1.3.13

elogio ao falhanço


Ao final do dia, quando estou preso no trânsito gosto de ouvir a Prova Oral, do Fernando Alvim. Considero ser um programa único na rádio portuguesa que consegue abordar diversos temas sérios de uma forma ligeira. Ontem fez-se um elogio ao falhanço, que me agradou bastante. O mote para a hora de conversa foi o World Failurists Congress, que vai decorrer no dia 2 de Março, em Cascais.

Neste evento irá falar-se de falhanços. Os oradores convidados vão abordar os seus falhanços profissionais. E esta ideia é, do meu ponto de vista, brilhante porque nos dias que correm só se vendem receitas para o sucesso. Do estilo, seja feliz em cinco etapas, faça o primeiro milhão em três dias, encontre a sua alma gémea em segundos ou seja promovido em menos de um mês. Porém, todos escondem os falhanços. E será que isso é necessário?

Pessoalmente, não tenho vergonha dos erros/falhanços que cometi na minha vida pessoal e profissional. Porque, para mim, falhar é procurar o sucesso. Falhar é evoluir. Falhar é tentar ser melhor ou tentar fazer melhor. Tal como considero ser extremamente importante aprender com os erros cometidos.

"Falhei porque tentei e falhei porque quis ser bem sucedido", é algo que aplico a todas as áreas da minha vida. E gosto de falar desses erros com quem me é próximo, de forma a perceber ainda melhor aquilo que falhou e ainda para que possa ser um exemplo (a seguir ou a evitar) para alguém. E que ninguém duvide que todas as histórias de sucesso (profissionais ou pessoais) têm erros. Umas são originadas por falhanços. Outras vivem-nos a meio do percurso ou quase no seu início. Mas é certo que os falhanços fazem parte das nossas vidas. Falar deles, e acima de tudo reconhece-los não é vergonha ou fraqueza. É sinal de maturidade.

26 comentários:

  1. Com o tempo, descobri que é na tristeza que crescemos e não na alegria!
    acho que disse tudo. :)

    ResponderEliminar
  2. também ouço à imensos anos e é um grande programa e ontem ouvi só um pouco, mas penso ter ouvido o fundamental.

    ResponderEliminar
  3. Acima de tudo é com os falhanços que se aprende! Não a não falhar (porque isso acaba por fazer parte), mas a superar e a ultrapassar as quedas! ;)

    ResponderEliminar
  4. Como citei há dias "aprendi muito com os meus erros, estou a pensar cometer mais alguns". Claro que é melhor aprender com o que correu bem, mas por vezes as bofetadas do universo e as cabeçadas que damos são MUITO eloquentes. E sem as reconhecermos como lições, nunca evoluímos...

    ResponderEliminar
  5. Quando caímos temos que aprender a levantar...
    Com o errar e o falhar, temos que aprender e ultrapassar...

    Acho que é isto que nos ensina a crescer...

    Bj

    ResponderEliminar
  6. E melhor eu não diria :) Tudo faz parte da vida...porque nem sempre as escolhas que realizamos são as mais acertadas, mas são escolhas nossas que nos ensinam e nos definem no nosso percurso de vida!

    ResponderEliminar
  7. Sempre ouvi dizer que é com os erros que aprendemos!

    ResponderEliminar
  8. Sou perfeccionista, por isso fico fula quando falho. Mas sei que é com estes pequenos percalços que aprendo. Não só com a falha, mas com o novo caminho que tenho de seguir para não voltar a falhar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Também detesto falhar mas com o passar dos anos percebi que o melhor é aprender com os erros em vez de me culpar de tudo.

      Eliminar
  9. Só quem arrisca falha, só quem falha aprende algo para o futuro. Além disso, deve falhar- se desde criança, para dar "calo" e aprender a lidar com a frustração.

    ResponderEliminar
  10. blog do desabafo!! já achei mais piada... no início comia o blog. agora já nem tanto. não sei porque... às vezes a escrita é tão... tão cliché... porque as teses que defendes são teses cujos argumentos são sem sal... não sei... e critico sem que te possa dar ideia para fazer melhor. erro também por isso... mas nota-se que tens bom coração :)

    P.s. as vezes podias fazer mais uso da imagem...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não pretendo que seja um blogue do desabafo. Se assim fosse teria optado por um nome desses. Neste espaço escrevo sobre tudo e sobre nada. Escrevo sobre o que vivo e sobre aquilo que ouço como é o caso deste tema que me captou a atenção ontem.

      Compreendo que estejas a querer criticar, o que aceito de forma natural. Mas não percebo o que tem um "cliché" em comum com uma "tese sem sal."

      Quanto à imagem. Este é um blogue de palavras ocasionalmente pintado com imagens. E pretendo que assim continue a ser.

      Obrigado pelo teu comentário. E aparece sempre que gostares e quando entenderes que a falta de sal e os clichés não estão por cá.

      Eliminar
  11. É uma grande verdade, é com os erros que aprendemos e crescemos. Não conhecia esse conceito de congresso, mas parece-me interessante.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O congresso deve ser muito giro. Se não estivesse a trabalhar ia lá.

      Eliminar
  12. Que atire a primeira pedra quem nunca errou/falhou. O que não vale é cometer os mesmos erros/falhanços. E esse tipo de congressos é louvável. Ensina, Evita e Educa.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A primeira não. A segunda que já toda a gente atirou a primeira :)

      Eliminar