2.11.12

solidão

Aquilo de que tenho mais medo na vida é a morte. A minha, e sobretudo a de quem me rodeia. Assusta-me muito a possibilidade da morte precoce. Daí que não lide bem com notícias de jovens (familiares, amigos, conhecidos ou anónimos) que perderam a vida. A primeira ideia que me ocorre é: ainda tinham tanto para fazer. Tinham uma vida inteira pela frente. Por outro lado, aceito perfeitamente que esta ideia seja partilhada por uma pessoa de 70 anos em relação a si mesma. E isto leva-me a uma questão: será que se pode dizer “já fiz tudo. Agora posso morrer?” Não acredito. Pelo menos não me imagino a proferir tais palavras.

Além do pavor causado pela morte. Assusta-me a velhice e solidão que pode vir com o passar dos anos. Não tenho medo do avançar da idade. Tanto que gosto mais dos trinta anos do que dos vinte. O que me assusta é a solidão. Na quarta-feira passei várias horas num hospital e custou-me ver os idosos que passam largas horas sozinhos numa sala de espera. Chegam sem companhia. Muitos mal conseguem andar e têm quase todos em comum o olhar triste e vazio.

É possível que isto seja uma consequência natural do motivo que os levou ao hospital mas, dou por mim a pensar nos motivos que levam um idoso a deslocar-se sozinho ao hospital. Não terá família? Terá mau feitio? Afastou a família? Foi abandonado e esquecido pelos familiares? Nessa altura, lembro-me das notícias do falecimento de velhotes que só são encontrados mortos, no interior das suas casas, semanas após a morte, porque ninguém sentiu a sua ausência. Isto entristece-me e assusta-me. Muito! A solidão, naquela idade, deve ser a pior coisa do mundo.

39 comentários:

  1. Acho que todos nós, de uma forma ou de outra, tememos esse momento.

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  2. O tema morte ainda é tabu e dificil de ser discutido entre os humanos. Julgo que deviamos ser preparados para tal circunstância, porque ela faz parte da vida, mas preferimos não enfrentar o assunto.

    A solidão é uma coisa diferente e muitas vezes acontece por egoísmo do ser humano. Muitos desses idosos que viste no hospital até terão familia, mas não querem incomodar ou a mesma não lhes liga nenhuma.

    São dois temas cuja realidade é dificil encarar, sim.

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    1. Costumo pensar nisso que dizes. É algo em que penso bastante!

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  3. Eu acredito que a solidão e o isolamento são as piores coisas do mundo em qualquer idade.As crianças são descomplicadas mas os idosos podem ser conflituosos ou orgulhosos e torna-se mais difícil estar presente nas suas vidas. Por outro lado, também existem aqueles filhos adultos que pouco ou nada querem saber dos seus pais... Egocentrismos

