365 + 1

O blogue celebra hoje um ano e um dia de vida. É certo que podia ter festejado ontem. É um facto que podia ter celebrado o ano. Mas acho que os festejos não têm hora nem data marcada. Acontecem quando nós queremos. Como tal, hoje é o dia 365 + 1.

Este ano (mais um dia) passou a correr. Parece que foi ontem que decidi dedicar-me a uma escrita totalmente dominada por mim. Estou a recuar no tempo e a imaginar-me a criar aquilo a que posso chamar o meu jornal. E a assumir o papel de chefe de redacção, editor, revisor, jornalista e paginador.

Se me dissessem, no final do dia 10 de Abril de 2012, que passados doze meses teria mais de 576 mil visualizações e mais de 650 seguidores, simplesmente iria atirar-me para o chão enquanto rebolava a rir. E a verdade é que continuo sem conseguir perceber o porquê deste crescimento.

E mesmo que conseguisse perceber, iria continuar a sentir o mesmo que sentia naquele dia. Que sou um pequeno grão insignificante neste gigantesco mundo chamado blogosfera. É verdade que o grão está um pouco maior mas o aumento não me deixou em bicos de pés. Não me deixou com o peito para fora. E muito menos empinou o meu nariz. Continuo a ser o mesmo rapaz daquele dia. Com as mesmas qualidades. E com os mesmos defeitos. E esta minha essência é algo que nunca irá mudar.

Quero agradecer a quem por aqui passa todos os dias. A quem vem cá ocasionalmente. A quem faz questão de deixar uma marca diária e única. A quem prefere comentar de vez em quando ou aos muitos que apenas gostam de ler sem que a sua presença seja notada de outra forma que não seja através de um número e de uma visualização. Obrigado pelo que me ensinaram. Pelas críticas que me ajudaram a ser melhor. E pelo apoio que me deram nos momentos em que estou mais em baixo e que acabo por me refugiar aqui para desabafar com quem passa por cá.

Confesso que não consigo perspectivar o futuro do blogue. Não sei como será. Nem quanto tempo irá durar. Nem se algum dia irei sentir que nada mais tenho a escrever. Aquilo que sei, é que se acabasse hoje, poderia dizer com orgulho que estava feliz com os últimos meses da minha vida. Que tinham sido uma lição de vida, uma comédia bastante divertida, um confessionário e em alguns casos, um banho de humildade e um soco no estômago. E viver isto é algo que nunca poderei retribuir porque é daquelas coisas que o dinheiro não paga.

De uma coisa estou certo, por mais complicado que possa ser o dia de hoje, irei estar sempre a sorrir e com o modo festa ligado. Não sou de pedir prendas mas se pudesse pedir uma seria que continuassem a fazer com que me sinta útil quando escrevo pois essa sensação é extraordinária. Se pudesse pedir duas, que o Benfica ganhe mais logo.