12.8.13

protagonista ou figurante no filme da vida?

Há um tema que debato com alguma frequência com pessoas que me são próximas. Falo do facto – que me recuso a aceitar – de pessoas que aceitam ser figurantes na sua própria vida. Pessoas que não têm qualquer problema em entregar o protagonismo da sua existência a terceiros. Pessoas que não se importam de ser uma simples e modesta sombra quando deveriam ser o maior holofote que ilumina o percurso que escolhem.

Na minha vida há um protagonista: eu! A história é minha. O argumento é meu. Tal como a edição. Sou eu que escolho as cenas cortadas. Os melhores e os piores momentos. E ainda a banda sonora. Para o bem e para o mal, o protagonismo é todo meu. Ao escrever a história da minha vida não aceito dar a caneta a outra pessoa. Isso seria ser figurante no “filme” para o qual fui naturalmente eleito protagonista.


Este modo de pensar não retira a mínima importância às pessoas que partilham a minha vida. Cada uma delas tem a sua importância. Que cresce consoante a história de vida de cada um. Dos caminhos trilhados. E de muitas outras experiências. Mas nada disto me dá o direito de ser protagonista na vida dessas pessoas. Tal como o inverso. Se há coisa de que não abdico é do protagonismo da minha vida. Esse será sempre meu. O único lugar que irei ocupar é o de número um.

32 comentários:

  1. Gostei muito do texto. Há pessoas que se limitam a fazer o que os outros fazem, sem opinião formada. Que seguem as regras da sociedade sem se perguntarem se está certo. Que fazem o que milhões de outras pessoas fazem sem qualquer originalidade.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas muitas dessas pessoas são livres e como tal protagonistas. Apenas não sabem ser individuos de pensamento próprio e vivem do dos outros.

      Eliminar
    2. Acho que é uma questão de escolha de cada um. Há quem não saiba ser número um na sua vida.

      Eliminar
  2. ...o problema hoje em dia é que há muitas pessoas a quererem ser protagonistas de uma vida que não é delas..e então invadem sem qualquer pré-aviso...

    ResponderEliminar
  3. É isso mesmo!
    Se há coisa que eu não gosto é de me ver arrastado para situações em que eu sou o protagonista na vida de alguém.
    Tento evitar isso!

    Abraço

    ResponderEliminar
  4. Mais um excelente texto Bruninho, já tinha saudades de te ler assim. Concordo com tudo. Espero que o Realizador me deixe levar o argumento até ao fim como eu o imaginei, Ele de vez em quando introduz uns reveses na história e às vezes é difícil retomar os comandos da mesma, mas tenho feito o melhor que posso e continuo a acreditar num final feliz:))))


    jinhosssssdss

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado Suricate :)

      Aposto que o teu filme vai ser um hit de bilheteira :)

      beijos

      Eliminar
  5. Concordo contigo. Cada um tem mesmo que ser protagonista da sua própria vida. :)
    www.letirose.com

    ResponderEliminar
  6. Fui educada para ser figurante. Era protagonista e de top mas passei a figurante após a clausura a pão e água!

    ResponderEliminar
  7. Gostei do texto Parabéns. Cada um tem mesmo de ser protagonista da sua própria história só assim faz sentido existir. Sombras , escurecem ,têm dimensões indefinidas e tiram carácter ao "Ser".:)

    ResponderEliminar
  8. Mainada!
    É isso mesmo Homem Sem Blogue!

    ResponderEliminar
  9. O problema é que há quem nasça para querer conduzir e quem nasça com tendência a gostar de ser conduzido. E quando estes dois universos se juntam...o resultado tende a não ser positivo, pelo menos a longo prazo. E a vida, é coisa para ser normalmente de longo prazo...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Apenas quatro linhas e uma mensagem tão importante que o teu comentário passa.

      Eliminar
  10. Prefiro que me trates por tu, pode ser?

    Acho que muitas pessoas têm medo da única liderança que não deveriam temer.

    ResponderEliminar
  11. Concordo a 200%.
    Tal como digo no meu perfil blogger: " Um observador atento da vida, um espectador das vivências alheias e um participante activo nas que me sobram."

    ResponderEliminar
  12. Bom, os protagonistas somos - ou devemos ser -sempre nós, sem dúvida. O guião, para o bem e para o mal é uma co-autoria complexa: os outros, os acasos, os imponderáveis, os destinos já traçados mas ainda por saber, tanta coisa. Agora: mesmo não controlando tudo o que acontece, podemos controlar, ou tentar, a forma como reagimos, como agimos.
    Sofia

    ResponderEliminar