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  4. Lido com a morte desde bem cedo (não direi desde tenra idade, porque tal seria um exagero), é parte da minha vida desde que, aos nove anos, o meu pai partiu de repente, com somente 42 anos de idade. Seguiram-se-lhe a minha avó materna (a única que conheci e que me criou até aos seis anos), a minha mãe (com 51 anos, a uma semana do meu 23.º aniversário) e o meu avô materno (também o único que conheci e que, desde os meus nove anos, foi também o meu pai). Restei eu (os meus pais não tinham irmãos e eu também fui filha única). Fácil? Nunca foi e ainda não é. Além deles, já me despedi de muita gente que trago sempre no meu coração, como a minha tia emprestada (irmã da minha madrinha de baptismo) a quem disse adeus em Julho último (nos seus últimos 12 dias, ia todos os dias ao hospital dar-lhe o almoço e o jantar e, no dia, já não regressei ao trabalho para não a deixar nem a ela, nem ao marido e à irmã sozinhos e, acima de tudo, porque ela era uma das minhas pessoas). Também já me despedi de um filho que não chegou a nascer, mas que viveu e vive em mim (apesar de passados oito anos e de muito ter mudado na minha vida desde então) e... Sabes? Já me assustou mais a ideia da morte. Não quer dizer que não a tema (depois do que já vi e vivi, o sofrimento é das coisas que mais me impressiona e assusta), mas sei que é algo que faz parte da vida e é esse entendimento que me concede alguma serenidade. Mais do que a minha morte, assusta-me muito mais perder quem amo (as minhas pessoas e os meus quatro patas). Quanto à solidão... é uma realidade triste, mas também muito pouco fácil de lidar. A vida (e a minha avó a quem chamava "mamã" e faria hoje 93 anos) ensinou-me a "viver um dia de cada vez", não deixando que os medos me tolham nem consumam e que, tal como aqui fizeste, falar do que nos preocupa/assusta é sempre uma boa opção :). Como ela dizia "quando um bebé nasce, toda a gente ri e fica feliz, esquecendo-se que a partir daquele momento só uma coisa que, de facto, tem por certa, que é a morte". Não o dizia como velha agoirenta (que nunca foi), antes no sentido de quem tinha plena consciência de que a morte é parte integrante do ciclo da vida e deve ser vista como tal. Era uma grande Senhora, a minha Mamã. Enfim... Já estou a divagar. Bjs e boa sexta-feira/bom fim-de-semana (e desculpa o "testamento"!).

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    1. Obrigado pelo teu texto. Que bela partilha. Fiquei emocionado, mesmo.

      Obrigado.

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  5. Muitos desses idosos são esquecidos pela família, outros tem os familiares no estrangeiros ou então nem sequer tem familiares!
    Qualquer ser humano tem medo da solidão, estar só é o mesmo que dizer que não deixamos o nosso legado, que depois de nós não haverá ninguém que transporte um pedaço de nós.
    Quando o meu avô paterno adoeceu, se não fosse eu e os meus pais, o meu avô teria morrido sozinho. Morreu cego, sem ouvir, sem falar, causa de um cancro dos intestinos que se alastrou ao resto do corpo. O outro filho do meu avô estava mais preocupado com a conta bancária do que com o estado de saúde do pai... por algum motivo lhe dava papa e sumo a todas as refeições. Creio que o meu avô no leito da doença percebeu quem era aquele filho e espero que o tenha perdoado... tal como nós perdoamos todas as vezes que o meu avô tomava partido desse mesmo filho em detrimento do meu pai.

    A sociedade em que vivemos está cada vez desenraizada, a família já não é como foi outrora o núcleo central, a base de recolhimento de qualquer ser humano. Enfim, infelizmente os números das estatísticas falam por si...

    Beijo

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    1. O teu final diz muito. As famílias já não são o que eram, infelizmente.

      beijo

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  6. Acho que a morte só assusta quem não vive como gostaria de viver...mas o que assusta mesmo, será a solidão!! Chegar ao fim da vida só deve ser a coisa mais triste que se pode ter!

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    1. É uma forma de pensar. Acho que saber viver e gostar de viver não invalida que se tema a morte. Mas percebo o que dizes.

      Quanto à solidão, deve ser mesmo o pior!

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  7. Partilho do teu receio. Acho que a solidão é a pior coisa do mundo, especialmente para uma pessoa que já fez tanto na vida e quase no fim desta tem de a encarar sozinho.
    Custa-me muito quando os filhos não tomam conta dos pais, e não querem saber.

    Eu se ficar sozinha, espero ou morrer cedo ou ter dinheiro para me enfiar num lar, para ter sempre companhia...

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    1. Nem sei se um lar é a melhor opção. Alguns têm ambientes muito pesados.

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  8. acho que tenho mais medo da morte dos meus do que da minha, porque mesmo tendo medo de uma morte lenta e dolorosa acho que é mais doloroso perder alguém que me faz viver.

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  9. Gosto e tenho necessidade de estar só, o que não me impede de temer a solidão.
    Não consigo aceitar a morte dos que me são próximos é o meu grande medo perder os que amo.
    Convivo bem com a ideia que vou morrer um dia, o que me preocupa é como vivo, tenho muito medo de sofrer.
    Sou a favor da eutanásia (para mim) mas sei que sou egoísta demais para conceber que quem amo o faça.

