condições financeiras ou conhecimentos para o proporcionar? Que devia contentar-se com a vida onde nasceu e depois arranjar um emprego qualquer para ganhar uns trocados? Quem segue sonhos precisa de alguém que dê apoio não de alguém que apareça com um bulldozer para arrasar com tudo.




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    1. Concordo contigo. Os pais são mesmo muito importantes. Mas têm de ser realistas com os filhos.

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  16. Não vejo com regularidade, mas quando calha apanhar na tv também fico à vontade a ver uns quantos episódios seguidos. E é um programa que considero até educativo!

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