11.9.13

nudez nos dias que correm

Em tempos, a nudez era um tema sobre o qual poucos ousavam falar. Sobretudo quando a temática era, por exemplo, a nudez de alguém que nos é muito próximo. Por exemplo, quando uma foto pessoal de alguém nu ia parar às mãos erradas, acabando por ser divulgada, era um escândalo. Sobre o qual as pessoas falavam dias e dias e mais dias. Quem ousava tirar fotos do género era visto como um diabo que não merecia o ar que respirava.

Os anos foram passando. E as coisas foram mudando. Começaram a surgir fotos, sobretudo de mulheres, onde alguém aparecia nu. Das pessoas famosas rapidamente se passou aos anónimos. À vizinha do lado. À colega da empresa e por aí fora. Com isto, chegaram as famosas sex tapes que ajudaram a promover muitas pessoas. Como é o caso de Kim Kardashian, para dar apenas um exemplo. Lembro-me de andar no secundário quando alguém arranjou o dvd da sex tape de Pamela Anderson. Na época foi um grande escândalo. E as cópias do dvd eram passadas de rapaz para rapaz como se fosse uma enorme quantidade de droga que estava a ser traficada. Por outro lado, era algo que animava os mais novos. Ver uma celebridade num registo fora do normal.

Os tempos continuaram a passar. E as sex tapes multiplicaram-se à velocidade da luz. Actrizes, actores, manequins, políticos e por aí fora. Em todas as áreas existem dezenas de vídeos (e também fotos) do género. As novas tecnologias trouxeram máquinas fotográficas cada vez melhores. As fotos sem roupa começaram a estar em todos os telemóveis. Com as pessoas a enviarem essas mesmas imagens às pessoas de quem gostam (ou a outras por lapso que não pode ser corrigido) e com quem gostam de viver este tipo de aventuras. Volta e meia desaparece um telemóvel. E o(a) dono(a) fica preocupado(a) com medo do que possa ser revelado.

Até que chegámos a um ponto que ver alguém sem roupa é a mesma coisa que ver alguém tapado até às orelhas. “Estão a ser divulgadas fotos da Scarlett Johansson nua!”, é o que alguém diz. Porém, este tipo de declarações já não espantam ninguém. E passados poucos minutos deixam de ser faladas. Caminhamos para um ponto onde o anormal é que alguém consiga ocultar a sua nudez de um vasto número de pessoas. Não sei se é um sinal dos tempos em que vivemos mas continuo a achar que é muito melhor fantasiar com certas coisas.

14 comentários:

  1. eu cá nua em publico? Nem pensar :s corpinho é só para "eu" ver xD

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  2. tens toda a razão. tornou-se banal ver as pessoas despidas ou semi despidas, culpa em parte da moda de roupas reduzidas e imprensa que promovem essa maneira de pensar. hoje a juventude anda toda assim, enquanto que há uns anos miudas de 15 anos andavam controladas pelos pais, hoje so nao saem mais nuas porque nao podem. enfim, é a força dos tempo e quem quer viver neste planeta é forçado a adaptar-se

    http://ocarteiravazia.blogspot.pt /

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    1. Chegou a um ponto que ninguém se espanta com nada que envolva nudez.

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  3. Qual a graça de não deixar nada à imaginação?

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    1. A graça é a de saber deixar muito à imaginação mesmo quando não se tem nada a tapar. Isso é arte!

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    2. Concordo com os dois. Gostei muito dessa frase Rui.

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  4. O meu telemóvel não tem fotos, e como nem é 'esperto', nem os 'mitras' o querem roubar! :-)

    Eu não sou rapaz e a o dvd da sex tape da Pamela Anderson chegou até mim! Mas achei a interpretação fraca e os diálogos pobres "oh babe, babe..." :-)

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    1. Aquela foi a primeira das famosas sex tapes. Hoje em dia, as sex tapes já são produzidas com qualidade a pensar na promoção dos intervenientes :)

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  5. Há quem diga que as coisas tapadas têm mais charme porque deixam mais para a imaginação. Eu digo que depende da pessoa em si e não da quantidade de roupa que tem.
    Mas, realmente, constataste um facto que me deixou nostálgico: aquele tráfico de imagens entre rapazes da escola. Melhor ainda saber que aquela miúda tinha enviado uma foto despida a um gajo... gajo esse que toda a gente sabia quem era, mas que ainda ninguém tinha conseguido sacar "informações".

    Bons tempos...

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    1. E quando alguém arranjava uma revista? Era a loucura! (salvo seja!)

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    2. Que belas memórias. Havia sempre o "dealer" que tinhas as playboys e afins :)

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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