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  10. Dois assuntos muito complicados par mim, confesso! Na minha opinião a morte de uma pessoa seja em que idade for, quando me são próximas custa-me muito e agora já sei porque acontece isso, e as coisas começam a mudar pois estou a receber acompanhamento que me permitiu fazer algo que há 15 anos atrás não aquando da morte do meu pai, o Luto!
    Nunca aceitei o facto de me ter deixado apenas com oito anos e o que pensei que estava tudo bem resolvido, na realidade estava um caos...
    Isso levou-me a encarar a morte sempre com imensa confusão e desordem emocional.
    Depois do meu pai, fiquei sem a minha avó e sem uma bisavó de quem gostava imenso e também me custou ultrapassar, pessoas já com uma certa idade, mas são minha e dói muito não tê-las comigo.
    Com ajuda psicológica e algumas terapias alternativas têm ajudado, mas nunca irei aceitar o facto de ter perdido a pessoa que mais gostava apenas com oito anos, hoje com 24 acho que nunca deixei a menina que era quando isso aconteceu, talvez na esperança que ele volte. Parece estranho, pois sei que ele não voltará, mas é algo a que me prendi... hoje sei que ele é a minha estrela e que está sempre comigo, mas as saudades são mais que muitas e isso tem-me custado imenso ultrapassar.
    Por causa da morte precoce do meu pai (que tinha apenas 34 anos) a morte passou a ser um tabu na minha vida e especificamente a morte dele ficou tabu na minha família, o que também justifica o facto de a morte para mim ser um assunto muito frágil e doloroso! :(
    Quanto à solidão é outra fragilidade, é algo que me deixa bastante triste. Já passei por isso, já me senti sozinha, sem ninguém, e isso foi das piores coisas que vivi, por isso quando as coisas melhoraram comecei a lutar num outro senti e a dar sentido à minha vida, pois se me falta a minha mãe volto a cair no mesmo e não quero, por isso comecei a "trabalhar" no sentido de viver, a aproveitar os bons momentos e a preservar os amigos e pessoas de quem gosto, hoje sinto-me melhor e não quero voltar a estar como já estive. O facto de pensar que posso voltar ao mesmo mete-me muito medo... mas não sabemos o dia de amanhã, por isso temos de plantar em bom solo para depois também colhermos bons frutos.
    Se há imagem que me parte o coração é o olhar triste e solitário de um idoso, e já tenho trabalhado com idosos e é nestas alturas que as emoções me tomam e me faz questionar se conseguirei ser boa profissional...
    Faço tudo para que os meus avós e a minha mãe nunca digam que eu os abandonei. São a minha vida e não os vou entregar à solidão!
    São dois temas que mexem realmente com as minhas emoções, mas é sempre bom partilhar as angústias que temos...

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    1. Obrigado pelo teu testemunho! Nem sei que dizer. É muito emocionante...

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    2. Eu é que agradeço os temas que aqui apresentas, neste caso é um tema sensível, mas também faz bem escrever aquilo que sentimos, por algum tempo parece que alivia um bocadinho da dor que traga comigo...
      Obrigada!

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    3. Obrigado Lagoa Azul. Escrever o que sentimos é uma espécie de terapia.

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  11. Não tenho medo nenhum da morte... falo várias x sobre isso pq tenho é medo de sofrer! Sou daquelas que tem consulta marcada para perguntar quais os procedimentos para fazer aquele testamento que diz quais as nossas decisões sobre o q fazer em caso de coma etc.
    Acho também q a vida é para ser vivida e a morte "festejada"! Ñ quero q me lembrem num caixão! Quero que festejem o quanto fui feliz! Quero q festejem o quanto ri!
    <3
    Quanto às pessoas mais velhas que são sozinhas isso é mt relativo e tem mt a ver com a personalidade da pessoa! Ainda ontem levei a minha vizinha de 84 anos, e vive sozinha, ao cemitério para que ela pudesse pôr flores na família toda q já morreu...

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  12. Dois temas com muito para dizer e muito sensíveis para mim neste momento: a morte e a solidão. Sabes não me assusta a morte, mas sim o sofrimento e esse pode acontecer em qualquer idade. Estou a passar por uma situação de assistir ao sofrimento de alguém que amo mas que já não reconheço, aquele homem que tudo sabia e tudo fazia e que não reconhecia a velhice ainda há pouco tempo - o meu pai. Claro que acompanho e acompanharei até ao fim e até que as forças me faltem,mas é triste muito triste ver a degradação do ser humano sem esperança, quer seja por velhice, quer seja por doença terminal ou um acidente incapacitante. Sinceramente tenho descendente e o que mais temo é pensar que ele um dia possa vir a passar por um processo semelhante ao que estou a passar com o meu pai, quantas vezes preferia morrer antes disso. Até porque a disponibilidade de tempo e até monetária há-de ser cada vez menor.. Nem quero pensar nisso sequer, porque isso sim assusta-me.

    Quanto á solidão , como alguém já disse atrás, muitas vezes é por puro egoismo, também é. Se calhar muitos dos que viste sozinhos no hospital não aceitam ajuda .Sabes que os idosos a partir de certa altura, talvez consequência da senilidade e demência passam a fazer chantagem com os familiares mais chegados e são muito egoistas reclamam mais do que o possivel,sugam-nos se deixarmos. Um dia destes foi a médica do meu pai, alertava-me para não ceder senão quem adoecia era eu...mas na verdade nós cedemos porque os amamos e é dificil de gerir tudo isto.
    Ainda há pouco tempo acompanhei quem fez um levantamento ,ao abrigo de um Programa de " idosos solitários" e acreditas que a maior parte dos que foram contactados, embora não tenham familiares disponíveis para cuidar deles ,rejeitaram a ajuda.Não querem a entrada de alguém nas suas casas mesmo sabendo que é gente de bem e por bem. Também eu estou a braços com uma situação idêntica porque o meu pai não aceita ajuda de ninguem só me quer a mim.. São temas complicados.. e parece que só nos acontece a nós mas quando vamos a ver e falamos com outros ,descobrimos que afinal é mais comum do que imaginávamos.
    Somos uma sociedade de gente que se acha solitária mas não pede ajuda ,não contraria a solidão chegando-se á sua comunidade onde decerto estão tantos outros que reclamam o mesmo e todos juntos é possivel acabar com a solidão.Não procuramos os amigos quando nos sentimos sós preferimos por vergonha,por inércia ou por feitio ficarmos no nosso canto e sofrermos. Se nos dermos mais uns aos outros a solidão desaparecerá . Para mim tenho que, se deve viver o melhor que se pode em cada dia mesmo com todas as condicionantes do quotidiano e apesar de tudo sorrir.Assim o medo da morte não tem lugar.
    Gostei do tema e foi mesmo um desabafo.

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    1. Obrigado pelo desabafo. Tenho muito medo do que possa passar com os meus pais :(

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  13. "Deus costuma usar a solidão
    Para nos ensinar sobre a convivência.
    Às vezes, usa a raiva para que possamos
    Compreender o infinito valor da paz.
    Outras vezes usa o tédio, quando quer
    nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
    Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
    sobre a responsabilidade do que dizemos.
    Às vezes usa o cansaço, para que possamos
    Compreender o valor do despertar.
    Outras vezes usa a doença, quando quer
    Nos mostrar a importância da saúde.
    Deus costuma usar o fogo,
    para nos ensinar a andar sobre a água.
    Às vezes, usa a terra, para que possamos
    Compreender o valor do ar.
    Outras vezes usa a morte, quando quer
    Nos mostrar a importância da vida."
    Paulo Coelho

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  14. É por isso que vivemos em sociedade e o Homem é um ser social. Mas não nos sentirmos sós também depende muito de nós próprios, das nossas atitudes e comportamentos.
    A minha mãe foi assistente social num hospital e ouvia diáriamente histórias dos idosos a queixarem-se que os filhos e família não queriam saber deles. Depois conseguia-se entrar em contacto com eles e versão era diferente: ou porque em novos não quiseram saber dos filhos, ou porque tinham havidos guerras familiares, ou segundos casamentos. Por isso digo que parte muito de nós fazemos por isso para que não cheguemos a velhos, sozinhos.

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  15. Gosto da solidão... Mas não eternamente.

    DESBOCADO!

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  16. Céus,tema muito sensível,relatos muito poderosos e toca sobretudo a pessoas de qualquer faixa etária.
    Uns são solitários por opção mas outros são solitários porque infelizmente a vida obriga a serem assim.
    Eu honestamente do meu ponto de vista,actualmente é muito raro poder confiar em alguém,pois meio-mundo é louco e nunca se sabe a quem se está entregue,mete-me medo!

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    1. Se não confiares em ninguém será ainda pior! Não podes ter medo em confiar em alguém.

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  17. Entendo perfeitamente o que sentes e também me faz muita confusão as situações que referiste relativamente aos idosos...e não é só nos hospitais! Ainda ontem estive num lar e foi desolador ver a solidão tão espelhada nos olhos daquelas pessoas...e quase que uma derrota, à espera do inevitável. E aí a solidão é realmente dos sntimntos mais tristes no sentido de precisarmos de alguém e não termos a quem recorrer. O ser humano não está preeparado para eestar sozinho!

    A morte é algo que já passei a barreira do tabu. Já vi as pessoas que eu mais amava saírem da minha vida. Um de uma forma repentina, sem tempo para pensar e sem qualquer tipo de sofrimeento para ele e outro de uma forma muito sofredora para ela apesar de toda a sua força e luta infinita...e assistir a isso foi a maior bofetada na minha vida e fez-me perceber como a vida é frágil e a devemos respeitar:)

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    1. O teu final é muito importante. Há que respeitar a vida e aquilo que nos ensina.

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  18. concordo com Sorriso pois conheço de perto uma situação parecida, embora esse idoso não esteja sozinho, já não faltará muito pois já conseguiu afastar quase toda a gente á sua volta, só lhe restando o filho que já tem uma certa idade ele também e já está esgotado, e os netos que trabalham a tempo inteiro e têm pouco tempo. Este idoso sempre foi mentiroso,egoista, nunca ajudou ninguém, pelo contrário sempre tratou mal a família, fazendo chantagem emocional, exigindo sempre sem dar nada em troca, nem um cafézinhoo nem nada, um horror. E grita, e grita, e chama nomes. É fácil dizer que temos de tratar dos idosos, mas e quando isso se torna insuportável? é uma questão da qual não se fala..

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    1. Tens razão. É o outro lado da moeda e existe. Não pode ser esquecido mas felizmente não é regra geral.

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  19. Sabes que a sociedade se está a virar muito apenas para o seu umbigo, crescemos a por de lado tudo o que dá trabalho. Eu vivo a solidão no dia a dia, felizmente tenho familia, marido e filho para colmatar a falta que me fazem amigos mas sinto-a... Como sofro de distúrbio bipolar com ciclos rápidos foi complicado durante uns tempos ajustar a medicação e, como eu me isolava, nunca ninguém se esforçou por se manter do meu lado também. Por chat tenho os amigos que quiser, mas se estiver realmente precisada...sozinha (e digo-o com o coração pequenino).
    Façamos por dar o nosso melhor a quem está à nossa volta enquanto estes por cá estão de facto!

    Obrigada pela reflexão!

    Ana

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    1. Obrigado pelo teu testemunho Ana. É bom saber que tens um marido e filho que estão sempre presentes. Espero que os teus amigos passem mais tempo contigo. Se realmente são teus amigos, têm que ficar a teu lado.

      Obrigado pelas tuas palavras

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